Vocação econômica.
Quem eu?
A respeito da nota publicada no último Dropes, onde o radialista JP foi colocado como uma das pessoas que pressiona o prefeito para participar de um programa, todas as semanas, na Rádio Clube de Itapira, garantiu que não tem o menor cabimento, pois ele raramente conversa com Toninho Bellini.
Tempo de eleição é assim...
Questionado de onde poderia ter partido tal insinuação, ele não teve dúvida. "Em tempo de eleição é assim mesmo, falam que a gente ganha de um, foi comprado por outro, presentinho não sei de quem... Aí passam as eleições e fica o dito pelo não dito."
É impressionante.
A reação dos candidatos às críticas que recebe é a prova mais eloquente do grau de preparação que ele tem para ocupar um cargo de chefe político e administrativo de uma cidade. Quanto mais arredio, mas avesso à imprensa, piores são as suas chances de exercer um bom mandato.
Ninguém gosta de ser criticado.
É natural um candidato não gostar de receber críticas. Quem é que gosta? Mas existe um detalhe que é fundamental para um homem público: saber lidar com as adversidades e quem não se mostra assim na campanha como se comportará depois?
A imprensa é desonesta?
O papel do bom candidato, que mais tarde se refletirá no seu governo, é acolher a crítica, se posicionar sobre ela, administrando a cada dia os ataques que recebe. A principal característica que prenuncia o péssimo governo, caso seja eleito, é a tentativa de desqualificar a imprensa, quando deveria se apor com a sua versão aos fatos.
Ser ou não ser, eis a questão.
A razão da dificuldade do candidato em enfrentar as críticas se deve à falta de argumentos ou moral para persuadir o leitor ou o ouvinte. Os candidatos, antes de se apresentarem aos pleitos deveriam ler alguns livros, começando pelos ensinamentos de Aristóteles em Retórica.
Três gêneros retóricos.
Só para animar a leitura, um brevíssimo resumo: No primeiro livro, Aristóteles analisa e fundamenta os três gêneros retóricos: o deliberativo, aquele que tenta persuadir ou dissuadir, o judiciário, quando acusa ou defende e o epidítico para o elogio ou a censura. Além disso, argumentos em favor da utilidade da retórica são apresentados bem como uma análise da natureza da prova retórica que é o silogismo derivado.
O caráter dos homens.
No segundo livro, Aristóteles analisa o plano emocional na relação com a recepção do discurso retórico. Ira, amizade, confiança, vergonha e seus contrários são analisados, bem como o carácter dos homens. Nesse livro, são analisadas também as formas de argumentação, os tópicos argumentativos, as máximas na argumentação e o uso dos entimemas.
Clareza, correção e ritmo.
No último livro, o estilo e a composição do discurso retórico são analisados. Além de elementos como clareza, correção gramatical e ritmo, o uso da metáfora e as partes que compõem um discurso também estão presentes neste livro.
Ética estabelecida, não a decorada.
A característica importante da retórica de Aristóteles é a de que se podem distinguir três domínios: retórica, moral e verdade. É que o bom ou mau uso da retórica, ou seja, o uso da arte do bem falar para defender argumentos verdadeiros ou falsos depende única e exclusivamente da ética de quem fala, da prioridade de valores morais que cada um vai estabelecendo ao longo da sua vida.
Tem recursos, não tem?
Não pediu para ser vice.
Sobre os comentários a respeito de Mário da Fonseca, um colaborador de Manoel Marques informou que não é verdade que o ex-secretário tenha comparecido à câmara, antes da convenção, para se colocar como vice.
Manoel queria...
Mario era o preferido de Manoel Marques para ocupar o posto de vice, mas problemas de ordem familiar impediram o ex-secretário dos negócios jurídicos de participar da campanha eleitoral.
Mário queria ser prefeito...
Este colaborador informou que a conversa em que Manoel teria perguntado a Mário quantos partidos ele tinha, quantos candidatos a vereador ele tinha reunido, ocorreu realmente, mas teria sido em outra situação, quando Mário da Fonseca comunicou a Manoel que queria ser candidato a prefeito, alguns dias antes da convenção.
Silêncio sobre o silêncio de Mário.
Nenhuma palavra, no entanto, foi colocada sobre o não retorno de Mário ao governo e nem sobre o afastamento desse importante membro novotempista e pevista de primeira hora da campanha do candidato oficial.
O mais agressivo.
A propaganda eleitoral gratuita começou nesta semana não muito diferente do clima instalado nas ruas. O programa com maior agressividade foi o de Alberto Mendes que utilizou o som de uma descarga de privada para simbolizar o caminho das coisas ruins que Itapira viveu com o grupo situacionista e oposicionista. Colocando-se, evidentemente, como o único virgem na parada.
Ou ele ou eu.
É bom não esquecer que Alberto Mendes integrou o atual grupo, ajudou a eleger Toninho Bellini e só largou a rapadura em função de um desentendimento com um apadrinhado de Manoel Marques.
Pediu perdão.
Soube-se depois que Alberto já questionava, em vão, algumas atitudes do prefeito, mas só as colocou em público depois da exoneração, chegando, inclusive a pedir perdão ao povo por ter pedido votos para Toninho Bellini.
A que época Alberto Mendes se referiu?
Depois de fazer críticas às duas administrações, Alberto fez um comentário que deixou uma dúvida no ar. Disse que houve uma época que Itapira era referência econômica regional.
Paganini conversa com 100 jovens.
Chegou a este portal um comentário de que Paganini não teria sido muito bem recebido numa reunião com jovens evangélicos, proposta pelo pastor Sharles. Ouvido por esta redação, Paganini informou que o bate-papo foi excelente e produtivo. Cerca de 100 jovens participaram e, ao fina,l foi muito aplaudido. Neste mesmo dia, participou da marcha promovida pelo pastor Sebastião Mendes.
Reflexão de ouro.
Paganini informou, também, que depois de um domingo de intensa atividade participou da missa na Igreja Matriz de N. S. da Penha que marcou a posse do padre Francis. O Padre Tadeu deixou Itapira para assumir uma paróquia na cidade de Mogi-Mirim. “Foi uma celebração belíssima, com mais de duas horas de duração, que nos chamou à reflexão, à importância do bem servir ao próximo.”, disse Paganini.
O mais estruturado.
O programa de rádio do Paganini, pelo menos nessa semana, foi o melhor estruturado e conseguiu dar conta, com dinamismo, do tempo superior que tem em relação aos demais candidatos a prefeito. Foram feitas algumas críticas pontuais à atual administração, mas nada agressivo.
O mais delicado.
No programa de rádio, o candidato Manoel Marques foi delicado ao abrir pedindo licença para entrar nas casas das pessoas e desejou boa campanha aos demais candidatos. Em função do pouco tempo, o programa não deve oferecer muitas variações, além da participação da candidata a vice, do prefeito Toninho Bellini e secretários.
Ensinando o povo a votar.
O ponto negativo do programa de Manoel ficou por conta do tom professoral em que ele tenta ensinar o povo a escolher o melhor candidato “analise os planos de governo (...) um aperto de mão dura um minuto, churrasco dura um dia, mas mandato dura quatro anos. Você não pode depois desse aperto de mão reclamar de nada, por que a pessoa foi simplesmente muito educada com você, mas na realidade ela não propôs nada para Itapira”.
Entre a tristeza e a alegria.
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Nino Marcati, da Redação do PCI.
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