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Itapira, 26 de Novembro de 2024
Notícia
27/03/2013 | Dropes nº 237

É líder! O governador Geraldo Alckmin designou e o presidente da assembleia paulista, deputado Samuel Moreira, oficializou nesta terça-feira, no plenário, a nomeação do deputado Barros Munhoz (PSDB) como líder do governo na Casa.

Lógica. A indicação para a liderança tem sido objeto de ilações por parte dos opositores locais que apostaram no desentendimento entre o deputado Barros Munhoz e o governador Alckmin. Para o desapontamento dessas pessoas, Alckmin não fugiu da lógica.

Confiança. É evidente que Alckmin poderia ter optado por outros nomes. A nomeação do líder é prerrogativa do governador e está sujeita a vários parâmetros: política, liderança sobre os deputados da base aliada e competência. Porém, os pontos mais relevantes ficam com a sincronia de pensamento e confiança.

Sem assunto. Para quem achava que o deputado Barros Munhoz e o governador Geraldo Alckmin não se bicavam de jeito nenhum, apesar do volume de recursos carreados para Itapira e região, a nomeação deve deixar muita gente sem assunto, por algum tempo.

Guinnes. Tem gente pensando em apresentar Itapira ao Guinness World Records como sendo a única cidade do mundo que tem cidadãos que torcem sistematicamente contra ela. Antes apoiavam o prefeito anterior a não buscar a ajuda do deputado da cidade. Agora torciam para que o deputado não fosse designado pelo governador como líder. Tem cabimento?

Acorda! Em qualquer lugar do mundo, as desavenças políticas em relação aos representantes maiores ficam estritamente no período eleitoral. Jamais agem em prejuízo da comunidade. A população rejeitou, de forma absoluta, tal postura, mas mesmo assim tem gente que ainda não despertou.

O desafio. A posição de líder de governo é uma tarefa árdua, principalmente quando se vislumbra um parlamento como o do Estado de São Paulo que além de uma composição de alto nível, tem uma base aliada numerosa e diversificada, uma oposição aguerrida e envolta em interesses políticos de repercussão nacional.

Alternância. Não é segredo para ninguém, que o sonho de todos os partidos políticos é conquistar o governo de São Paulo. Para o PT, tirar o PSDB do comando do estado mais rico da federação passou a ser uma obsessão. Legítima, por sinal. Tanto é que escalou Lula no último programa estadual que exclamou: “Temos sido o partido que mais fez pelo Brasil. Está na hora agora de a gente ser o partido a fazer mais por todo o estado de São Paulo”.

Eleição. Para tentar imaginar como será a vida do deputado Barros Munhoz nos próximos dois anos basta juntar a complexidade da composição da ALESP com as eleições do ano que vem que reunirá na disputa a presidencia da república, governo do estado, senado e câmara federal, além dos interesses diretos dos colegas da casa.

Quem saiu ganhando? Teoricamente, para o deputado Barros Munhoz a melhor opção era ter ficado no cantinho dele, com tempo para correr o estado e fazer sua campanha, sem grandes dores de cabeça. Por outro lado, ganha Itapira, que passa a ter um deputado participando das grandes discussões e decisões, estará sempre no centro do poder, conferindo-lhe maior pegada para os pleitos municipais.

Euforia. Enquanto em Itapira tinha gente torcendo para Munhoz não ser indicado líder, na Assembleia a torcida a favor era generalizada. Dos deputados, passando pelos altos funcionários, chegando aos grupos de serviços de apoio, o anúncio do governador foi recebido com grande euforia e satisfação.

Bom para o governo. Depois do anúncio, no gabinete, no plenário, nos corredores e até no restaurante o deputado Barros Munhoz recebeu abraços e cumprimentos de todos os setores e cores. Cansou de ouvir das pessoas, depois dos cumprimentos uma estranha finalização: “que bom para o governo a sua indicação”. Será que essas pessoas achavam que a indicação era Divina? Mas a verdade é que para a maioria dos agentes da casa, Munhoz na liderança é garantia da continuidade da democracia, organização e evolução iniciadas em 2009.

Tapinhas. Um assessor disse a esta redação que o deputado Barros Munhoz recebeu tantos cumprimentos e tantos tapinhas nas costas nesta terça-feira que teve que pedir à esposa Kaka aquela salmoura carinhosa que só ela sabe preparar...

Aécio. A terça-feira foi importante para a história política de Barros Munhoz, mas o dia anterior não ficou devendo nada. Durante o encontro do PSDB, que Alckmin, FHC, Aloisio e os grandes nomes do tucanato nacional manifestaram apoio à candidatura de Aécio Neves à presidência do partido, Munhoz teve um momento particular com o senador mineiro que entre outras coisas, ao final do tête-à-tête declarou: “Munhoz, você é uma das peças mais importantes da nossa engrenagem!”.

Gandhi. Por aqui, quem não conseguiu disfarçar a felicidade com a nomeação de Munhoz para a liderança de governo e com a reunião com Aécio foi o prefeito Paganini ao reconhecer a importância do deputado no mundo político brasileiro, sempre em processo de renovação. Acabou invocando Mahatma Gandhi que disse a um jornalista: “se queremos progredir, não devemos repetir a história, mas fazer uma história nova”. E completou: “Enquanto todo mundo pensa que ele não muda, ele vai em frente, ninguém alcança!”.

Reforço esverdeado. Aliás, todo mundo sabe que o prefeito Paganini é palmeirense. Todo mundo sabe também da pindaíba que está o time do Parque Antártica. Mas palmeirense não é sinônimo de incompetência, por isso ninguém deverá estranhar se o Mestre quiser contratar para a equipe de Itapira um verdadeiro peso pesado verde, mas na linha do Neymar.  

R$ 3 milhões. A semana passada foi cruel com Toninho Bellini e alguns colaboradores. Teve a conclusão da sindicância sobre a paralização do Hotel Fazenda Esperança que avaliou os estragos na ordem de R$ 3 milhões, onde o jurídico aguarda manifestação do prefeito Paganini para dar encaminhamento ao processo visando o ressarcimento dos cofres públicos.

Liminar. Veio a liminar concedida pela justiça a pedido do Ministério Público que identificou inúmeras irregularidades na contratação da merenda escolar junto à empresa J. Coan & Cia. A liminar determinou o bloqueio dos bens de Toninho Bellini, Enedine Mixue Takeda (secretária de recursos materiais) e da J. Coan.

R$ 20 milhões. Para o Ministério Público há suspeita de direcionamento nas licitações vencidas pela empresa, por isso pediu a anulação dos dois processos de licitação, concorrência de 2005 (4 milhões) e pregão de 2006 (16 milhões) e o cancelamento dos contratos. Para ressarcimento dos cofres públicos, caso sejam condenados, o bloqueio reservou R$ 20 milhões.

Dor de cabeça. Tecnicamente, a ação proposta pelo MP e a liminar concedida, apesar da dor de cabeça, diante de argumentos construídos por bons advogados poderiam dar aos denunciados decisões não tão pesadas. Mas o caldo pode entornar...

Complicador nº 1: A negociação conseguida por Paganini reduziu os gastos com merenda, com a mesma empresa, sem alterar a qualidade do cardápio, em R$ 130 mil mensais. Como uma boa defesa vai conseguir convencer o poder judiciário de que não ocorreu direcionamento nas licitações se o mesmo objeto, pelo prefeito atual, teve final diferente?

Complicador nº 2: Não bastasse a diferença de preços e a economia de quase um milhão e meio de reais no ano, nesta terça-feira, a câmara rejeitou as contas do ex-prefeito relativas ao ano de 2010, apontando inúmeras irregularidades, entre elas o caso da merenda.

Unanime. A rejeição das contas de 2010 foi unânime, depois de um detalhamento por parte dos vereadores, nunca antes verificado naquela casa de leis. No ano passado, por exemplo, durante a votação das contas de 2007, as atenções especiais ficaram sobre Sonia Santos, não sobre as explanações dos vereadores ou sobre as irregularidades apontadas pelo TCE.

Inelegibilidade. Com a decisão desta terça-feira, a primeira consequência, caso não seja suspensa ou anulada pelo poder judiciário, é a inelegibilidade de Toninho Bellini e Antonio Carlos Martins por oito anos. Depois o Ministério Público, por força legal, entrará em ação. Aqui é que a coisa poderá arder.

Já pensou o rolo que pode dar? Outra consequência que a rejeição das contas poderá trazer será a anulação dos contratos e os beneficiados poderão ter que devolver aos cofres públicos os valores recebidos indevidamente.

 Até tu Cesar? Cesar da Farmácia (PT), o único vereador oposicionista, votou com a situação oferecendo unanimidade à decisão da câmara. O episódio mostrou dois fatores importantes: primeiro foi o trabalho muito bem elaborado pelos vereadores que se mostraram conhecedores do parecer do TCE, depois foi a demonstração de que o vereador Cesar não pretende negar os fatos.   

Correção. Nos outros pontos da sessão da câmara desta terça-feira a nota ficou para o vereador Juliano que foi à tribuna para corrigir uma informação que ele tinha passado na semana passada ao justificar a ausência de Zé Branco. Disse que o vereador estava percorrendo as câmaras da região, mais precisamente Mogi-Mirim, quando na verdade o Zé estava festejando o santo padroeiro do seu bairro, o Rio Manso.

Depois da sobremesa. Na sequência seguiram na tribuna livre os vereadores Marquinhos, Zé Branco, Rafael, Carlão e Carlinhos. Cada qual defendendo suas indicações ou prestando homenagens aos presentes. O detalhe ficou com Zé Branco quando contou que no restaurante da Câmara encontrou com o Ministro da Educação, Aloisio Mercadante, que mal terminou a sobremesa, lá estava o vereador pedindo verbas para a construção de uma escola no Braz Cavenaghi.

Educação brasileira? Dr. Rafael propôs aos vereadores uma reflexão sobre a situação da educação brasileira, apontando dados alarmantes, porém não desconhecidos. O vereador doutor pediu para que todos olhassem para a educação com mais carinho. Não é preciso lembrar que a lição deve começar sempre em casa, cobrando do prefeito Paganini e da secretária Flavia a preocupação constante com a qualidade da educação naquilo que depender do município.

Nem um piu. Na sessão da câmara desta terça-feira nenhum vereador citou a eleição da Santa Casa dando a entender que esse assunto está longe dos interesses do poder público municipal depois que a irmandade optou por dar à instituição, outro caminho, apesar de conhecedora da situação financeira.

Chico. Mas o assunto continua repercutindo na cidade. O itapirense Francisco José Mari encaminhou e-mail dizendo: “Prezados amigos do PCI. Lendo o último Dropes, a respeito da situação da Santa Casa, reitero minha indignação, agora reforçada pelas informações relatadas tão bem por esse Portal. A coisa vai além da má gestão. Aparentemente existem interesses escusos e atos que beiram ao ilícito. Imagino que o Ministério Público deveria intervir e investigar toda essa história. Pelo jeito, até a eleição foi uma fraude e deve ser revista. Quanto ao relato, meus parabéns pela maneira clara que mostraram o caos instalado naquele hospital. Abraço.”

Cheque sem fundo. Outra informação grave chegou à redação do Dropes. No ano passado a administração deixou que um cheque fosse pago sem ter a devida provisão de fundos. O estouro levou juros altíssimos que exigiu como solução um empréstimo de nove parcelas no valor de R$ 13.100 cada.

Lucro. Para mostrar o grau de influência dos médicos sobre a provedoria, um integrante da mesa anterior contou que depois da compra de um equipamento para cirurgia bariátrica e do questionamento de alguns membros, um médico disse que caso aquela aquisição comprometesse a provedora, ele ressarciria a tesouraria com dinheiro do próprio bolso. Depois a provedora explicou que o equipamento estava gerando lucro para o hospital e o assunto parou por aí. Mas esse diretor concluiu: “mas, como gerando lucro, é só ver a nossa situação?”

Explicações. Já outro diretor diz ter em seu poder uma Nota Fiscal, paga pela instituição, de um equipamento não recebido, com valores superfaturados. Um opositor disse que concorda com a tese de que a irmandade e a mesa diretora não se envolveram como deveriam para resguardar os interesses da Santa Casa: “todos nós temos os nossos afazeres, o tempo que podemos dedicar é pequeno, por isso ficamos reféns das pessoas que estão lá o tempo todo. Mas todas as irregularidades que detectamos, formalizamos por escrito e até hoje estamos esperando as explicações.”

Até quarta, 3/4

 

Nino Marcati, da redação do PCI.

[email protected]

Fonte: Da Redação do PCI

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2 comentários
02/04/2013 08:04:55 | Luicarlos Pedroso
manifestações sociais: isso é democracia! receber recurços de acordo com a liderança do governo, não seria mais justo receber recurços de acordo co o numero de abitantes
27/03/2013 11:03:58 | Clube
Totonho da outra vez o senhor recuperou o asmi..eu estava lá..agora deixaram o asmi voltar o que era antes do senhor..totonho recupera ele de novo..
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