O abacaxi está na moda.
Um conhecido e bem sucedido dono de quitanda andava encafifado com o prefeito eleito. Sempre que Paganini passava pelo estabelecimento comprava as suas três frutas preferidas: uva, melancia e abacaxi. Ultimamente, o mestre só compra abacaxi.
Treinamento.
Como o Mestre não levava outra fruta, nesta terça-feira o comerciante não se conteve e perguntou: “ué, o prefeito enjoou das uvas e das melancias?” Paganini respondeu: ”nada disso. Estou treinamento profundo. Lá em casa quem descasca o abacaxi sou eu e eu preciso ficar afiado”.
Quarto por quarto.
Nesta terça-feira, Paganini recebeu uma ligação telefônica informando que um amigo estava internado no Hospital Municipal e precisava de apoio dos amigos. Terminado o expediente, o Mestre não teve duvida, deu uma passadinha no HM. Pediu permissão para entrar em função do adiantado da hora, visitou o amigo e aproveitou para entrar quarto por quarto do terceiro andar.
Revigorado.
Paganini foi recebido com festas, tanto pelos funcionários como pelos pacientes. Ninguém acreditava que o futuro prefeito pudesse arrumar tempo para uma visita dessa natureza. O Mestre saiu de lá revigorado: “foi muito bom ver a alegria no semblante dos pacientes, despertar-lhes esperança, dar aquela força mostrando que eles não estão sozinhos”. E completou: “vou fazer isso mais vezes, inclusive depois da posse. É visita sensibilizante e humanizadora. Fui para levar coragem e fé. Acabei recebendo mais do que levei.”
A rotina do prefeito eleito está eletrizante.
Quando está em Itapira, antes que o galo cante, vai para as ruas, conversa com as pessoas, visita empresas, entidades etc., faz reuniões, planeja, cuida de cada detalhe. Quando está fora, percorre os órgãos governamentais para conhecer as pessoas e abrir caminhos. Nessa semana visitará a prefeitura de Votuporanga, que teve um dos poucos prefeitos reeleitos por conta da excelente administração empreendida.
Adivinha quem vai ter que pagar?
Por falar em abacaxi, a câmara municipal autorizou Toninho Bellini a confessar a dívida para com a CPFL estimada em R$ 250 mil e a propor parcelamento em doze parcelas vencíveis a partir de janeiro de 2013.
Os antigos dizem: boca fala, “*@“ paga.
Para quem batia no peito que administrava a prefeitura pagando tudo em dia, que não deixaria dívida para o próximo prefeito e, ainda, que por conta dessa boa administração, os impostos não precisavam ser realinhados. Tal autorização oficial jogou por terra todos os arroubos cometidos.
Mordeu a língua.
Não custa lembrar que o discurso da administração redonda e honradora de compromissos foi, entusiasticamente, proclamado pelo vereador Mino Nicolai na tribuna devidamente registrado nos anais da câmara municipal.
Pior do que vocês pensam.
Uma expoente servidora municipal, enfronhada nos assuntos financeiros da prefeitura municipal, disse esta semana: “vocês não queiram nem imaginar a situação financeira caótica da prefeitura. Está muito pior do que muita gente pensa” E completou: “está pior do que quando o Toninho recebeu.”
Bate-boca.
A fala da servidora foi o suficiente para um breve bate-boca. Um defensor novotempista disse: “você deve estar brincando. A dívida de hoje é infinitamente menor do que a deixada por Munhoz.” A servidora retrucou: “Pode até ser um pouco menor, mas e o resto? Não será que dá para comparar?”
Qual é a herança positiva?
A servidora continuou: “Além das dívidas, a cidade está esburacada, tem o problema seríssimo do aterro, a saúde está sucateada... Mas o grande problema é a perspectiva de arrecadação. Cadê os terrenos para casas populares e para os distritos industriais? Quais obras significativas o novo prefeito estará recebendo desse governo?”
A servidora tem certa razão.
Em 2004, Munhoz dispunha de quase oitenta milhões. Neste ano, Bellini trabalhou com mais cento e oitenta milhões. Grosseiramente, um aporte de cento e trinta por cento. Nos últimos quatro anos a inflação, na pior das hipóteses, ficou abaixo de cinquenta por cento. De onde teria vindo a diferença: da industrialização. E agora?
De mal a pior.
Na campanha eleitoral, um dos folhetos mais significativos do Novo Tempo mostrava Bellini e Martins prometendo trabalho conjunto do Hospital Municipal e da Santa Casa. A situação do HM é do conhecimento geral, mas a situação da Santa Casa é quase desesperadora. A dívida ultrapassa um milhão e meio de reais. Até que ponto a prefeitura tem responsabilidade sobre isso não se sabe, mas será que nada poderia ser feito junto ao governo federal?
Para presidente...
Para a presidência da câmara continuam candidatos Carlinhos Sartori, Zé Branco, “Água e Suco” e Marquinhos. Ninguém admite, mas todos estão em campanha organizando a futura mesa. Ao que tudo indica “Água e Suco” e Marquinhos tendem sair da disputa até o dia da posse. Esperam um lugar ao Sol, melhor, à mesa ou nas comissões.
Direção dos ventos.
Hoje, apesar da boca de siri implantada pelos vereadores da futura base aliada governista, os ventos estão soprando em direção a Carlinhos Sartori. Mas há quem acredite que dependendo do desenrolar da questão dos subsídios dos vereadores e do chamado trabalho formiguinha, os ventos poderão soprar para os lados do rio Manso.
Quanta maldade!
Rolou pela cidade o boato que Manoel Marques tinha morrido em um acidente automobilístico. Felizmente, nada aconteceu ao ex-candidato a prefeito. Para variar, diante desse tipo de boato, teve quem se comovesse e teve quem se alegrasse. Nos corredores da prefeitura a nota ficou para um colaborador: “agora não interessa mais, teria sido uma boa notícia em maio ou junho.”
Duas.
Paganini ainda não fechou o secretariado. Diz que está montando uma equipe de primeira linha. Faltam nomes para duas pastas. Uma é nova, a galinha dos ovos de ouro do futuro governo. A outra é antiga, mas é a mais identificada com o prefeito eleito. As demais já estão fechadas, inclusive Educação e Saúde.
Não quer comer cru.
Paganini espera anunciar os novos secretários nesta sexta-feira com entrevista coletiva e festa. O local não foi definido. Mas que ninguém o fique pressionando. O Mestre só fará o anuncio oficial quando não sobrar mais nenhuma dúvida.
Nino Marcati, da Redação do PCI.
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