Mais uma vez presidente?

A coluna Painel do jornal Folha de São Paulo, deste domingo, sob o título “Tapetão” noticiou que os deputados estaduais, com a simpatia dos petistas, estão manobrando para mudar o regimento interno e permitir ao deputado Barros Munhoz, novo mandato na presidência da casa.

É o que a casa quer.

A nota assinada por Vera Magalhães diz que o Palácio dos Bandeirantes ainda não deu aval para a iniciativa, mas os deputados estaduais não imaginam um nome melhor para ocupar a presidência melhor que Barros Munhoz.

Também pudera.

Além de receber 92 dos 94 votos possíveis, Munhoz goza de total prestígio e reconhecimento até entre os oposicionistas mais ferrenhos. Defende a casa com unhas e dentes, não cometeu nenhum deslize que comprometesse a democracia da casa, soube conduzir com habilidade todos os casos espinhosos que teve pela frente e a sua administração não apresentou nenhuma irregularidade.  Para os defensores de mais uma reeleição de Munhoz, será difícil encontrar um substituto à altura.

Outras possibilidades.

Munhoz está trabalhando com alguns companheiros na busca de nomes que possam ser colocados como candidatos à presidência. O nome de consenso terá o apoio dele. Seu nome tem sido ventilado para outras áreas, como para a liderança do governo ou para assumir uma secretaria estadual.

Munhoz não quer.

O deputado, em contato com esta redação, garantiu que não passa por ele, seja como iniciativa ou simples apoio, nenhum movimento que vise mudar o regimento e permita mais uma reeleição.

Esclareceu, também, que não voltará a ocupar a liderança de governo e que não tem intenção de assumir nenhuma secretaria estadual.

O que Munhoz quer?

Totonho quer dedicar os próximos dois anos ao mandato de deputado. Quer percorrer os municípios paulistas, pois tem a intenção de concorrer em mais uma eleição. Quer estar em São Paulo disponível para ajudar Paganini a realizar um excelente governo.

E confessou:

“Quero fazer o que sempre sonhei. Ser o elo entre os interesses de Itapira e o governo estadual - e federal no que depender de mim. Quero usar a força política conquistada nesses trinta e seis anos em benefício da minha terra. Paganini sabe que poderá contar comigo 24 horas, de segunda a segunda. Não para enxerir na administração dele, mas atendendo os pleitos que ele me encaminhar. Ninguém conseguirá imaginar a satisfação que terei cumprindo esse humilde papel”, concluiu!

Santa diferença!

Sempre que alguma notícia ruim cai na mesa do futuro prefeito, ele abaixa a cabeça, olha para a anotação, depois olha para o interlocutor e com a maior calma do mundo, diz: “É mestre, mais um problema que nós vamos ter que resolver.”

CPFL 1.

A partir de 2014 a prefeitura de Itapira deverá trocar as lâmpadas, fazer reparos, cuidar da expansão para que todos os espaços públicos da cidade sejam bem iluminados.  Uma despesa que acrescerá 1/3 ao que se paga hoje.

CPFL 2.

Essa despesa não está prevista só para 2014. Em 2013, Paganini terá que investir nas adequações necessárias e no preparo da prestação dos serviços. No dia 1º de janeiro de 2014, a cidade terá de estar pronta para a nova empreitada.

CPFL 2.

Entre os atuais credores da prefeitura de Itapira está a CPFL, cuja dívida poderá chegar, se não for paga até 31 de dezembro, na casa dos R$ 220 mil. Há estudos um pedido de parcelamento em 10 vezes. Somando com as despesas de preparação, a conta para Paganini poderá ultrapassar a barreira dos R$ 400 mil.

CIP 1

As despesas decorrentes com iluminação pública vem de uma taxa chamada CIP, devidamente lançada na conta de luz de todos nós. Considerando o aumento das despesas, a prefeitura poderia realinhar a taxa em função dos novos compromissos. Será que Toninho vai fazer isso?

CIP 2.

A CIP, por lei, deve acompanhar as despesas que município tem com iluminação pública. Pelo visto, o planejamento não tem contemplado tal situação. Hoje, o valor arrecadado pelo município está na casa dos 50%. Caso nada seja feito, a arrecadação poderá não ultrapassar os 35%.

Tudo balela.

Um integrante da atual administração fez o seguinte comentário: “o prefeito Toninho Bellini optou pelo congelamento do IPTU. Tudo bem. Seria uma boa iniciativa se tal medida não interferisse na gestão do município. Sem realinhamento, despesas deveriam ser cortadas. Até a eleição dizia-se que a prefeitura conduzia tudo com eficiência e o reajuste do IPTU não era necessário. Acabou sendo um dos grandes temas da campanha. Agora, pelo que estamos assistindo, tudo não passou de uma grande balela.”

Quinze milhões.

E continuou: “O município deixou de arrecadar cerca de 15 milhões de reais e qual é a situação que nós nos encontramos hoje? Dívidas, ruas esburacadas, atividades paralisadas e sem oferecer ao futuro prefeito, nenhuma perspectiva de melhora na arrecadação, nem áreas novas para conjuntos habitacionais ou distritos industriais”.

Resta saber.

Como ficará marcado o governo novotempista? Aquele que congelou o IPTU por conta de uma administração que sempre disse pagar tudo em dia ou aquele que não planejou, pouco investiu na geração de empregos, estagnou a economia, deixou dívidas e paralisou a cidade?

Na educação.

Para atender a determinação do Piso Nacional do Magistério, Toninho Bellini segurou o quanto pode a aplicação da lei e nem preparou, pelo visto, o tesouro para as novas despesas. Colocará no colo de Paganini uma folha de pagamento raspando, se não estiver ultrapassando, o limite máximo permitido. Isso sem falar em outras consequências que tal medida poderá refletir no dia a dia das escolas, como por exemplo, a redução de vagas. Paganini disse que esse assunto já está no pensamento dele e o desafio é não prejudicar as crianças e adolescentes itapirense no direito mais precioso do cidadão: a educação.

Aterro sanitário.

Itapira está prestes a não ter mais onde depositar o lixo que produz. A Cetesb prorrogou a licença até abril de 2013, corre por lá um projeto de ampliação, mas poucos acreditam em milagre. Uma alternativa é o consórcio intermunicipal de resíduos sólidos. Mas como esse assunto não foi discutido como deveria, ninguém sabe ao certo quanto isso vai custar e nem quais serão os impactos ambientais.

Não vi, não.

Paganini visitou o aterro sanitário na última segunda-feira para sentir “in loco” o que está acontecendo. Ao chegar, um velho funcionário levou um susto e disse: “o senhor nem assumiu e já está aqui... Nesses últimos oito anos eu nunca vi a cara de nenhum prefeito...”

Paganini na luta 1.

Em relação ao aterro sanitário, o futuro prefeito visitará, nesta semana, seis cidades que já estão usando o transbordo de Amparo, para avaliar o serviço. Além disso, existe outro plano em gestação com base nas informações colhidas. Vai optar pela melhor solução.

Paganini na luta 2.

Outro trabalho já realizado por Paganini foi o mapeamento da situação das ruas e avenidas esburacadas da cidade. Caminha para dar solução, logo nos primeiros meses do ano. Espera contar com a colaboração das chuvas, para oferecer a cidade em ordem o mais rápido possível.

Transporte de pacientes.

Diante da rapidez e da garantia de Paganini e Munhoz sobre a liberação dos recursos para a retomada dos serviços de transporte, por que Bellini e Vladen não usaram a mesma agilidade para resolver o problema dos itapirenses dependentes desse serviço?

Não confiava...

Segundo os corredores palacianos, como a verba vinha de Munhoz, eles achavam que tudo não passaria de um golpe para levar mais problemas ao prefeito Toninho Bellini. O que eles fariam se a verba não viesse? Teria sido mesmo essa a questão?

Quem usa, cuida.

Tal desconfiança, caso verdadeira, era no mínimo descabida. Primeiro porque o deputado é presidente da ALESP e Paganini o prefeito eleito. Dá para imaginar que depois de tudo o que foi noticiado, alguém pudesse aplicar um passa-moleque?

Viajemos, então...

Mesmo admitindo a hipótese de armação, será que não teria sido melhor, terem chamado os prestadores do serviço, esclarecerem a situação, depois de tantos pagamentos em dia em valores consideráveis, não poderia ir ao sacrifício por três ou quatro dias, num sistema racionalizado?

Perderam a oportunidade.

Caso o dinheiro não viesse, além de ter mostrado boa vontade em solucionar o problema, assumindo, assim, parte do bônus da solução, poderia cair matando em cima do prefeito eleito e do deputado.

O problema é mais embaixo.

Sempre que pode, o secretário Helio Citrângulo diz que Paganini receberá a casa em ordem. Tomara! Mas a cada dia aparecem mais informações de dívidas acumuladas. Entre os fornecedores que não estão vendo a cara do dinheiro, estariam os prestadores de serviços de transportes de pacientes. Não tinha conversa, só retomariam o serviço, depois de receberem os atrasados.

Só no ano que vem!

Outra informação vinda dos meios governistas, afirma que muitos materiais necessários à manutenção dos serviços públicos estão sendo adquiridos, desde o final de outubro, sem empenhos. Estratégia: jogar os pagamentos para o ano que vem. A prefeitura não pode parar, é verdade, mas será que está tudo nos “conforme”?

Diz uma coisa...

O governo Novo Tempo tem se posicionado dizendo que está colaborando com tudo que é possível para prestar as informações necessárias para que Paganini possa assumir o posto com tranquilidade e realize uma excelente administração.

Faz outra.

Mas na prática, não é o que está acontecendo. O processo de transição em Itapira está sendo considerado o mais lento de todas as cidades da região. A cada dia que passa aumenta a perspectiva de que a grande caixa preta só será aberta após a posse. Há quem imagine que a situação da prefeitura, por conta das informações pingadas, é muito pior do que imaginado pelos piores pessimistas.

Mogi-Mirim está mais esperta.

Apesar do tom agressivo da campanha eleitoral mogimiriana, a transição por lá estava se desenrolando de forma muito mais eficiente do que Itapira. Agora, com a cassação do Stupp o processo foi desacelerado.

Por falar em Stupp...

A diplomação e posse de Gustavo Stupp e Gerson Grossi Junior estão garantidas para o dia 18 de dezembro e 1º de janeiro de 2013, respectivamente, caso até lá, nenhuma outra novidade ocorra. O juiz eleitoral Rafael Filgueira acatou o recurso interposto “nos efeito devolutivo e suspensivo”. Quer dizer, até que o mérito seja julgado no TER, a sentença de cassação prevalece, sem ser aplicada.

O que vai dar?

Os integrantes do staff de Stupp estão trabalhando com a hipótese de que o TRE reformará a sentença e o mandato estará assegurado. Opositores, no entanto, consideraram a decisão do juiz que suspendeu os efeitos da cassação como uma aberração jurídica. Entendem que no TRE prevalecerá a interpretação do MP a representação apresentada pela coligação “Para Mogi Continuar Crescendo”.

Novos ares!

Luis Henrique Ferrarini, depois de realizar uma vereança proativa, mesmo sem ser bem atendido pelo governo que defendia, esperava pela reeleição. Não veio. Como o mandato termina no mês que vem, notícias dão conta de que ele poderá mudar de cidade. Vai se transferir para o PSL, conforme adiantado pelo Dropes e trabalhará com o vereador de Mogi-Guaçu Salvador Francelli.

Promoção à vista!

O Partido Comunista do Brasil, conforme planejado, cresceu muito nessas eleições. Tem a vice-prefeita eleita em São Paulo, ao lado de Haddad, além de Dado, em Itapira. Na região, o partido teve uma expressiva votação. É bom lembrar que Syllas Silveira, como coordenador regional, teve grande participação nesse crescimento. Por isso, ele deverá assumir maiores desafios dentro do PCdoB.

Chá de sumiço.

Na inauguração do novo pavilhão da APAE, além da diretoria, amigos, simpatizantes e familiares de Vladimir Siqueira, lá estavam cinco vereadores eleitos, Paganini e o deputado Barros Munhoz. Nenhum dos vereadores atuais, nem o prefeito Toninho Bellini ou qualquer outro representante do município se fizeram presentes. Por quê?

Carnaval.

Paganini tem dito que o carnaval de 2013 não reviverá os grandes carnavais de Itapira, ainda, mas garante que será o melhor dos últimos oito anos. Para isso, juntou Marcelo Iamarino no comando geral e Pasté como o grande comandante do Carnaval. É de Pasté a iniciativa de levar o carnaval para o Parque Juca Mulato.  O Mestre já concordou.  Aliás, essa ideia de transformar as avenidas do parque em passarela, nasceu na cabeça do Pasté no tempo em que ela ainda tinha cabelo.

O Bloco dos bichos vem aí.

Depois da ausência nos últimos carnavais, proibidos pelas frases espirituosas que faziam, mas que nem todo mundo gostava, o bloco mais tradicional da cidade estará de volta. Os equipamentos já estão sendo reunidos, consertados e novidades vão aparecer. O Pasté garante!

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Nino Marcati, da Redação do PCI.