Representação Os dois principais envolvidos no rombo do SAAE ingressaram nesta sexta-feira com uma representação no Ministério Público buscando a apuração sobre a troca dos cheques de Paganini no caixa da autarquia.
Nem o Papa Para um advogado especialista ouvido por esta redação, não existe nenhuma dúvida sobre quem era a pessoa que tomava conta do caixa do SAAE. O único delito que poderia ser atribuído a Paganini seria a comprovação de que foi ele quem descontou os cheques. Mas como o documento estava comprovadamente em outras mãos, dificilmente tal tese terá êxito. De qualquer forma, o responsável pelo caixa estará em maus lençóis, já que não deveria ter efetuado o desconto nem se o Papa solicitasse.
Duplicidade Por essas e outras é que o jurista considera a dita representação como “um tiro no pé”. Segundo ele, os envolvidos estão tão enrolados até os dentes e quanto mais mexerem, pior ficará. Além de ser uma ação considerada inócua, já que o PAD registrou o fato e no enceramento será encaminhado ao Ministério Público.
A verdade tem que aparecer Para quem está achando que a quebra de sigilo bancário dará com os burros n’água sem nada encontrar, esse jurista explicou: “a quebra de sigilo das pessoas envolvidas é como um pedido de radiografia para auxiliar no diagnóstico de uma dor, não aparecendo nada, outros exames serão solicitados, como sangue, urina, tomografia, ressonância e até mapeamento genético”. Resumindo, se a tal dor for verdadeira, mais cedo ou mais tarde, a origem será descoberta.
Templo de Salomão O prefeito Paganini, atendendo ao convite do vereador Juliano Água Suco, visitou o Templo de Salomão, recentemente inaugurado. O Mestre acompanhou os dois ônibus com membros da Igreja Universal. Como Paganini é católico fervoroso, a visita ao Templo de Salomão gerou questionamentos. O Mestre pacientemente repetiu várias vezes que respeita e sempre respeitará todas as religiões e explicou: “o prefeito de uma cidade, a despeito das suas convicções, não tem religião, nem time. Tem o povo. Tem o município”.
Foi um dos primeiros O deputado Barros Munhoz fez uma pausa na campanha nesta semana. Foi um dos primeiros a tomar conhecimento do acidente que tirou a vida do candidato à presidência Eduardo Campos. Estava no Palácio dos Bandeirantes. Acompanhou todo o processo, inclusive no momento em que o governador Alckmin se recusava a acreditar no que estava acontecendo.
Perdeu o colo Munhoz perdeu a irmã mais velha, com quem tinha uma grande ligação, Maria Helena, filha do primeiro casamento de Caetano Munhoz com Francisquinha Ferreira. Maria Helena acompanhava todos os passos de Munhoz e de vez em quando ligava para lhe dar alguns puxões de orelha. Era uma telespectadora assídua da TV ALESP
Nasceu para ser presidente Sobre Eduardo Campos, o deputado Barros Munhoz confessou que ainda não se recuperou do baque e repetiu: “perdemos uma grande liderança, não sei se ele seria eleito presidente nesta eleição, mas sei que ele seria eleito presidente um dia” Munhoz conheceu Eduardo Campos na Convenção do PSB que se realizou na ALESP em 2011: “Campos aguardava os convidados na sala da presidência e conversamos bastante. Quando cheguei em casa falei para a Cacá que tinha conhecido um grande político”.
Não vamos desistir do Brasil Barros Munhoz revelou que chegou a desanimar com vários acontecimentos que tem atormentado o país, mas que se inspirou no chamamento de Eduardo Campos para retomar a luta e enfrentar mais uma campanha, com muita disposição: “não vamos desistir do Brasil!”
Não precisava acontecer Munhoz tomou o acidente de Campos como um alerta: “não podemos ficar o tempo todo com o pé no acelerador. Precisamos avaliar os riscos. A coordenação da campanha, em face do mau tempo, poderia ter optado por Congonhas, atrasaria o evento em meia hora. Uma tragédia que poderia ter sido evitada”.
Em campanha O deputado Barros Munhoz retomou a campanha nesta sexta-feira, visitou Espirito Santo do Pinhal e Santo Antonio do Jardim. Neste sábado estará em Amparo e Itobi e no domingo em Mogi Guaçu e Mogi Mirim. Em todas as visitas Munhoz está sendo recebido como o candidato da região e conseguindo um feito inacreditável. Está sendo apoiado por facções políticas antagônicas no município, mas unidas ao deputado.
Começar de novo! A menos de uma semana para início da propaganda eleitoral gratuita no rádio e televisão os dois principais candidatos à Presidência da República se depararam com um fato inédito na história política brasileira, a morte de um concorrente importante.
Uma eleição que avançava para a imprevisibilidade parcial, neste momento está mergulhada na imprevisibilidade total. Ninguém poderá, em sã consciência e com conhecimento de causa, afirmar como o eleitorado vai reagir diante do novo quadro que poderá ter Marina Silva como cabeça de chapa do PSB.
Os dois principais candidatos estão apreensivos. Marina pode ocupar o segundo lugar na disputa, o que é ruim para Aécio e para o PSDB. Marina poderá levar a disputa para o segundo turno, opção indesejada para Dilma e para o PT.
Para Dilma e Aécio a eleição é como se estivesse começando do zero. Os institutos de pesquisas já estão nas ruas para antecipar a cada um deles, o que fazer daqui para frente.
A CIDADE 16082014
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