Sonia Santos condenada.
A vereadora Sonia Santos acaba de ser condenada por calúnia e difamação por conta dos seus discursos nos palanques de 2008, contra Barros Munhoz. A pena estipulada pela juíza eleitoral foi de um ano e três meses de detenção, em regime aberto, pagamento vinte e cinco dias-multa e mais 100 UFESP’s a título de sucumbência.
Da detenção à prestação de serviços.
A pena privativa de liberdade, um ano e três meses de detenção, foi substituída pela pena restritiva de direitos, nos termos do Estatuto Repressivo, prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas.
Ministério Público.
O processo contra a vereadora foi interposto pelo Ministério Público, por conta dos discursos proferidos por Sonia Santos, na campanha pela reeleição, entendidos como calunia e difamação, ao imputar, falsamente, ao deputado Barros Munhoz fato definido como crime e ofensa à reputação.
Quadrilha.
Sonia discursava que Totonho Munhoz fazia parte de uma quadrilha na condição de quadrilheiro mor. Dizia, também, que Munhoz era “gente safada” e quem votasse nele era cumplice e capanga. Associava o deputado à figura do Pinóquio e dizia que ele vivia tomando o que era dos outros,
Ninguém ouviu nada.
Sonia negou no processo parte das acusações. Arrolou como testemunhas Mário da Fonseca e Manoel Marques que disseram, em juízo, que apesar de estarem presentes em todos os comícios, não se lembravam dos termos que a vereadora usava. Tendo em vista que as provas produzidas pela vereadora não foram satisfatória para dar veracidade às acusações que ela fazia, a justiça as considerou como calunia e difamação.
Vai recorrer.
A advogada de Sonia Santos, Maira Recchia, em contato com esta redação, disse que vai recorrer alegando que a imunidade parlamentar no foi considerada na sentença. Pretende, ainda, requerer a prescrição e questionar a atribuição da exceção da verdade.
Cinco anos, no mínimo.
Para Maira Recchia o processo findado nesta semana, em primeira instancia, foi recheado de incidentes processuais, falsidade ideológica, entre outros problemas. Considerando que a vereadora Sonia é primária, vai requerer, em ultimo caso, a redução da pena. A advogada acredita que esse processo leve pelo menos cinco anos para chegar ao fim.
O debate com os três candidatos.
Finalmente aconteceu o debate que reuniu os três candidatos, um ao lado do outro, respondendo perguntas formuladas pelos eleitores e debatedores que lá estavam para representar a população.
Confiança no profissionalismo.
Apesar da prática inexistente em nossa cidade, os cinco programas transcorreram num clima de altíssimo nível. Em nenhum momento candidatos e representantes extrapolaram, nem mesmo diante de algumas dificuldades técnicas, do espaço físico apertado e dos erros involuntários do grande JP.
Não é fácil, não.
Aliás, JP desempenhou o papel de mediador com grande maestria, apesar da adrenalina que circulava pelas veias. Afinal, não é fácil ficar no centro da disputa, com o papel de cortar a palavra de quem excede o tempo ou da possiblidade de colocar alguma palavra errada.
O papel da imprensa.
JP, diga-se de passagem, contou com a colaboração dos candidatos que conseguiram entender o papel da imprensa itapirense ao propor a realização dos debates para aprimorar a democracia e expor as ideias dos postulantes ao cargo maior da João de Moraes.
Três pontos devem ficar registrados nos anais da história política de Itapira.
Ao propor a realização dos programas com os candidatos e apresentar os fundamentos que embasam a iniciativa, os organizares perguntaram, aos representantes, se todos participariam até o fim. O representante do candidato Alberto Mendes foi o único que aventou a hipótese de que em face das circunstâncias eleitorais poderia decidir pela não participação do pedetista.
Primeiro ponto positivo.
Alberto Mendes, dias depois, ao ser questionado sobre essa fala do representante, não vacilou: “não sei por que ele disse isso sem me consultar, isso é uma posição dele, que eu respeito, mas em hipótese alguma eu deixaria de participar desse debate, nem que precisasse vir carregado. Só morto não iria.”
Promessa não cumprida. Ainda bem!
Quando ocorreu a alteração do local do debate e o candidato Manoel Marques decidiu que a sua vice não participaria do encontro com Toninho Orcini e Dado Boretti, escreveu na carta enviada à organização que não compareceria ao debate entre os três candidatos caso a organização não apresentasse um local politicamente mais adequado.
Segundo ponto positivo.
Manoel Marques ao saber que a organização não mudaria o local em face das condições técnicas exigidas, reavaliou a posição e participou com dignidade do embate do dia 29.
Pouca gente acreditava.
O dia D estava chegando e pouca gente acreditava que Paganini participaria do encontro com Alberto Mendes e Manoel Marques. Diziam que o deputado Barros Munhoz não permitiria. Dizia-se, também, que os companheiros achavam que os demais oponentes só ganhariam, enquanto Paganini só perderia. Registre-se que em nenhum momento, representantes ou o próprio Paganini aventaram a hipótese da não participação.
Terceiro ponto positivo.
Apesar dos comentários, no dia e horário marcados, Paganini compareceu. Após o programa, ao ser questionado sobre os comentários da não participação, explicou: “desde o início assumi o compromisso em participar desse debate, na minha agenda o espaço ficou registrado. Não vim aqui para provar nada e muito menos mostrar uma pessoa que não sou. Vim para reafirmar o meu compromisso com a democracia, o respeito aos pensamentos divergentes e a minha postura diante das críticas. Quanto ao desempenho, deixou para o eleitor avaliar.”
Repercussão.
Para Antonio Carlos dos Santos, representante do candidato Alberto Mendes, o debate foi equilibrado. Só destoou em dois momentos quando Alberto perguntou a Paganini, que não respondeu a contento, e quando Paganini “esnucou” Manoel Marques.
Sem saia justa.
Outra surpresa revelada por Antonio Carlos foi a fraca pergunta que Manoel direcionou a Paganini, perdendo a oportunidade de colocar o candidato situacionista numa verdadeira saia justa.
Um sexto.
Ao ser questionado sobre a expectativa gerada pelo debate, Antonio Carlos acredita que ele serviu para caracterizar a ligação de Paganini com o deputado Barros Munhoz e, principalmente, que Alberto Mendes é a melhor opção para Itapira. Para Antonio Carlos um sexto dos eleitores está indeciso e será esse grupo que definirá a eleição.
A marca Paganini.
Os apoiadores de Paganini concordam que a oratória dos demais oponentes foi mais eloquente e desenvolta, porém avaliaram que a postura segura e serena do Paganini foi significativa para os eleitores indecisos. “Paganini mostrou que é o melhor candidato, que ouviu as pessoas nas suas andanças pela cidade”, disse um dos coordenadores.
Ninguém respondeu.
O Dropes tentou contato com os colaboradores de Manoel Marques para buscar a avaliação do candidato governista sobre o debate e seus reflexos na última semana da campanha eleitoral, mas nenhuma ligação foi respondida.
Barão e Eleutério.
O final de semana foi marcado por intensa atividade na campanha oposicionista. Na sexta à noite, em Barão cerca de quinhentas pessoas, segundo os organizadores, prestigiaram o comício. Em Eleutério, no sábado à noite, outras trezentas compareceram.
Carreata.
Na manhã de sábado, a carreata de Paganini atravessou a cidade. Começou com setenta carros, terminou com cento e cinquenta. Mas para os coordenadores o importante foi a manifestação das pessoas que saíam para as ruas para saudar os candidatos. O deputado Barros Munhoz emocionado comentou: “só vi manifestação de carinho igual, em 2010, antes da eleição que me deu quase 75% dos votos válidos.”
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Nino Marcati, da Redação do PCI.
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