Um terço... As fontes deste redator informaram que o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Itapira esperava a participação de pelo menos 700 pessoas, cerca de um terço do quadro de funcionários, na manifestação programada para a noite desta terça-feira, na Praça Bernardino de Campos. Por cautela, dois planos foram traçados.
Plano A Caso o comparecimento superasse a casa dos 600 participantes, entrariam em votação as seguintes propostas: greve por tempo indeterminado, caminhada até a Câmara, passando pela Prefeitura e terminando na casa do prefeito Paganini. Aprovadas, uma nova pauta de reivindicações seria apresentada e nos discursos o alvo principal seria o prefeito.
Plano B Caso o comparecimento ficasse abaixo do número esperado, como acabou acontecendo, a proposta passaria a ser greve por tempo determinado. Até o final da tarde se discutia, ainda, qual era o “time adequado”, definiu-se, então, por três dias e a marcação de uma assembleia para sexta-feira, 6. Nesse caso, o alvo dos ataques passaria a ser o deputado Barros Munhoz.
Detalhe: por que no Plano A os discursos mirariam Paganini e no Plano B o deputado Barros Munhoz seria o foco? A presença maciça de servidores mostraria um desgaste do prefeito e os ataques buscariam fragiliza-lo e acuá-lo contra a parede. Como não houve a adesão esperada, bater no Paganini poderia ter efeito contrário, restava requentar denuncias e atiçar os opositores do deputado para estabelecer um patamar de partida.
Cerca de 7% do quadro Segundo as informações que chegaram a esta redação, o comparecimento na manifestação desta terça girou em torno de 250 pessoas. Desconsiderando cerca de 30 sindicalistas de outras cidades e 70 simpatizantes, o número efetivo de servidores presentes ficou em torno de 150 pessoas, a maioria seria ligada ao governo anterior.
Desconto válido? Segundo explicado, a aposta nos três dias de greve se deve à tentativa de triplicar a adesão ao movimento grevista. A partir desta quarta-feira, os grevistas já declarados serão orientados a convencer pelo menos duas pessoas conhecidas e diante da possibilidade de desconto nos dias parados, caso a greve seja julgada ilegal, a resposta deverá ser essa: “será que não vale a pena arriscar três dias em nome de melhores dias?”
Na assembleia Caso a estratégia funcione e a adesão engrosse como o esperado, na sexta-feira, na assembleia agendada, o período de paralização poderá ser ampliado na tentativa de aumentar a pressão sobre o prefeito Paganini.
Sem chance Mas como o próprio prefeito já declarou, não existe nenhuma possibilidade de alteração da proposta, mesmo que Itapira pare completamente e justifica: “estamos oferecendo acima das nossas possibilidades. Só oferecemos esse reajuste por conta do nosso compromisso de não defasar o salário do servidor como ocorreu na administração passada.”
E completou: “Para dar esse reajuste sem criar problemas com a Lei de Responsabilidade Fiscal, nós vamos ter que rever os planos.”
A expectativa mais pessimista de alguns colaboradores da atual administração é de que cerca de 200 a 250 servidores entrem em greve, efetivamente nesses três dias. O setor que se espera maior adesão, proporcionalmente, é a guarda municipal, depois educação e saúde.
Já tem muita gente perguntando ao prefeito e qualquer hora ele terá que explicar por que a guarda municipal tem lhe feito oposição sistemática, quase que majoritariamente.
Casa alugada? Hoje rolou a informação de que uma casa teria sido alugada na cidade para acomodar o pessoal que veio a Itapira para ajudar o sindicato nesses dias de greve. No entanto, logo que terminou a concentração na praça, todos se dirigiram para a chácara de Cristina Gomes, no Machadinho.
Grosseria? Na última reunião ocorrida na sexta-feira da semana passada entre prefeitura e sindicato, que deveria prevalecer o processo de negociação, a partir de um determinado momento, Cristina Gomes teria passado a agredir, com certa violência, o secretário Carlão e a atual administração. Pensar que Cristina sempre elogiou a postura do Carlão nas negociações.
Como ela falava em voz alta e de maneira agressiva, Carlão pediu para que ela abaixasse o tom de voz uma vez que também sabia falar alto e que não era necessário caminharem nessa direção.
Saiu da sala Cristina, entretanto, continuara falando alto, dizia que não ter medo de ninguém, irascível atribuía a Carlão a responsabilidade pelo valor praticado na folha etc. e tal. Carlão defendeu a administração e disse que ao longo da vida dele tinha negociado com vários sindicalistas e o processo sempre caminhou para os interesses das duas partes. Nisso Cristina Gomes saiu da sala e bateu a porta.
Óleo de peroba A sessão desta terça-feira da Câmara foi tranquila e só esquentou quando entrou na pauta o pedido de autorização para a instalação da estátua do grande capitão Bellini na entrada da cidade. Dr. Rafael lembrou que os vereadores governistas rejeitaram a proposta semelhante de autoria da oposição e disse que os colegas governistas deveriam passar óleo de peroba caso compareçam na inauguração prevista para o próximo sábado.
Em paz! O Dr. Mauricio, líder do prefeito, sem entrar na pilha programada, rebateu sucintamente dizendo que vergonha na cara todos os governistas tem, pois estão trabalhando para melhorar a cidade. E completou: “vergonha é esperar uma pessoa morrer para prestar uma homenagem... Vamos deixar o grande capitão em paz!”
Homenagem duradoura Em uma feijoada deste sábado, quando a estatua de Bellini entrou na conversa, um esportista comentou: “eu conheço algumas homenagens a ídolos do futebol em estátuas na entrada de estádios ou das cidades ou em praças. Conheço, também, nos memoriais dos clubes, bustos ou placas em material nobre. Homenagem duradoura em outdoor, placa de metal ou de lona como foi o caso de Itapira, nunca ouvi falar. Vocês ouviram?” Ninguém respondeu!
E teve um gaiato que entrou na conversa e soltou: “para mim outdoor, placa de qualquer natureza não serve para homenagear, serve para fazer propaganda, não é isso?” Outro perguntou desentendido: “fazer propaganda de quem?”
Notícias de Brasilia O Secretário Mantuan esteve mais uma vez em Brasília e voltou de lá com boas notícias que serão anunciadas brevemente. Aliás, conforme tem dito o deputado Barros Munhoz, nunca se conquistou tantos recursos (do estado e da união) para o município como no governo Paganini. “Há uma revolução silenciosa em andamento na área da saúde, industrialização, habitação, recuperação de estradas e ruas da cidade. Logo, logo elas aparecerão! Enquanto tem gente querendo atrapalhar, tem muita gente, com muita força, querendo que a cidade melhore. E vai melhorar!”
Bebida liberada Dentre as sedes da copa, São Paulo foi o último a aprovar a venda de bebidas alcoólicas nos estádios. Como o estado tem uma lei de proibição específica, para atender a Lei Geral da Copa, coube a Barros Munhoz encabeçar o projeto de liberação. Arrumou uma bela encrenca. Alguns religiosos e os que entraram no bonde contra a copa caíram matando, mas foi aprovado nesta terça por 38 votos sim e 27 votos não.
O projeto permitirá, se sancionado pelo governador, a venda e a propaganda de bebidas alcoólicas durante os seis jogos da Copa realizados no Itaquerão.
Dois projetos A Alesp aprovou, nesta mesma terça-feira, dois projetos de lei que institui a Diária Especial por Jornada Extraordinária de Trabalho Penitenciário (DEJEP) aos agentes de segurança penitenciária. O segundo projeto promove reajuste de salários, modifica a sistemática de promoção, reduzindo para três anos o tempo para se concorrer a promoção e reestruturou as carreiras de agente de segurança penitenciária e de agentes de escolta e vigilância.
BR E para fechar, também foi aprovado nesta terça, a BR - Bonificação por Resultados aos integrantes das polícias Civil, Técnico-Científica e Militar. A BR será paga de acordo com o cumprimento de metas estabelecidas pela Secretaria da Segurança, como por exemplo, a redução da criminalidade.
Feliz da vida. Ao final dos trabalhos, Munhoz estava satisfeito com as votações, chegando a dizer que passou pelo teste mais difícil enquanto líder, nas três edições. Além do potencial polêmico desses projetos, parte da base fez obstrução, ora tinha o PT a favor, ora contra. Um tinha o Major Olímpio a favor, noutro contra. “Foi um processo desgastante, tinha momento em que a derrota parecia certa, me vi como aquele malabarista colocando um monte de pratos girando sob uma haste sem deixar que nenhum caísse.”
Roda Viva Nesta segunda-feira, o deputado Barros Munhoz acompanhou Aécio Neves no programa Roda Viva na TV Cultura. Munhoz avaliou a participação do tucano como positiva e afirmou que ele se mostra cada vez mais preparado para dar jeito nesse país.
Aécio falou sobre o seu programa de governo, sobre os escândalos envolvendo a Petrobras, pregou o fim da reeleição e ao responder sobre qual seria a diferença entre ele e Eduardo Campos, do PSB, tascou: “nunca participei de um governo do PT.”
Cocaína Quando entrou o boato de que ele seria usuário de cocaína, o candidato do PSDB negou que tenha usado a droga e condenou o chamado submundo das redes e da internet, dizendo que ninguém pode disputar com esses adversários.
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