Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O emir do Kuwait, o xeique Sabah Ahmed al Sabah, determinou hoje (7) a dissolução do Parlamento denominado Assembleia Nacional. A decisão ocorre no momento em que o país enfrenta uma crise e depois de o Tribunal Constitucional ter invalidado as eleições legislativas de fevereiro. O xeique é o chefe supremo do Kuwait.
O Tribunal Constitucional considerou ilegal a dissolução do Parlamento vigente entre 2009 e dezembro de 2001, por isso foi definida a anulação das eleições que ocorreram em fevereiro. Em 2011, o Kuwait viveu uma crise política que se agravou em novembro com a entrada de manifestantes no Parlamento.
Durante a invasão a polícia usou da força física para dispersar os manifestantes. No protesto, a exigência era a renúncia do então primeiro-ministro, Naser Mohamed al Sabah, acusado de corrupção. No Kuwait, o primeiro-ministro é escolhido pelo chefe supremo do país, o emir Sabah.
Após o protesto, o primeiro ministro deixou o poder e o Parlamento foi dissolvido e houve eleições legislativas. Os partidos de orientação islâmica, em particular os salafistas, ganharam mais lugares e as mulheres perderam espaço no Parlamento.
O Kuwait é uma monarquia constitucional com um sistema parlamentar de governo. O país tem uma das maiores reservas de petróleo do mundo que, com os derivados, representam aproximadamente 95% das exportações do país.
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