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Itapira, 20 de Abril de 2025
Notícia
23/10/2012 | Dropes nº 201

Um título vale mais que mil palavras.

No último capítulo, esta coluna comentou o voto do relator Nalini que pediu a condenação de Barros Munhoz pela contratação, sem licitação, para suposta promoção pessoal, de uma gráfica do município. O título da primeira nota perguntava: mais uma condenação?

O mais importante.

As demais notas ficaram presas às informações colhidas por esta redação. Foi esclarecido que a manchete da Agência Estado era mal intencionada ao dar a ideia de que Barros Munhoz já estava condenado. A má intenção foi confirmada com a correção no jornal impresso do dia seguinte. A nota esclareceu, também, que o revisor do processo considerou a denúncia do MP totalmente omissa. Assim como informou que o julgamento tinha sido interrompido pelo pedido de vista de alguns desembargadores. Nada de condenação. Mas para alguns internautas o título “mais uma condenação?” foi o mais importante.

Cheiro de sangue!

Alguns emails queriam saber quais eram as outras condenações do deputado. Alguns chegaram a dizer que o deputado Barros Munhoz estava crivado de condenações e que não entendia como ele não tinha sido barrado pela “ficha limpa”.

Ficha Limpa.

Considerando as informações colhidas por esta redação, Barros Munhoz não tem nenhuma condenação proferida por órgão colegiado que o enquadre na Lei da Ficha Limpa e nenhuma sentença criminal com transito em julgado.

Leitura torta.

Teve um internauta que achou um absurdo o Dropes acusar o Ministério Público de omisso e de produzir provas frágeis que levarão o deputado Barros Munhoz à absolvição. Lamentavelmente, foi a leitura deste internauta que omitiu informação dada. Quem disse tais palavras e outra mais foi o revisor, o desembargador Kiotsi Shikuta.

A torcida é grande.

Vários e-mails aportaram nesta redação dizendo que todos os processos sofridos pelo deputado Barros Munhoz são de natureza política com o intuito de macular a brilhante carreira dele. Acreditam que todos serão esclarecidos e não oferecerão condenações. Na reta final prevalecerá a justiça.

Só para esclarecer.

O julgamento desse processo, a pedido de três desembargadores, foi interrompido para que eles tenham mais tempo para analisar novamente os autos e dirimir dúvidas quanto às supostas ilegalidades cometidas pelo deputado.  O TJ-SP é formado por 25 magistrados. Portanto, 23 ainda devem se pronunciar antes que a corte possa emitir um veredicto definitivo sobre o futuro de Barros Munhoz. O encerramento está previsto para o dia 7 de novembro.

A raiva ficou do outro lado.

Para quem estava esperando um programa que faria o rádio pular na mesa, acabou vendo o deputado Barros Munhoz sereno em relação ao que era. Ele preocupou-se mais em preparar os itapirenses sobre as prováveis dificuldades de Paganini até colocar a casa em ordem. Rodou nas tamancas, mas nada exagerado.

Tô ferrado!

Munhoz num momento de descontração contou que o governador Geraldo Alckmin ao receber a informação de que Paganini tinha vencido as eleições em Itapira teria dito: “Tô ferrado!” Alckmin se referia à pressão que Munhoz deverá exercer sobre ele para beneficiar Itapira.  Mas há quem diga que a expressão usada pelo governador foi outra.

Quem diria?

Se o tom do programa foi abaixo do que algumas pessoas esperavam, nenhum ouvinte, entretanto, imaginou o encerramento com a música do padre Marcelo e a emoção passada pelo deputado que o levou às lágrimas.  

Scapex não quer confusão.

Conforme previsto pelo Dropes, a Scapex não oferecerá dificuldades à administração ou à empresa Lusitano. Informou ao GEIF e à Câmara Municipal que desocupará o imóvel até o dia 30 de novembro.

O debate

Nesta segunda, o PSOL e o Portal Cidade Itapira patrocinaram um debate sobre a História de Itapira na Câmara. O palestrante Ediano Dionisio do Prado contestou a visão elitista da crônica local propondo a participação ativa da classe trabalhadora na construção histórica de nossa cidade.

O contraponto.

Arlindo Bellini, presente ao encontro, reconheceu a sabedoria do palestrante, mas firmou pé na participação e reconhecimento dos itapirenses menos abastados. Aliás, a história contada por Bellini, todas as semanas busca relatar o cotidiano de todos, sem distinção social.    

Era para ser ao vivo.

O Portal Cidade de Itapira, diante da autorização do presidente em liberar a casa para a realização do evento, entrou em contato com a assessoria de imprensa para estudar a possibilidade de transmissão ao vivo, via internet, pela câmara e reproduzir pelo PCI. A resposta imediata foi positiva, bastava a oficialização.

Quem vetou?

O PCI conforme orientação encaminhou o ofício e até minutos antes do início tinha a convicção de que o sistema de transmissão via internet da câmara estaria disponível. O debate não foi transmitido ao vivo. Naquela hora todas as desconfianças recaíram sobre o presidente da casa.

Justiça seja feita.

Manoel Marques tinha autorizado a transmissão, mas alguns funcionários da casa recomendaram ao presidente que diante de um evento não oficial, a transmissão não deveria ser realizada sob pena de acarretar problemas com o Tribunal de Contas. A autorização foi abortada.

Não oficial.

Algo está errado nessa avaliação. A casa funcionou durante o evento, convocou funcionários, cedeu a estrutura, exceto o sistema de transmissão via internet. Em tese, despesas ocorreram para um evento não oficial. E aí, como fica?

Vá entender!

Mas será que um evento que se propõe a discutir a história da cidade, que lotou a galeria e contou com a presença de itapirenses habilitados e interessados na discussão de visões diversificadas das nossas origens pode ser tratado com tamanho desprestígio?

Nego, mas não digo.

O grande problema não foi a negativa do presidente ou da legislação em ceder a transmissão via internet, mas o silêncio da negação. Caso o PCI tivesse sido avisado com tempo mais elástico, a transmissão ao vivo poderia ter sido viabilizada com outros recursos. Os funcionários que acompanharam o processo, não foram capazes de passar adiante, transparecendo que eles mandam mais que o presidente.

Iniciativa popular.

O assunto quente da sessão da câmara desta terça-feira, conforme previsto, ficou por conta da votação do projeto de iniciativa popular que pedia a revogação do reajuste dos subsídios dos vereadores concedido sem discussão, a toque de caixa.  É bom lembrar que o projeto nada dizia a respeito subsídios dos agentes políticos.

Troca-troca

A galeria contava com a presença dos integrantes do movimento. Mauro Moreno não se apresentou, pediu licença que foi aprovada. Entrou Flávio Pavinatto. Algo dizia que aquela sessão ofereceria surpresas. Mais tarde, no intervalo, Zé Branco ocupou a presidência, substituindo Manoel Marques.

Esqueçam o que eu disse.

Quando entrou em votação, ocuparam a tribuna: Sonia Santos, Flavio Pavinatto, Mino Nicolai e Carlinhos Sartori. Sonia justificou a mudança de voto pela postura de Sartori: “se ele, um dos dois que continuará aqui, acha que o valor do subsídio está ótimo, quem sou eu para dizer o contrário.” Sonia disse que a conquista de Toninho Bellini ao equiparar vereador a secretário não deveria ser quebrada.

Insignificância recolhida.

Mino Nicolai um ferrenho defensor da manutenção do reajuste até o resultado eleitoral, justificou a mudança de posição dada à insignificância que foi dada a ele pelo povo: “um vereador que teve mais de 1.300 votos, agiu sempre dentro da coerência e da defesa do povo, cair para 500 votos, acho que o povo está certo ao não querer o reajuste, votarei contra.” Mino fez coro à Sonia pela aprovação da emenda que reduziria o salário dos secretários e vice.

Ainda bem que mudei.

Flavio Pavinatto em seu discurso absteve-se do aumento dos subsídios dos vereadores. Fincou pé na injustiça que a redução dos salários dos agentes administrativos provocaria. Depois de destilar várias críticas contra o Novo Tempo confessou: “estou orgulhoso de ter abandonado esse grupo. Estou muito feliz onde estou.”

Condenou.

Carlinhos Sartori justificou a sua decisão pelo apoio ao projeto de iniciativa popular, informou que essa decisão aconteceu antes da eleição e que não mudava a postura. Contudo, condenou o acordo dos vereadores que propuseram a redução dos subsídios dos secretários e vice. ,

Não vota.

A saída não esperada de Manoel Marques foi atribuída a uma ligação telefônica pessoal. Para Pavinatto foi pura armação. Ao se ausentar, Marques tirou o voto do vereador Zé Branco, que como presidente, não vota.

Interpretações.

Para uns a saída de Manoel beneficiava Zé Branco para tirar-lhe o ônus de ser o único a votar a favor da manutenção do reajuste. Para outros, Manoel só fez isso dada a presença de Pavinatto que poderia empatar a votação da emenda dos agentes políticos. Zé Branco manteve a posição e cumpriu o expediente.

Grã finale?

Em votação, o reajuste zero recebeu votação unânime e a emenda, seis a três. Nesse momento, como se o espetáculo não pudesse parar, abriu-se um bate boca originado por Sonia Santos contra Pavinatto. O presidente Zé Branco suspendeu a sessão por cinco minutos, fato que anulou a apreciação do projeto, transferindo a decisão para a próxima semana.

Tudo, por nada.

Para o vereador Zé Branco, toda e qualquer decisão a respeito dos subsídios dos vereadores, secretários, vice e companhia não terá nenhuma validade.  A votação do projeto de iniciativa popular deveria ter acontecido antes da eleição, depois não produzirá efeitos legais.

Manipulação?

Caso Zé Branco esteja correto e parece estar, a que poderemos atribuir as ações desses nobres vereadores. Os discursos de hoje, dos favoráveis, foram caracterizados pelo incentivo à ação oposicionista dos integrantes do movimento a partir de janeiro. Esquecem os vereadores, que os princípios básicos dos movimentos populares não devem ser corrompidos: reação ao ato causador.  

A liderança do movimento sabe disso.

Os movimentos populares nascem do ato irregular concretizado. Como este que assistimos. Os movimentos, mesmo apoiados por partidos políticos, não devem ser transformados em braço desses partidos e muito menos em situação ou oposição a governos. A luta é contra a ação ou pensamento político contrário aos interesses daquele grupo movimentado.  Perderiam a essência.

É o que parece!

Outro ponto negativo dos vereadores esteve ficou com a tentativa de descaracterização do movimento. Tanto antes, no subdimensionamento, como agora quando tentam usar o projeto de iniciativa popular para dar vazão ao descontentamento com as urnas.

Caminho sem volta.

Esta coluna sempre caracterizou o movimento como um marco na história de nossa cidade. Disse mais. A ação de alguns ativistas tinha extrapolado e ofendido alguns preceitos básicos, ação que poderia tirar parte da importância histórica conquistada. Erros perdoáveis. Parte do aprendizado. Apesar das interferências e inexperiências, Itapira nunca mais será a mesma. Com ou sem o rogo dos vereadores ou de quem quer que seja.  

Fonte: Da Redação do PCI

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