O que fizeram com a Santa Casa... Comenta-se que atual situação da Santa Casa vem de um enredo muito complicado, senão fantasioso por demais. Dizem que para manter o hospital funcionando, conforme combinado na campanha, a prefeitura novotempista repassava recursos, através de serviços prestados pelos médicos, sem que o hospital fizesse a sua parte atendendo o SUS. Essa seria a razão dos altos valores encontrados pela atual administração. Quer dizer: o hospital não cumpria a meta do SUS, mas era subvencionado pelo poder público municipal.
SUS pra Dilma ver! Outro fato que circula sem preocupação com segredos é que para manter o certificado de filantropia, fabricavam-se listas de atendimento junto às entidades assistenciais do município. Esses fatos, dado o volume de pessoas envolvidas, seriam do conhecimento de muita gente, inclusive dos diretores da mesa e de parte do corpo clínico, mas ninguém abria o bico em nome do bem da Santa Casa.
Saco sem fundo. Enquanto isso, o déficit, sem controle, era bancado pela Unimed, na forma de adiantamentos. A má gestão continuava levando o hospital centenário para o buraco e de novo, muita gente sabia do que acontecia, mas para não fechar o hospital, fazia boca-de-siri.
Da Unimed para bancos. A cooperativa médica quando percebeu a situação complicada da Santa Casa, suspendeu os adiantamentos. Como a administração precisava continuar rolando a dívida, a solução foi chamar o mercado financeiro para ajudar. Bancos e, há quem afirme, que até a agiotagem teria sido acionada. Mas diante da incapacidade financeira da instituição, a rolagem da dívida ficou complicada e os pagamentos das parcelas mais juros começaram a atingir a folha de pagamento.
Fechamento da UTI. A primeira providência do Hospital foi reduzir uma das sangrias: a Unidade de Terapia Intensiva. Ninguém admite oficialmente, mas pelos corredores da instituição comenta-se que a decisão levou insegurança ao mercado e ocasionou uma retração nos procedimentos de quem tinha como pagar, usando o mesmo médico, mas em outros endereços. Com isso quem é que dançou?
Pagamentos atrasados. Muitos profissionais que atuam na Santa Casa estariam com os seus salários atrasados e diante das famosas desculpas de que semana que vem sai, em meados de maio, um grupo de médicos deu um ultimato de que caso os pagamentos não fossem regularizados até 31, parte cruzaria os braços. A maioria desses médicos é plantonista.
Não deu outra. Como nada aconteceu até o dia 31 de maio, sexta-feira, a direção da Santa Casa ao descobrir que não tinha médico para manter o Pronto-Socorro funcionando, simplesmente optou por fechar as portas e orientar os pacientes a se dirigirem ao Hospital Municipal ou aos hospitais dos convênios em outras cidades.
O grande crime. Diante da ameaça de cruzar os braços por parte dos plantonistas, tanto o corpo clínico da Santa Casa como a administração não deveriam ter buscado uma solução preventiva junto à Unimed ou aos hospitais da região ou ter entrado em contato com o Hospital Municipal, para juntos, preparar um plano emergencial?
Será que a fama se alastrou? Esta redação recebeu a informação de que os médicos José Eduardo Bruzasco e Cassiano Martelli tentaram manter o PS da Santa Casa funcionando enquanto funcionários buscavam um plantonista. Nenhum dos quinze médicos do PS, nem em esquema de revezamento, se propôs a colaborar. Da mesma maneira, nenhum dos cem médicos cadastrados consultados aceitou a missão. Alguém do meio teria intuído: “trabalhar no meio de um feriadão, sem saber se vai receber, não dá, né!”
É quando surgem as versões. Comentários maledicentes pipocaram pelas esquinas da cidade neste sábado. O primeiro dizia que a decisão de paralisar o PS teria sido arquitetada em função da determinação da equipe nomeada pelo Dr. Pacheco (que pretende sanear a instituição e colocá-la na linha) ter começado a dar andamento no processo que culminará com o atendimento aos usuários do SUS. Como alguns médicos são contrários... O outro comentário caminhou para o lado oposto. Alguns médicos credores estariam usando tal estratégia para pressionar e acelerar o processo iniciado sob o comando e orientação do Dr. Pacheco. Querem receber!
Culpa do Paganini. Da mesma maneira, há quem esteja tentando colocar a responsabilidade na situação da Santa Casa ao Paganini. Aos desavisados, o perdão, afinal o prefeito acaba sendo sempre a última tabua de salvação. Mas aos demais, sem desculpas: é o aproveitamento indecoroso da tragédia alheia, para fins inconfessáveis. Paganini, como se sabe, apoiou a chapa derrotada. Prova de que sabia o que estava fazendo.
Como era antes... E como o assunto é saúde, a secretária Eliane está estruturando a saúde pública municipal, que além de alinhar e colocar ritmo nos procedimentos, tão logo seja concluída a reforma no prédio do antigo CAIS, o Centro voltará para seu lugar de origem. O antigo PS entrará em reforma, logo em seguida, para que o sistema de saúde de Itapira volte a ser parâmetro regional.
Mais empresas. Neste domingo Paganini receberá uma delegação de Sorocaba para conhecer uma das áreas que o município tem para oferecer para as empresas interessadas em gerar empregos para os itapirenses. Caso tudo se acerte, serão pelo menos 150 novas vagas. Aliás, Paganini diz que não entender porque Itapira ficou tanto tempo sem receber novas empresas e completa: “que existem interessados, isso não há a menor dúvida”.
Só faltava essa! Tem gente que tentou vender a ideia de que Paganini só concedeu o reajuste próximo da inflação do período por ser obrigado por lei. Não é bem assim, a obrigação estabelecida é fruto de uma lei municipal proposta pelo governo anterior, mas ela não pode suplantar leis superiores que limitam os reajustes às diretrizes orçamentárias, Lei de Responsabilidade Fiscal e capacidade financeira do município.
Mas fez o certo. Ao conceder os 6,5% de reajuste salarial, Paganini manteve o equilíbrio do poder aquisitivo dos funcionários, para que o poder de compra não afete a movimentação financeira no comércio, na indústria e serviços.
Apostou no futuro. Considerando o orçamento recebido do governo passado, o peso da folha de pagamento e a queda na arrecadação, tudo conduzia para um reajuste na faixa de 4%. O intuito do sindicato em levar a discussão para a justiça era o mínimo que a entidade podia fazer dada a lei municipal em vigor, mas isso não implicaria em resultado positivo líquido e certo. Trabalhando com a perspectiva de aumento da arrecadação e controle dos gastos, ao conceder os 6,5% Paganini evitou desgastar-se com a categoria no seu primeiro ano de governo.
Mas desgostou... Pelo menos é isso que muita gente está interpretando por conta dos poucos aplausos recebidos, ao final dos discursos, por Dado Borettti, vice, e Flávia Rossi, secretária de Educação, na terça-feira no auditório do Bairral, por ocasião da palestra de Leo Fante. A área da Educação sempre foi o setor mais combativo nas questões salariais e era o único setor que poderia dar força e sustentação a um movimento grevista.
Não deu as caras. Como é natural, tem gente pensando até agora que o prefeito Paganini não compareceu ao encerramento dos Jogos dos Trabalhadores por conta do eventual desgaste que teria sofrido na negociação salarial. Como Paganini vem participando de tudo, porque teria ele deixado de comparecer ao evento? Dentre os dois eventos da noite, aquele que oferecia maior risco de vaias, por exemplo, era justamente aquele que ele compareceu, que estava coalhado de manifestantes em potencial. Como bem disse um governista: “Paganini mostrou que sabe o que está fazendo e não tem medo por saber que fez a coisa certa!”
E os uniformes? Um dos assuntos prediletos dos oposicionistas enrustidos, segundo a tela de comentários do PCI, é a demora na entrega dos uniformes escolares. Muitos cobram informações ao Dropes a respeito. Lembramos que logo que a licitação foi concluída esta coluna deu a informação completa. A secretária Flávia garante que a demora valerá a pena. Mas é certo que um dos pontos que o governo Paganini ainda não acertou o pé é justamente o setor de licitações e compras.
Pagando pra ver. Como já foi noticiado, o presidente da câmara, Carlinhos Sartori chegou a anunciar, antes da definição do reajuste dos servidores do poder executivo, o reajuste de 10% para o pessoal do legislativo. Segundo as contas elaboradas pelos próprios interessados, a casa pode! Mas como esse índice destoa dos 6,5%, apesar de uma coisa nada ter a ver com a outra, poderá criar embaraços a Paganini. Será que Sartori vai manter a palavra e dar os 10%?
Para finalizar. Tem “puxa-saco” de plantão que está tentando dar nome e sobrenome ao abono de R$ 100,00 que será pago aos servidores municipais em dezembro: ABONO José NATALINO Paganini. Será que vai pegar?
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