O retrato de Paganini.

A inauguração do comitê oposicionista teve a cara do Paganini. O mestre não quis saber de muito barulho e nem confusão no trânsito. Como ninguém, ele sabe que a clientela que vai às compras na José Bonifácio aos sábados, não tem disponibilidade durante a semana. Sabe, também, como os lojistas pensam.

O retrato da campanha.

A caminhada da Praça Bernardino de Campos até o comitê foi rápida e tranquila. Teve comerciante e cliente que nem perceberam o que acontecia lá fora. Para Paganini, o contato com as pessoas não foi diferente do que ele tem assistido nos quatro cantos do município.

O retrato do reconhecimento.

Candidata em 2008, Cacá esteve na inauguração do comitê. Paganini disse ter sentido uma energia positiva com a presença dela ao ponto de leva-lo a improvisar a abertura do discurso, comentando que nas 3 mil visitas realizadas, sentiu o forte carinho que a população itapirense dedica à Cacá e agradeceu o trabalho aberto por ela naquela campanha.

E Munhoz escafedeu-se!

Enquanto Paganini discursava, Munhoz saiu de fininho, sem chamar a atenção. Quando perceberam, o lugar dele estava vago. Foi o suficiente para levantar comentários sobre as razões da saída silenciosa do deputado. Assim que Aloysio Nunes encerrou, o locutor oficial explicou que o deputado tinha outros compromissos agendados na região, por isso teve que sair antes. Algumas pessoas respiraram aliviadas.

Toninho Orcini, desanimado?

Rolou neste final de semana o comentário de que o candidato a vice de Alberto estaria demonstrando certo desanimo com o andamento da campanha. O decano vereador não estaria gostando dos procedimentos eleitorais da coordenação. Teve reunião que saiu até fogo, mas prevaleceram os ditames dos dirigentes.

Desanimo, não. Desgaste!

Para alguns colaboradores diretos do candidato pedetista, a campanha tomou um rumo muito forte: “Pulamos de dois para dez ou doze eventos por dia. A gente não para, somos a bola da vez. É natural certo arrefecimento. Mas estamos com tudo!”

Desgaste, não. Conflitos!

Assim como aconteceu com o Dorado, Toninho Orcini está sentindo as diferenças das campanhas coordenadas por Barros Munhoz, onde nessa altura do campeonato, quase tudo estava pronto e organizado.

Conflitos, não. Recursos controlados.

“Nós não temos a máquina governista e nem a estrutura que envolve a candidatura de Paganini. Temos que cuidar de cada tostão. Estamos usando a criatividade e entregando tudo o que prometemos aos candidatos a vereador. Iremos até o fim. Temos muitas novidades que poucos sabem, não queremos correr o risco de sermos copiados”, concluiu este colaborador.

Campanha de rua.

Na semana passada, prefeito, vice e um candidato a vereador caminhavam pela Vila Boa Esperança, pararam em um bar. Enquanto Alberto e Carlão aproveitaram a oportunidade para um cigarrinho, Toninho Orcini entrou no bar e foi entregando santinhos, dizendo: “Vamos votar contra o homem, vamos votar contra o homem, minha gente!”

Tem cada uma...

Assim que o Toninho Orcini saiu do bar, o comentário que rolou internamente foi: “engraçado, que discurso mais esquisito “votar contra o homem”, o certo não era ele falar da importância em votar no candidato dele? Quer dizer que tanto faz votar em Alberto ou Mané, desde que vote contra o homem?”

Cadê o pão, Toninho?

O prefeito passou por maus bocados durante o Festival de Judô que aconteceu neste domingo. Assim que ele colocou os pés no Itapirão, uma das organizadoras do evento foi pra cima dele, com dedo em riste, cobrando os 400 lanches prometidos para as crianças do festival. Toninho explicou aqui, explicou ali, mas não teve arranjo. Os reclamos ecoavam pelo Ginásio, até as crianças ficaram assustadas.

Tá tudo certo, vamos para a cozinha!

O mais interessante, segundo essa organizadora, é que o prefeito Toninho Bellini acabou indo à cozinha para fazer uma boquinha com o material que eles conseguiram de última hora. Ela dizia: “arrumar o lanche para as crianças ele não conseguiu, mas bem que veio aqui comer o pouco que nós conseguimos.”

De corpo e alma.

Depois das férias de julho, Toninho Bellini entrará na campanha para valer a partir desta semana. Vai correr as empresas com Manoel Marques. Espera dar um upgrade na campanha pevista.

Cadê os oito?

Dentre os quarenta candidatos a vereador apresentados à justiça eleitoral por Manoel Marques apenas 32 estão em campanha ou pelo menos estão recebendo publicidade dos seus nomes. Oito estão na berlinda. Desses, seis são mulheres. Será que esses nomes foram declarados apenas para cobrir as vagas dos candidatos masculinos interessados?

O melhor era uma coligação só!

Caso se confirme esses oito nomes de candidatos que não farão campanha para si, certamente serão os que não receberão nem o próprio voto em 7 de outubro. Será, então, que os governistas não deveriam ter saído com apenas uma coligação, como fez a terceira via?

Os quinze por cento.

Outro fato que tem chamado a atenção dos analistas de plantão foi a debandada de candidatos a vereador do Novo Tempo. Comparada à última eleição, dos 50 candidatos de Bellini, apenas sete estarão repetindo a tentativa. O que teria provocado tamanha revoada?

Falta de sorte?

Que Manoel Marques está precisando de um pouco mais de sorte nessa campanha ninguém nega. Toda semana algo ruim acaba acontecendo e por tabela, direta ou indireta, acaba atingindo a campanha dele.

Mais direta impossível.

Ao registrar a candidatura, os candidatos são obrigados a apresentar uma série de documentos, certidões, declarações etc., sob pena de verem suas candidaturas impugnadas. Tudo muito bem detalhado, datado e assinado. E não é que a declaração de bens de Manoel continha um erro de quase 95% por cento?

Um erro de 290 mil, mais ou menos.

Dos cerca de 300 mil reais que seria o patrimônio declarado de Manoel Marques, a declaração encaminhada ao Cartório Eleitoral mostrava um pouco mais de R$ 10 mil, faltando a bagatela de R$ 290 mil. Depois que o baixo patrimônio foi explorado por este Dropes e a imprensa em geral, Manoel fez a correção e justificou tratar-se de um erro da sua assessoria.

Erros acontecem.

Os erros são perfeitamente possíveis e aceitáveis, principalmente quando não passa pela requisição de assinaturas conferentes. Considerando os problemas que os erros nesse tipo de declaração podem acarretar ao candidato, principalmente se ele for eleito, é quase inimaginável pensar em falta de atenção de Manoel Marques nesse quesito.

O povo fala 1.

Como não poderia deixar de ser, algumas hipóteses foram levantadas para justificar tal desleixo. As primeiras foram que o candidato quis se apresentar como o mais humilde entre os outros dois e não provocar comentários sobre as diferenças, nesse quesito, entre ele e a vice.

O povo fala 2.

Os mais maledicentes disseram que Manoel estaria preparando uma transferência de patrimônio para se livrar de possíveis envolvimentos com as ações do executivo e, eventualmente, um pedido de bloqueio por parte da justiça. Bobagem, não existe nenhuma ação contra ele...

O povo fala 3.

Mas o mais criativo ficou por conta da visão altruísta e desapegada dos bens materiais atribuída a Manoel Marques que não teria tido a preocupação em conferir os bens que tem. De qualquer maneira, registre-se que Manoel Marques já fez as alterações necessárias e aguarda as correções por parte da Justiça Eleitoral.

Nem tudo é espinho.

A semana não foi totalmente ruim para Manoel, uma grande empresa da cidade doou R$ 50 mil para a campanha dele. Não se sabe, ainda, se essa empresa dará a mesma contribuição para as outras candidaturas ou se escolheu o pevista para jogar nele todas as fichas. De qualquer maneira, todo mundo gostou da notícia.

Abriu fogo.

Enquanto Alberto e Paganini estão priorizando as ruas, Manoel Marques está visitando as empresas. Pelo menos em uma delas, Manoel está mostrando que não levará essa campanha no nível que todo mundo está esperando. Lançou duras críticas a Alberto, Orcini, Paganini, Dado, e, principalmente, Totonho Munhoz.

Falando sozinho.

Ouvindo representantes das duas candidaturas, Alberto e Paganini, ambos fizeram comentário idêntico. Para eles Manoel não tem alternativa, senão tentar provocá-los para redirecionar a polarização, já desenhada. Ao que tudo indica, nem um, nem outro e muito menos Barros Munhoz entrarão nessa roubada.

Almoço de campanha.

Um pequeno grupo procurou Dado sugerindo que ele e alguns vereadores fizessem como a candidata a vereadora Cristina está fazendo, organizando almoços, convidando grupos, para angariar simpatias e conquistar votos. Disseram que neste final de semana, na chácara da presidente do sindicato dos servidores, funcionários do SAAE foram convidados, alguns compareceram.

Que jeito?

Dado agradeceu a sugestão dizendo que ele e Paganini não estão usando desse expediente. Informou que nem os convites para almoço e jantar que eles estão recebendo eles conseguem comparecer. “No sábado tínhamos cinco convites, como poderíamos atender a todos?” encerrando a conversa.

A enquete.

Para quem está acompanhando a enquete colocada no Facebook as intenções estão girando em torno de 57%(160) para Paganini, 26%(71) para Alberto e 4%(12) para Manoel. Mas tem um dado que deve ser estudado pelos candidatos 13% (35) diz que votaram em branco ou que não votará.

Orelha em pé.

Considerando que cada internauta vota apenas uma vez, pois o Facebook não registra voto duplicado, e, principalmente, que ninguém é obrigado a abrir a sua intenção, o que levaria uma pessoa a votar em branco ou dizer que não vai votar? Os demais números não dizem nada, mas esses 13%, sim.

Façam suas apostas 1.

Já existem vários apostadores fazendo festa pela cidade. Uns arriscam pela adrenalina que a atividade lhe oferece, outros fazem parte da estratégia de reforçar a preferência por alguns candidatos. Arriscar alto em uma determinada candidatura significa que ela tem chance de vencer, principalmente se for um falastrão que diz nunca errar. O certo é que essas pessoas tem dinheiro para tais excentricidades e podem fazer com ele o que bem entende.

Façam suas apostas 2.

Um ex-integrante da alta cúpula novotempista jogou lenha para os apostadores, nesta semana. Segundo esse guru matemático, Manoel não passará dos cinco mil votos, Alberto chegará a 12 mil e Paganini ultrapassará a casa dos 30 mil. Que coisa! Os candidatos ficam gastando um dinheirão com pesquisas de opinião. Esse faz isso de graça.

Assim, nem tatu acerta.

De qualquer maneira é bom lembrar que esse guru acertou o resultado das últimas três campanhas com grande precisão. Só errou a de 1996 quando cravou mil votos de vantagem para Alberto Mendes. Ao ser lembrado desse erro, não pestanejou, “estava dentro da margem de erro. Não se esqueçam que a diferença foi de 46 votos.”

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Nino Marcati, da Redação do PCI.