Era mote de campanha! A merenda escolar, um dos pilares da gestão Toninho Bellini/Manoel Marques, deverá sofrer forte revés nesta semana, quando vierem à tona as providências tomadas pela Secretaria de Educação em nome do respeito ao dinheiro público.

Não pode faltar, nem sobrar! Gastava-se com a merenda escolar até dezembro do ano passado, em média, R$ 450.000,00 por mês. A primeira providência da atual administração foi proibir a retirada da “lavagem”, as sobras de comida, por uma empresa, todos os dias. A ordem de Paganini: “Não pode faltar, nem sobrar. Não podemos desperdiçar!”.

Disciplina. Outra medida adotada pela Secretária de Educação, Flavia Rossi, proibiu que a merenda escolar continuasse sendo consumida, pelos servidores, fora dos horários de alimentação dos estudantes, em desacordo com a lei. A legislação não é totalmente clara quanto ao consumo por parte de professores e funcionários, mas estabelece horários de consumo e quantidade determinada.

25% mais carne. Consta que até o ano passado, os professores e funcionários das unidades usavam a merenda escolar para refeições livres em horários diferentes dos estudantes, que elevava o consumo de carne em até 25%, em total desrespeito ao que é estabelecido pela lei.

Economia R$ 150 mil. Com as medidas de contenção de desperdício, a prefeitura de Itapira reduziu a despesa mensal com a merenda, sem alterar a qualidade, para R$ 311.000,00. Além disso, estudos indicaram que o valor do cardápio cobrado anteriormente poderia ser reduzido em pelo menos 4%. A proposta foi apresentada à empresa, que reconheceu o argumento da prefeitura. Assim, o valor médio mensal ficará em torno de R$ 300.000,00.

Planejar, executar e fiscalizar. Ao comentar essa economia, Paganini se lembrou da sequência básica professada pelo deputado Barros Munhoz para uma boa administração pública: planejar, executar e fiscalizar. “Mas isso não se consegue com pessoal desmotivado ou incompetente. A Flávia se debruçou nos relatórios, juntou experiência, encontrou o melhor caminho”, sintetizou.

R$ 10 milhões. Desperdiçado? Considerando o total gasto com merenda escolar pelo Novo Tempo nos oitos anos que esteve à frente do governo, se tivesse adotado os critérios da nova administração, Paganini passaria seu mandato inteiro sem pagar nenhum tostão. Gastar R$ 450 mil em oito anos é o mesmo que gastar R$ 300 mil em doze. Resumindo, do nosso bolso, mais de R$ 10 milhões desperdiçados.

No mínimo, curioso. Enquanto para a coleta de lixo, Paganini precisou buscar outra empresa para diminuir a despesa e aumentar a qualidade. Na merenda escolar, bastou gestão para que a mesma empresa continuasse prestando o serviço. Paganini garante: “apesar da redução de um terço do valor do que se pagava, a qualidade da merenda vai melhorar ainda mais.”

Assunto comum. Outra curiosidade é que o excesso de sobras, destinado à lavagem, e o consumo indiscriminado de merenda escolar por parte dos servidores sem qualquer disciplina ou controle são assuntos recorrentes nos processos de superfaturamento propostos pelo Ministério Público, contra prefeituras, em várias cidades brasileiras.

Cordialidade para a oposição. Sábado pela manhã, no centro de Itapira, o prefeito Paganini deu mostras de que uma coisa é ser adversário político e outra é ser inimigo. Ao encontrar com a pedetista Cristina do Sindicato, Paganini foi cordial e não se furtou de cumprimentar a adversária política. Questionado sobre a ação, ele respondeu que não vai mudar seu jeito de ser só porque está em campo oposto a outras personalidades da política itapirense.

Oposição raivosa irrita. Porém, Paganini não esconde certa irritação com alguns artifícios que são utilizados por oposicionistas. Um exemplo é um panfleto que tenta adivinhar quais serão as próximas ações de seu governo e faz análises nada imparciais dos atos administrativos. Para o prefeito, este expediente utiliza na verdade o método de deturpar as informações. Em outras palavras buscam “pelo em ovo” só pra criticar.

Eis outro exemplo: leia o que uma pessoa usando o nome de “indignado” encaminhou ao Portal Cidade de Itapira: “Nas creches foram cortados o banho das crianças para que haja economia de água e luz. Nossos filhos ficam 10h diárias lá, e com esse calor que está fazendo imaginem como os pais os recebem à tarde. Estamos indignados com essa atitude.” Precisa comentar?

Antídoto. São por essas e outras que Paganini adotou o melhor antídoto para combater boatos maledicentes: transparência. No caso do pessoal do Mercadão e da Central de Abastecimento, que muito buchicho tem levantado pelos quatro cantos da cidade, o Mestre se reuniu com os interessados nesta semana (segunda e terça), esclareceu todas as dúvidas e deixou claro: “nós queremos organizar, estabelecer critérios. Não queremos prejudicar ninguém.”

Mercadão, nosso orgulho. Com o pessoal da Central de Abastecimento, Paganini aventou a possibilidade de aglutinar todos no mercadão, depois da revitalização planejada. Era visível a alegria de todos quando o Mestre destacou: ”Hoje tem gente que sai de Itapira para gastar no Mercadão de São Paulo. Agora tem gente indo para o Mercadão de Amparo. Eu quero que as pessoas de São Paulo e da nossa região venham para o Mercadão de Itapira. E nós vamos conseguir.”

Diálogo. Um antigo comerciante do mercadão sintetizou: “Olha, vou dizer uma coisa, o Paganini só faltava do mercado, quando faltava da missa. A gente dizia que ele pecava duas vezes quando fazia isso. Ele conhece todo mundo aqui. Ele não tem medo conversar. A coisa ficou muito abandonada, agora algo tem que ser feito. E nós vamos fazer juntos, unidos.”

Organizar e disciplinar... Justiça social, uso criterioso do bem público, limpeza urbana, etc. Ninguém vem publicamente se declarar contrário a estas questões. Mas quando a ideia é politizar, tudo vira encrenca. Mas os resmungões somem diante o que está certo. Por exemplo, os postes de iluminação da região central estão limpinhos. Servidores estão tirando a cola e a papelada e estão pintando. A aparência já melhorou bastante e os críticos não falam nada.

São Judas. Outro assunto que Paganini arregaçou as mangas para resolver é a situação do conjunto habitacional São Judas Tadeu. O prefeito encontrou uma brecha para tentar enquadrar o São Judas no programa de área de risco. Inspirou-se num a situação semelhante ocorrida na baixada santista, na cidade de Cubatão. A solução passa pelo CDHU e para agilizar o processo na Secretaria de Habitação, Paganini acionou o deputado Barros Munhoz.

Mudança na Esportiva. Como o assunto desta terça-feira foi o pedido de demissão do técnico da Esportiva e a saída do investidor, Adilson Brito, Paganini foi chamado para opinar e não fugiu da raia: “estou com a Esportiva, torço por ela, não vou meter a colher, mas posso palpitar como torcedor. Futebol vive de resultado. Nós temos que conquistar onze em vinte e um pontos possíveis. O time precisava de reforços. O Flávio é boleiro, sabe o que está fazendo, eu confio nele.”

Versão 1. Rodou nos meios futebolistas da cidade vários comentários sobre a brusca mudança na Vermelhinha. A mais técnica teria sido a contratação de reforços sem a consulta ao técnico João Batista. .

Versão 2. Para um grupo de discussão da Praça Bernardino, a saída do Adilson e João Batista foi política, como eles entraram na parada pelas mãos de Bellini, muita gente estava incomodada com essa situação.

Versão 3. Já num certo bar não muito longe do Chico Vieira, um diretor, depois de umas e outras, acabou falando o que não devia que acabou batendo nos ouvidos de Adilson, que imediatamente colocou a chuteira nas costas.

Fato ou boato. Uma das conversas teria sido que no último jogo, Paulinho Ceará estava assistindo ao jogo, pronto para assumir o cargo, caso a Vermelhinha perdesse. Foi acompanhada da história de que os jogadores, na oração antes do jogo, pediram a vitória para o Adilson e mais ninguém.

Participa, mas não entra? Para alguns futebolistas, essa mudança, nesse momento do campeonato, pode não fazer bem à equipe. Para outro grupo, esse negócio de participar e não entrar é um “saco” que tem que acabar.  

Santa. Amanhã tem eleição na Santa Casa. Duas chapas concorrem, uma representando a situação tendo à testa Lurdinha Piva, atual provedora (mas que deverá colocar outro nome para encabeçar a chapa) e, a outra, liderada por Juvenal Santi Lauri.

Sangue renovado. Paganini não escondeu sua preferência pela chapa de Santi Lauri. O Mestre entende que a Santa Casa precisa de sangue renovado, precisa se abrir para o mundo, para novas parcerias, gostaria de ver acontecer aqui o mesmo que ele viu nas cidades de Votuporanga e Ituverava. Os empresários abraçados à Santa Casa.

Filantropia. A grande preocupação de Paganini é com a possibilidade, cada vez mais próxima, de ver a Santa Casa perder a condição de entidade filantrópica. Para o prefeito, caso a entidade não mude as coordenadas, dificilmente conseguirá manter a filantropia. Paganini foi taxativo: “Itapira precisa da Santa Casa.”

Interesse do município. Nesta quarta-feira Paganini voltará à capital paulista para encaminhar mais alguns projetos do interesse de Itapira e assinar os documentos que atestarão o interesse do município nas propostas apresentadas pelo Governador Geraldo Alckmin no encontro de prefeitos, na semana passada, entre elas, a creche-escola.

Carlinhos e Carlão. A sessão de câmara desta terça-feira foi tranquila. Teve o retorno da dupla Carlinhos e Carlão, mas Zé Branco não se reapresentou. Nem por isso o vereador do Rio Manso ficou sem voz. Juliano Água Suco usou o pequeno expediente para justificar a ausência de Zé Branco que está correndo as cidades da região em busca de assinaturas para a instalação do hospital do coraçãozinho em nossa região.

Carros antigos. Coordenação nova. Marquinhos esclareceu que não é mais o coordenador do encontro de carros antigos que se realizará nos dias 23 e 24 de março, sábado e domingo próximos, no Parque Juca Mulato. A responsabilidade do evento é do mesmo grupo que ajudava Marquinhos na organização.

Nada mais do que obrigação. Carlinhos Sartori usou a tribuna para falar da viagem a Brasília onde ele, Carlão, Zé Branco, Paganini e Luiz Domingues percorreram gabinetes de deputados e ministros em busca de recursos para Itapira. Disse que a visita aos deputados e a ajuda que eles podem dar nada mais é do que retribuição dos votos recebidos em nossa cidade.

Nós queremos... Carlinhos contou que eles estavam repletos de projetos. Alguns encontros só foram confirmados lá. Assim, tinham que estar preparados para várias possibilidades. Na conversa com Marquezelli, o deputado chegou a dizer que ele tinha conseguido uma creche para uma cidade que refugou. Carlinhos, mais do que depressa, abriu a pasta e disse: “por isso não, nós queremos essa creche, nós precisamos dela.” E apresentou o projeto.

Quase não conseguiu... Rafael ficou visivelmente emocionado, com a voz embargada disse que aquele era o dia mais feliz dele como cidadão e vereador em poder homenagear a diretoria, funcionários e pessoas com a síndrome de Down.

Representando o deputado. Maurício, o último no pequeno expediente, parabenizou os vereadores que estiveram em Brasília na semana passada e agradeceu a oportunidade de representar a casa em nome do Deputado Barros Munhoz na homenagem à polícia militar na cidade de Mogi-Guaçu.  

Nino Marcati, da redação do PCI.

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