Alto nível.
Reunião realizada no último fim de semana envolveu três costumeiros analistas políticos do município - como eles não tinham outra coisa para fazer - para avaliar, com mais profundidade, a presente campanha eleitoral. Eis algumas conclusões consensuais.
E olha lá!
Esta será a eleição mais curta e menos agitada da história de Itapira. Teremos menos barulho e menos sujeira nas ruas. Os comícios corriqueiros e inflamados de antigamente não acontecerão mais. Arriscaram que serão no máximo, 20, distribuídos: Alberto 10, Manoel 4 e Paganini, 6. Nenhum reunirá mais do que quinhentas pessoas.
Só na paga ou na marra.
Da mesma maneira, não serão vistas, nessa eleição, discussões acaloradas nas rodinhas espalhadas pela cidade. Nas apostas só os loucos bancarão. Nos comitês, pouquíssimos voluntários trabalharão de graça espontaneamente.
Está definida.
Diante tais considerações, quais seriam, então, as razões para tanta apatia do eleitor itapirense frente à campanha. Os três foram unânime: a eleição já está definida, desde junho. Existem pouquíssimos indecisos.
Nem contra, nem a favor, muito antes pelo contrário.
O grau de definição e a baixa taxa de indecisos podem der medidas diante da quietude. Quando o eleitor define o voto, ele não precisa buscar subsídios. É por isso que as ações dos candidatos não repercutem, não aparecem pessoas se colocando contra ou a favor. A repercussão só entre os envolvidos.
Desempenho positivo.
O grupo avaliou o desempenho dos candidatos. Na oratória, Manoel Marques aparenta maior versatilidade. Mendes é mais crítico. Paganini se dá melhor na seara da conciliação. No contato com a população e nas empresas Paganini e Alberto mostram mais disposição, enquanto Manoel investe nas reuniões de grupos.
Assunto cansado?
Outro fator avaliado referiu-se ao Deputado Barros Munhoz, que apesar da manutenção de grupos inimigos, as críticas direcionadas a ele não surtem os mesmos efeitos de 2004 e 2008.
Blindagem.
Munhoz estaria vivendo, guardada as devidas proporções, momento parecido com a de Lula em 2010 onde os candidatos adversários a Dilma descobriram que criticar o presidente petista sangrava votos. Só lançavam farpas através da internet, anonimamente.
Ninguém quer correr risco 1.
Ao contrário das duas últimas eleições municipais, Munhoz está mantendo distância da campanha local, atuando como líder, ostentando os 75% recebidos em 2010. As críticas a ele só ecoam numa quarta parte incerta dos eleitores.
Ninguém quer correr risco 2.
A sessão desta terça-feira, como esperado, não apresentou nenhum fato político relevante e nenhum confronto legislativo. Nem parecia que estamos a quarenta dias das eleições. Os vereadores preferem ficar fora das notinhas malvadas da imprensa.
Mas a Sonia...
A única a dar sinal de vida parlamentar foi Sonia Santos com a deixa desnecessária do colega Carlinhos Sartori que acertou na homenagem a Eduardo Secchi Munhoz, na conquista do título Professor Livre-Docente da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, mas se esqueceu de citar, no requerimento, o nome da mãe de Eduardo. A vereadora não passou batido.
Mas a Sonia.
As campanhas deste ano não estão atraindo as contribuições das empresas como alguns candidatos esperavam. Cada um procura dar a sua versão ao fato. Para os apoiadores de Paganini a crise atrapalha. Para a turma do Manoel, as conversas de que ele vai renunciar. Para os Albertistas, Sonia, pelas ações profissionais dela contra as empresas, cuja solução foi mantê-la afastada. Sera?
Quando vem elogio, a gente publica.
Um internauta encaminhou um comentário ao Dropes dizendo: “acabo de vir do pronto socorro do Hospital Municipal. Não sei se dei sorte. Levei minha mãe para ser atendida e fomos bem atendidos. Também foi rápido. Em torno de uma hora e meia com atendimento e raio-X. Achei rápido, parabéns aos funcionários e administração.”
Mas quando vem crítica, também.
Para outro internauta, por e-mail, o Hospital Municipal virou uma grande 25 de março. Lá se vende de tudo. Começa na portaria, venda de CD pirata, internamente perfumes, cosméticos, maquiagem, roupas... No laboratório para cada sobrancelha, R$ 2,00.
A situação do André.
André Siqueira não conseguiu reverter no TRE a impugnação determinada pela justiça eleitoral local. Mas ele não desistiu. Contratou advogado novo e vai recorrer ao TSE. Pouca gente acredita que Siqueira terá sucesso em Brasília.
Sobrou para o Lima.
Quem não está nada contente com a situação jurídica de André Siqueira é o Lima da Prefeitura. Segundo amigos próximos, Lima tem potencial para ser o mais votado do grupo, mas teme ver a coligação não conseguir atingir o coeficiente, caso os votos de Siqueira não sejam contabilizados. Para amigos, ele teria confidenciado que não descarta a possibilidade de desistir.
O vai ou racha.
André Siqueira está fazendo uma grande campanha, às vezes supera até os candidatos a prefeito. Por menor que seja a chance, ele só vai jogar a toalha quando não houver mais esperança. André não tem como voltar para trás, nem como transferir os votos para outro candidato. Tem que lutar.
Frente do comitê limpa.
Na inicio da noite o Dropes recebeu vários contatos de pessoas imaginando que Alberto Mendes poderia ter desistido da candidatura. Motivo: a frente do comitê pedetista estava totalmente limpa, sem nenhum painel ou cartaz afixado. Notícia que deve ter animado muita gente.
Coisa de vândalos.
O Dropes acionou sua rede de informações e confirmou que Alberto Mendes continua candidatíssimo como sempre. A frente do comitê de fato está limpa, mas por ação dos próprios colaboradores que retiraram o material danificado por vândalos.
Os outros também sofrem.
Cautelosamente, um dos assessores de Mendes não atribuiu o fato aos adversários, preferindo creditar o feito a outras pessoas fora das campanhas. Disse: “sei que o material dos outros candidatos também sofreu esse tipo de ação.”
Comícios cancelados?
Mas o boato que correu sobre a desistência de Mendes foi apoiado na informação de cancelamento de dois comícios programados para esta semana. Negativo, a coordenação da campanha pedetista informou que não houve cancelamento nenhum, mas remanejamento de datas. “A partir da semana que vem recomeçaremos os comícios e faremos pelo menos doze até o final”, completou.
Enquete decisiva?
Como o assunto é desistência de candidatura, rodou nesta terça-feira que Manoel Marques, diante da pressão exercida por membros do governo teria dito que uma empresa pesquisadora estaria levantando as tendências dos eleitores através de uma enquete e, caso ela não o favoreça, ele abrirá mão da candidatura.
31 de agosto.
A data 31 de agosto para desistência de candidaturas não saiu dos órgãos de imprensa. Consta que em uma reunião ocorrida a mais de quatro meses, que contou com a presença do candidato pevista, Alberto Mendes e Cristina Gomes, Manoel teria feito a seguinte proposta: “Saímos os dois candidatos, no final de agosto fazemos uma pesquisa e se o meu nome ficar em terceiro, eu desisto e apoio você”.
Nem resposta deram.
Manoel continuou: “mas se o meu nome aparecer em segundo, você desiste da sua candidatura e passa a me apoiar para não entregarmos a prefeitura para o Totonho Munhoz?” Manoel diz que está esperando a resposta de Alberto até hoje. Recentemente, ao relembrar a história, teria dito a um colaborador: “agora, não desisto mais, de jeito nenhum, vou até o fim.”
Não sou candidato a santo.
Conversas entre Manoel e Mendes renderam muitos outros comentários. Numa delas, Alberto teria oferecido a Marques a secretaria de Promoção Social, que espantado perguntou: “mas porque essa secretaria para mim?” Mendes teria respondido: “para melhorar a sua imagem.” Manoel olhou firme para Alberto e disse: “eu quero ser prefeito, não santo.”
Essas coisas acontecem...
Nesta segunda-feira, foi agendado para os candidatos pedetistas visita a uma determinada concessionária de veículos. Alberto foi na correta, Artvel, Orcini na Fattore que não estava agendada. Lá chegando, com a sua naturalidade peculiar, foi entrando, cumprimentando as pessoas, imaginando que Mendes estaria atrasado. Como o tempo foi passando, ligou e descobriu o erro. Pediu desculpas e foi para o caminho certo.
Maria por João.
Ninguém admite, mas pelo visto tinha gente amiga tentando tirar Paganini e Dado da jogada. Mandá-los, talvez, para o cemitério ou hospital. Marcavam cerca de quinze a vinte visitas nas empresas por dia e mais dois ou três eventos por noite. O Mestre não reclamava, mas já estava trocando Maria por João.
Vida de candidato.
A partir dessa semana, como os dois já tinham visitado quarenta por cento das empresas, resolveram tirar o pé do acelerador, reduziram para quatro ou cinco visitas diárias. Mas nesta terça alguém lembrou que eles fizeram só 6 mil casas e que faltam outras 6 mil até o fim da eleição. Alberto também está em ritmo alucinado em relação às empresas e visitas aos bairros.
Núcleo gastronômico.
Na noite desta terça-feira, a ACEI, com a presença do SEBRAE, deu mais um passo na consolidação do Nucleo Gastronômico de Itapira. Presentes Alberto e Sara, Edna, a esposa de Marques, e Paganini. Manoel não compareceu em função da sessão da câmara.
Muito contente.
Paganini ficou lisonjeado com as palavras do presidente José Aparecido da Silva ao creditar ao ex-presidente a ideia do núcleo gastronômico que começa a dar os primeiros frutos. Paganini, para finalizar o dia, compareceu à reinauguração da Igreja Matriz de São Judas Tadeu.
Time completo.
Alguns colaboradores de Manoel Marques estão comentando que Dorado, ex-Alberto Mendes, estaria tentando se aproximar do candidato pevista. Mas, já informaram o presidente do PSDC que o time está completo.
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Nino Marcati, da Redação do PCI.
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