Tenha dó!

Alguns leitores, desta coluna, reclamaram que o Dropes anda muito adocicado em relação ao prefeito Paganini, só fala o que está acontecendo de bom e, ainda por cima, joga, sobre ele, um monte de confete.

O Dropes reconhece.

A reclamação procede, mas tem justificativa. É comum, tanto à imprensa como aos eleitores, a concessão de um período de tolerância às novas administrações. Os primeiros cem dias são reservados para que o novo governo tome pé da situação. Mas é bom lembrar que é nesse período que o governante mostra a sua índole. Além disso, para apontar os erros é preciso que eles aconteçam.

O bom jornalismo.

É aconselhável, no entanto, separar as notas que refletem o que o governo faz e as notas que tentam criar embaraços políticos para os governantes, por motivos de ordem pessoal ou político. Para o Dropes, o importante é garantir o direito à informação, abrindo espaço para as respostas, quando necessárias.

Por falar em erros...

Quem tem acompanhado os últimos eventos com Paganini tem observado que o Mestre ainda não concluiu a formação da equipe de comunicação social. Aimberê tem colaborado, nessa área, no que é possível, mas como mostra a nomeação, ele foi designado para outro serviço na área jurídica. Na falta de um titular alguns problemas afloraram.

Plano A e plano B.

Na quinta-feira da semana passada, Paganini convocou a imprensa e as autoridades locais para anunciar as medidas de segurança para o carnaval 2013. O prefeito tencionava reunir todo mundo no parque, para mostrar a nova iluminação, simbolizando a nova mentalidade desta administração para com a segurança pública. Caso chovesse, o anuncio seria na Casa da Cultura.

Cadê a chave!

Às 20h30min, conforme programado, diante da chuva que insistia Paganini não teve dúvida, partiu para o plano B. Mas eis que alguém percebeu que a porta da Casa da Cultura estava fechada e ninguém tinha a chave.

O que não tem remédio... Remediado está!

Autoridades, imprensa e convidados foram todos para a entrada da Casa da Cultura. Na base da improvisação, sem som, espremidos entre a parede e a chuva. Paganini não cancelou o evento, cumpriu a programação. Como não poderia deixar de ser, alguns integrantes do primeiro escalão não gostaram e teceram críticas.

No sábado, de novo!

Imaginava-se que a situação de quinta-feira teria sido suficiente para que alguma providência fosse tomada para os próximos eventos. No sábado, na homenagem aos campeões de 1969, no Chico Vieira, foi visível, novamente, algumas falhas.

Quase que encavalava tudo.

É certo que a chuva, mais uma vez, colaborou. Caiu forte na hora marcada para a homenagem que atrasou quase 45 minutos, levando-a a se desenrolar com a execução do Hino Nacional antes do início do jogo.

No gogó.

O mais grave foi a ausência de um pequeno sistema de som, exigindo dos que usaram da palavra, apenas a força do gogó, que em face do barulho do público que aguardava o início da partida, não permitia aos participantes distantes, três ou quatro passos, ouvir as palavras de Flávio Boretti, Carlinhos Sartori, Dado Boretti e Paganini.

Faltou chamar todo mundo.

Houve algumas reclamações, tanto para o evento de quinta-feira como o de sábado de que não houve um trabalho de contato eficiente em relação aos secretários, convidados e homenageados.

Isso não pode!

Para fechar o sábado, um membro da diretoria, lamentavelmente, rasgou um painel em que mostrava o ex-prefeito Toninho Bellini entregando uma camisa da Vermelhinha ao ex-presidente Lula. Além disso, um torcedor, buscando uma visão melhor do campo, falando em nome de Paganini (que não autorizou) tentou invadir a área destinada à imprensa. Diante da negativa, ofendeu os responsáveis pelo setor.

Mas os problemas não ofuscaram a homenagem.

Os ex-jogadores e familiares se emocionaram e agradeceram a lembrança de Paganini. O Mestre, em discurso, confessou ter pensado nesse evento, quando ainda era candidato, caso fosse eleito, por entender que Itapira tinha e tem uma grande dívida com os campões de 1969.

Revendo e valorizando.

Um detalhe percebido por poucos foi a reação de antigos torcedores da vermelhinha que aguardavam o início da partida contra o Palmeiras B ao se depararem com Foraciepe, Sabadini e, principalmente, o goleiro Ecio que há muito não se via por morar em outra cidade. Mostraram-se deslumbrados.  

E o que fez Paganini 1?

Qualquer outro prefeito teria cancelado o evento da quinta-feira ou mandado alguém buscar as chaves da Casa da Cultura. Além disso, se mostraria profundamente irritado, prometendo para o dia seguinte uma verdadeira operação “rola, cabeça, rola”. Mas não, o Mestre assumiu e cumpriu a programação, sem estresse. E no fim, achou que tudo tinha corrido dentro das possibilidades.

E o que fez Paganini 2?

No evento de sábado, Paganini auxiliado por alguns colaboradores acompanhou a chegada dos convidados, organizou as autoridades e os homenageados, não se importou com o fato de não ter sistema de som e muito menos com o atraso provocado pela chuva. E mais, advinha que assumiu o papel de mestre de cerimônia, anunciando um a um os discursantes?

E o que fez Paganini 3?

Tão logo ficou sabendo da avaria no painel colocado pelo ex-prefeito determinou que um novo fosse providenciado e colocado no mesmo lugar até o próximo sábado. Paganini também deu mostras de que não aprovou a invasão na área destinada à imprensa. Estabelecendo, assim, as diferenças entre as questões políticas e a história construída em nossa cidade.

Uma questão de índole!

Não resta a menor dúvida que os problemas apontados devem ser corrigidos para os próximos eventos, no entanto, não se pode negar a capacidade do prefeito Paganini em administrar problemas ou conflitos ou adversidades. Tomara que continue sempre assim!

É esperar para ver.

Mas já que o assunto é Paganini tem crescido entre os servidores municipais a preocupação com o dia 6 de fevereiro, dia de pagamento do funcionalismo municipal que está se aproximando. Tem gente que acha que por conta da situação da prefeitura, Paganini pode atrasar a folha.

E as correspondências do Barão?

Os moradores do bairro rural Barão Ataliba Nogueira continuam reclamando das entregas das correspondências. Taí um problema para o mestre resolver. Segundo se comenta, o antigo responsável não só dava um atendimento personalizado, como entregava as correspondências fora de hora para aqueles que chegavam em casa só à noite etc.. Ao que parece, o maior volume de reclamações vem desse grupo. Das duas, uma: atende-se esse grupo da forma como ele estava acostumado ou busca-se uma solução alternativa eficiente.

O Mestre gostou do que viu e ouviu.

Paganini, conforme anunciado por esta coluna, esteve em Brasília nesta segunda para participar do encontro com os prefeitos eleitos em outubro, promovido pela presidência da república.

Dilma 2014.

Sobre Dilma, Paganini gostou muito da postura como ela se apresentou, enfatizando que a presidenta deu mostras de que vai trilhar caminhos próprios para 2014 e que não ouviu, em nenhum momento, ela citar o nome do ex-presidente Lula. Enquanto Dilma falava que vai investir R$ 66,8 bi, a partir de fevereiro, em habitação, saneamento, UBSs, creches, quadras esportivas e pavimentação, Paganini imaginava o enquadramento de Itapira em todos os planos.

Desenvolvimento.

Outra palestra que agradou muito ao prefeito de Itapira foi a de Fernando Pimentel. Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior quando disse que as prefeituras devem seguir o governo federal dando preferência aos produtos e serviços dos próprios municípios para fixação de emprego e renda.

BNDES

O ponto que chamou atenção de Paganini foi quando o ministro informou que linhas de crédito do BNDES que poderão atingir desde a compra de equipamentos até a estruturação de projetos sociais, com foco no aumento das receitas ou na redução do custo unitário de serviços com a administração geral.

Os olhos brilharam quando...

Pimentel falou do Programa BNDES de Modernização da Administração Tributária que buscará apoiar a modernização da infraestrutura de serviços públicos nas áreas Tributária, Financeira e Patrimonial, de Saúde e de Educação.

Vocação econômica.

Para finalizar, o ministro pediu que os prefeitos identificassem a vocação econômica do município para serem potencializadas em APLs (Arranjo Produtivo Local), bastando para isso procurar o ministério, o BNDES, o Sebrae e as confederações empresariais com expertise no assunto. Na cabeça de Paganini veio “Máquinas Agrícolas” como possibilidade de colocar pé em um arranjo produtivo local.

Mutirões.

Enquanto isso, o deputado Barros Munhoz está empenhado em levar adiante os dois mutirões propostos por Paganini para esse momento: Saúde e Segurança. Com reuniões já agendadas com os secretários, Munhoz espera conseguir os recursos o mais rápido possível. Nesta quarta-feira, às 18h, Paganini e o Coronel Vanderlei estarão em São Paulo com o presidente da Alesp e Secretário Estadual de Segurança Pública, Fernando Grella Vieira.

Pacote.

Para a conversa com o Secretário de Segurança, Paganini começará, logo pela manhã, conversando com os comandantes das polícias Civil e Militar, além da Guarda Municipal, para finalizar o pacote de solicitações sobre o mutirão de segurança.

Na lida...

Depois de um breve período de férias, Munhoz reassumiu a presidência da Alesp nesta segunda e se prepara para o início das sessões legislativas nesta sexta-feira. Apesar do clima fervente em face das eleições para a nova mesa diretora e da conclusão das mudanças do secretariado de Alckmin, Munhoz tem declarado que não está pleiteando nenhum cargo e que se dará por satisfeito em poder se dedicar em atender os municípios e, principalmente, Itapira.

Atender aos municípios,

em face dos novos prefeitos eleitos, várias cidades estão procurando Munhoz para que ele as represente na ALESP e junto ao governo do Estado. Nesta terça-feira, por exemplo, para essa finalidade, lá estiveram Artur Nogueira, Atibaia e Limeira.

Boa notícia. Poupatempo.

O governador deverá lançar oficialmente, nos próximos dias, 32 novas unidades do “Poupatempo”, entre elas estará a que será instalada entre Mogi-Mirim e Mogi-Guaçu, reivindicada por Barros Munhoz para atender a região.

Evaporando.

Alguns partidos que integraram a oposição e a terceira via nas últimas eleições estão correndo o risco de desaparecerem do cenário político itapirense, pelo menos por uns tempos. É o que pode esta ocorrendo com o PTN, PTdoB e PSDC. Motivo: para manter a sigla, a executiva precisa pagar uma taxa mensal, na ordem de R$ 80 a R$ 100,00.

Sem taxa, sem partido.

Dificilmente essa taxa é paga em dia, principalmente longe das eleições, a dívida cresce, aí para o mesmo grupo manter o partido exige-se o pagamento dos atrasados.  Outro partido que deve seguir destino parecido é o PRP, salvo se Mino Nicolai, um dos interessados em manter a sigla, bancar as taxas partidárias.

Esquecimento.

Recentemente a seção local da OAB homenageou alguns antigos advogados da cidade e não se lembraram de um dos fundadores da instituição: Pedro Boretti. Dizendo-se tranquilo quanto ao esquecimento, Pedro comentou: “acho que esqueceram, é normal acontecer isso, ou tem alguém lá que não gosta de mim. Não faz muito tempo a APAE também homenageou algumas pessoas e eu como eu sou um dos fundadores também não fui lembrado. É normal. Acho que estão levando a serio uma fala minha – me esqueçam, me deixem quieto.” Tá bom, mas o Dropes não deixa, não!

Não vai mais.   

O Dropes informou que o ex-vereador Ferrarini iria transferir seu domicilio eleitoral para Mogi-Mirim para trabalhar com o prefeito Stupp num acordo com o vereador campinense Rafa Zimbaldi, onde ele deveria articular e presidir o PP.

Ferrarini encaminhou e-mail à redação do Dropes, dizendo:

Em relação a notícia do penúltimo dropes, sobre meu futuro político, realmente estou tendo vários convites para trabalhar no campo político de várias cidades da região, e estou analisando todas as propostas, e em breve, tendo a definição o comunicarei, assim como toda a imprensa e para as pessoas que acompanham meu trabalho. Meu domicilio eleitoral continuará sendo Itapira, pois tenho projetos para me candidatar ao Executivo no futuro.

Fraternal abraço a você e toda sua equipe! Saudações santistas!

Ferrarini não confirmou,

mas tudo indica ele deverá retomar o projeto de trabalhar com o vereador Salvador Franceli em Mogi-Guaçu e levar adiante a candidatura de Salvador a deputado estadual. Ferrarini, além de santista, desenvolveu um bom trabalho como vereador em Itapira, por isso tem sido cortejado.

Quer espaço político.

O Dropes recebeu a informação que a decisão de Ferrarini em desfazer o acordo com Rafa Zimbaldi teria sido em função do cargo que lhe foi apresentado, totalmente fora do perfil do ex-vereador.

Não deve completar o segundo.

Vladen Vieira recentemente empossado como coordenador geral do SAMU, por indicação do prefeito de Mogi Mirim, Gustavo Stupp, presidente do Consórcio Intermunicipal de Saúde, poderá perder o cargo nos próximos dias por determinação do próprio Stupp.

Helio queimou o filme.

Outro secretário que não está bem com os antigos admiradores é Hélio Citrângulo. Vários amigos que admiravam a forma como o ex-secretário conduzia as contas públicas estão chateados, pois o ouviram dizer, várias vezes, recentemente, que entregaria a prefeitura com as contas em dias, na maior transparência.

Nino Marcati – [email protected]