Artimanhas A terça-feira foi repleta de artimanhas promovidas pelos oposicionistas em relação à apreciação das contas de 2010. Dizia-se que deixariam o projeto legislativo correr livre e que os vereadores decidissem o bem entendessem.

Ué? Mas na hora do vamos ver, Cesar apresentou requerimento pedindo licença não remunerada para tratar de assuntos particulares. Mino Nicolai, pronto, se colocou ao posto para substituir o titular petista. Rafael pediu vistas levando a votação para a semana que vem.

Cataplum Segundo um acompanhante costumeiro das sessões da Câmara, sentado próximo ao suplente de Cesar, quando Carlinhos Sartori colocou o requerimento em votação, Mino já estava com o corpo semi-levantado, apoiado nos braços da cadeira, pronto para se apresentar. Quando a licença foi rejeitada, afrouxou e aterrissou ao estilo da “velha surda da Praça da Alegria”. Disse ter ouvido: “não é possível que isso esteja acontecendo. Ah eles vão ver, ô se vão...”

Sete a três A bancada da oposição caminha para receber o tão esperado terceiro elemento nos próximos dias. Os governistas perderam a esperança. Desistiram. É que um vereador da base foi visto conversando com Toninho Bellini na Padaria da Lulli, recentemente, e como se sabe, a conversa não versou sobre os deliciosos quitutes da casa.

E agora? O PROS anunciou que vai apoiar a presidente Dilma para a presidência da República. E agora, como ficarão os itapirenses filiados que integravam, como todas as garras, o bloco anti-Dilma?

Renúncia A situação do vereador Cesar junto a alguns petistas da cidade está ficando insustentável. Com a tentativa de se ausentar, novamente, quando as contas do ex-prefeito entraram na pauta para dar lugar ao Mino Nicolai, o vereador petista está reconhecendo que o suplente tem mais competência para defender os interesses do partido ou do grupo que controla o PT. A quem diga que o ato pode ser considerado como uma renúncia à representatividade outorgada pelos eleitores.

Inaugurações Nos próximos dias, a cidade assistirá diversas inaugurações: os trevos da Ponte Preta e Ponte Nova, a Fatec e o Centro Comunitário de Eleutério. O conjunto de obras do Hospital Municipal será inaugurado no dia 4 de julho com a presença do Secretário Adjunto da Saúde, Wilson Polara.

O deputado Barros Munhoz recebeu nesta terça-feira a incumbência de representar o governador Geraldo Alckmin diversas inaugurações no estado, entre elas Itapira, Socorro e Ituverava.

Serra vice? O vice de Aécio Neves gravita em torno de três nomes: a ex-ministra do STF Ellen Gracie Northfleet, o senador Aloysio Nunes Ferreira e o ex-senador e empresário Tasso Jereissati. Gracie é a mais cotada. Mas diante dos entendimentos com o PSD, como Gilberto Kassab está pleiteando a vaga para o senado, o nome de José Serra passou a ganhar força para completar a chapa de Aécio.

Vai aposentar? A notícia desta terça-feira no campo político nacional ficou por conta do anúncio de que o senador José Sarney não concorrerá à reeleição. Muita gente ficou contente, mas é melhor não comemorar, por enquanto. Não é de hoje que Sarney vem aventando a ideia. Dizem que ele só quer afago.  Tanto é que oficialmente nada comunicou ao partido e nem ao presidente do senado, Renan Calheiros. Já tem gente pedindo para ele não parar.

Não está fácil A presidente Dilma Rousseff, além da tendência de queda nas pesquisas, às vésperas da convenção oficial, viu o PTB se bandear para o ninho tucano, parte do PP pressionar o partido para ficar neutro em relação à campanha presidencial, o PR entregar o Ministério dos Transportes e também caminhar para a neutralidade. O PMDB do Rio de Janeiro e do Piauí fecharam com Aécio.

O deputado Barros Munhoz tem elogiado a capacidade de agregação do tucano Aécio Neves: “mostra que ele aprendeu direitinho o que o avô Tancredo lhe ensinou.”

Seria um voto solitário? Nesta quarta-feira, o Supremo Tribunal Federal julgará os recursos apresentados pelos condenados do mensalão. Joaquim Barbosa não vai participar, preferiu tirar o dia para preparar o discurso de despedida que usará no dia 1º de julho, mas há quem acredite que Barbosa não quer ver suas decisões na execução penal do mensalão serem alteradas pelo plenário.

Incapazes Para alguns analistas políticos as previsões apocalípticas encaminhadas pela oposição e grande mídia acabaram levando o mundo a pensar que o Brasil era incapaz de organizar um evento de grande porte como a Copa do Mundo. A ideia era desgastar o governo, mas quem pagou o pato, foi o Brasil.

Balanço Dizia-se que chegar aos estádios e assistir aos jogos seria uma aventura. Estádios poderiam desmoronar e matar um monte de gente. Os aeroportos teriam os saguões um verdadeiro inferno. Ninguém estaria seguro. Jogadores poderiam ser assassinados. A copa seria usada pelos chefes do narcotráfico ou do crime organizado para afrouxamentos de algumas medidas que vem sendo tomadas pelo governo federal e estaduais.

Reação Felizmente em menos de uma semana, a imprensa internacional caiu matando em cima da mídia brasileira por conta das manchetes negativas e das informações que não se revelaram. Acusaram a imprensa brasileira de dar um grande prejuízo ao país evitando que muitos torcedores viessem para o Brasil. Tem gente arrependida de não ter vindo. A Copa 2014 está sendo considerada a melhor de todos os tempos. Só resta saber se o sucesso vai ajudar ou não a presidente Dilma.

Não sabe Está explicado porque a Fifa é avessa à tecnologia: ela quer e não sabe usar. No jogo contra Camarões o tira-teima induziu o telespectador ao erro de interpretação. Ainda bem que o árbitro não podia usar esse recurso, caso contrário anularia o gol legal do Fred.

Sem mensalão... Deputados e senadores de vários partidos encontraram um jeito de repassar uma graninha para os seus funcionários de confiança. Aumentaram em até 1.300% o salário de alguns e poucos dias depois, exoneraram os beneficiados para que eles recebessem as verbas rescisórias com base nos salários corrigidos para serem readmitidos, três meses depois, com o valor antigo.

Para quem não entendeu. Teve um servidor que ganhava R$ 970,00, mas que recebeu R$ 12.940,00 relativos às férias mais um terço de R$ 4,3 mil. Esse servidor voltará ao cargo ganhando os mesmos R$ 970,00. É o tipo de golpe difícil de ser descoberto. Desde maio do ano passado, 198 funcionários de confiança foram exonerados dois meses depois dos reajustes, mas reintegrados nos mesmos gabinetes em que trabalhavam após três meses.