Qualquer cidadão ou empresário sabe como resolver quando o montante de dinheiro disponível não é suficiente para fechar o mês: cortar despesas até o alinhamento necessário. Não é a toa que a indústria, o comércio e os prestadores de serviços reclamam do sumiço dos consumidores. O cidadão cortou, a empresa privada gritou. Mas os governantes, do município à união, quando veêm a crise bater à porta e a arrecadação despencar lançam mão dos cortes, mas sem exageros, não vão aos níveis aconselháveis. Preferem as soluções “originalíssimas”: aumentar a receita através dos impostos.
O ajuste fiscal proposto pelo ministro Joaquim Levy tinha na sua essência quase dois terços baseados no aumento de impostos, enquanto previa redução nas despesas na ordem de R$ 19 bilhões, as medidas para aumentar os tributos superavam a casa dos R$ 31 bi. Depois de passar pelo Congresso Nacional e receber as alterações, nem o governo sabe dizer o quanto de recursos o governo poderá contar para fazer frente aos gastos públicos neste e no ano que vem.
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