Confirmando as palavras.
Sonia Santos disse na tribuna da câmara desta terça-feira que em nenhum momento negou as acusações que culminaram na condenação, em primeira instância, por calúnia e difamação, de um ano e três meses de detenção, convertida em prestação de serviços à comunidade. Reiterou que tudo o que disse nos comícios não tirava nenhuma palavra.
Vejamos:
Ao passar para a decisão, a juíza eleitoral relatou: “julgo procedente a ação penal e que no tocante à autoria, inexistem dúvidas, a ré Sônia de Fátima Calidone dos Santos ao ser interrogada em juízo, a fls. 106 e vº, disse que não eram verdadeiros os fatos narrados na denúncia.”
Pena restritiva de liberdade?
Sonia questionou, também, a informação sobre a condenação. Depois de determinar a pena de um ano e três meses de detenção (...) a Juíza Eleitoral completa: “O regime inicial de cumprimento da pena será o aberto. A seguir, substituo a pena privativa de liberdade pela restritiva de direitos, nos termos do artigo 43, inciso IV, do Estatuto Repressivo (prestação de serviços à comunidade ou a entidade públicas).” Ficando claro que a pena foi substituída. Nada, portanto, diferente do que foi publicado no último Dropes.
Cadeião para Itapira.
Na sequência a vereadora Sonia Santos voltou a falar da ameaça de instalação de um CDP, Centro de Detenção Provisória no município, dizendo que nenhum órgão de imprensa comentou o assunto, nem buscou a negativa do deputado Barros Munhoz. Sonia Santos, enfim, por falta de repercussão e resposta, transformou a denuncia em verdade.
Brincadeira dos desesperados?
O Dropes, para satisfazer a vereadora, entrou em contato com Barros Munhoz que respondeu: “Isso é brincadeira de mau gosto apoiada na desinformação ou, talvez, na má fé. O plano das CDPs foi aprovado há seis anos, os locais já foram determinados, as desapropriações realizadas e todos os projetos contam com financiamento internacional.”
Perto de casa.
Munhoz continuou, “Itapira não consta da lista de cidades que receberão CDPs.” E alfinetou: “A construção de um cadeião em nossa cidade só se justificaria se fosse o único lugar capaz de receber a vereadora como hóspede involuntária.”
Antes do apito final.
O vereador Zé Branco, conforme antecipado ao Dropes, viu o projeto que autoriza municipalização das ruelas que ligam a estrada principal às 200 moradias de recreio do Bairro do Rio Manso. Assim, o SAAE levará a água do poço artesiano para todos.
Não deveria ser novidade, nem benemerência.
Zé Branco agradeceu o espírito público dos vereadores que votaram favoravelmente, mesmo não concorrendo nas eleições deste ano. Mino aproveitou para demonstrar o caráter democrático do governo Toninho Bellini ao anunciar benfeitorias que, em tese, poderão beneficiar um candidato da oposição.
Saudade.
Mino Nicolai começou o discurso de forma tranquila, voz mansa, parabenizou e desejou boa sorte a todos os candidatos. Mas na medida em que o tempo passava, o discurso foi ficando mais forte até terminar com a seguinte expressão: “daqui a quatro anos muita gente estará sentindo saudade da administração de Toninho Bellini.”
O que Mino Nicolai quis dizer com isso?
Das três, uma:
a) a) Ele considera que Paganini será eleito e fará uma administração ainda pior que o irmão dele.
b) b) Alberto Mendes ganha a eleição, mas não é aquilo que o partido dele acredita.
c) c) Manoel Marques vence, mas fará uma administração desastrosa.
Surdos, talvez.
O projeto que autoriza o poder público vender o imóvel ocupado pela empresa Scapex no distrito industrial era para ser apreciado na semana passada. Passou para esta. Ficou para semana que vem. O Dropes alertou, na época, que isso aconteceria.
Responsabilidade.
Mino Nicolai encontrou com um apoiador íntimo de Alberto Mendes e lascou: “eu vou dizer uma coisa, preste bastante atenção, se o Paganini ganhar essa eleição, o Totonho voltará com tudo, você vai ver, e aí eu vou jogar na cara de vocês quem foi o grande culpado dessa história: Alberto Mendes.”
Acorda, Mino!”
O apoiador íntimo de Alberto Mendes respondeu: “Olha Mino, me desculpe, mas enquanto nós estamos mostrando projetos, trabalhando para ganhar a eleição, o que o seu irmão fez ou está fazendo? Uma péssima administração, num tava nem aí com os problemas da cidade, permitiu que o Mané saísse candidato, apesar de saber o que isso significaria, não fez a intervenção quando podia, deixou o bonde descarrilar... Agora você quer responsabilizar Alberto Mendes pela vitória da oposição?”
Maldade pastel.
Depois de analisar o resultado de várias enquetes que rolam pela cidade um comerciante fez o seguinte trocadilho com um dos lemas da campanha de Alberto: “2012 é 12%!”
Análise dos resultados.
Um analista político que considera Barros Munhoz como o centro político de todos os desdobramentos, positivos ou negativos, antecipa suas conjecturas, a partir dos resultados e diferenças verificados nas urnas, do próximo domingo. Esses números poderão, inclusive, colocar nesse centro, o nome de Toninho Bellini.
Manoel ganha.
Qualquer que seja a quantidade de votos, Barros Munhoz estará alijado, definitivamente, do cenário político local. Poderá até a ser bem votado nas eleições de 2014, fato que sacramentará a tese de que o povo itapirense quer vê-lo apenas como deputado. A vitória do pevista consagrará o Novo Tempo e colocará Toninho Bellini no altar dos justos. Numa diferença larga, acima de 60%, Manoel iniciará o seu reinado.
Alberto ganha.
Da mesma forma, Alberto selará o futuro sombrio para Barros Munhoz no munícipio e, automaticamente, imporá uma grande derrota ao Novo Tempo, confirmando as críticas direcionadas ao governo de Toninho Bellini. Numa diferença larga, acima de 60%, Alberto assumirá o posto de grande liderança.
Paganini ganha 1.
A vitória de Paganini deverá ser interpretada pela diferença de votos. Diante de uma vitória apertada, mostrará Paganini recebendo a transferência de votos de Barros Munhoz. A oposição ficará do mesmo tamanho.
Paganini ganha 2.
Caso a votação supere a soma dos votos de Manoel e Alberto (tipo 51% a 49%), ficará consagrada a reprovação do governo Toninho Bellini pela maioria, mas manterá acesa a chama oposicionista.
Paganini ganha 3.
Com a votação superando os outros dois candidatos em mais de cinquenta e cinco por cento, além de testemunhar a força política de Barros Munhoz, Paganini mostrará que foi capaz de arrebanhar votos próprios. Os adversários do deputado terão que abandonar ou modificar algumas bandeiras e passarão a apostar em deslizes novos para manterem o sonho da disputa em 2016.
O povo não é bobo.
Esse analista esclarece, a exemplo do que está ocorrendo no país inteiro, que ninguém assuma a propriedade de nenhum colégio eleitoral. O povo descobriu que o voto que elege é o mesmo que tira. Assim, quem desrespeitar esse princípio: beijinho, beijinho. Tchau, tchau!
Atenção: o Dropes retornará depois da eleição. Bom voto a todos!
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Nino Marcati, da Redação do PCI.
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