Depois das notícias de que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) investiga o possível vazamento de informações privilegiadas às vésperas do corte na taxa básica de juros em agosto, o Banco Central (BC) divulgou nota hoje (18) afirmando que não é possível ter conhecimento prévio sobre as decisões do Comitê de Política Monetária (Copom), que define a taxa básica de juros, a Selic.
Segundo a nota, a definição da taxa é discutida no segundo dia de reunião e fixada pela maioria dos membros do Copom, colegiado composto pelo presidente e pelos diretores do Banco Central. “A decisão é imediatamente informada a toda a sociedade, por meio de nota publicada no sítio do Banco Central na internet e no Sistema de Informações do Banco Central (Sisbacen). Assim, não é possível o conhecimento prévio da decisão”, diz a nota.
A CVM estaria investigando o possível vazamento de informações privilegiadas sobre a decisão do Copom em agosto, quando houve movimentações atípicas no mercado futuro de juros. Em nota, a CVM afirma que o contrato futuro de taxas de juros é um valor mobiliário, negociado em bolsa, cujo acompanhamento é de sua competência. “A autarquia acompanha regularmente a movimentação deste mercado e não comenta investigações em curso”, diz o texto.
Em agosto, a decisão de reduzir a taxa Selic em 0,5 ponto percentual surpreendeu o mercado financeiro. Para a reunião de hoje e amanhã, a expectativa predominante no mercado é que o Copom volte a reduzir a Selic em 0,5 ponto percentual.
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