Equipe de handebol feminino do Scarfone/Sepin, uma das que tinham bagagem para disputar de igual para igual com demais equipes
O encerramento parcial dos Jogos de Verão deste ano por causa da dengue, não ofuscou a participação inédita de uma equipe que se inscreveu na última hora para as disputas graças ao empenho pessoal do publicitário Carlos Alberto Scarfone, o Beto Scarfone. O diferencial da presença da equipe Scarfone/Sepin foi o fato da participação ter como pano de fundo um trabalho comunitário desenvolvido junto a jovens a partir de 12 anos de idade para incentivo à prática desportiva.
Segundo o mentor da proposta, atualmente a direção do SEPIN abre espaço para a aprendizagem de vôlei, vôlei de praia e futsal masculina. A rigor, estas eram as únicas modalidades que ele tinha à sua disposição para formar e inscrever uma equipe nos jogos. “Foi uma correria, precisei correr atrás de praticantes de várias outras modalidades de disputa, independente da qualificação destas pessoas. Ou seja: sabia que iria entrar para apanhar”, confabulou.
Scarfone disse que foram poucos dias para oferecer alguma noção das práticas em disputa para a garotada. Na prática, o resultado foi mesmo aquele esperado. A equipe Scarfone/Sepin se transformou em espécie de Íbis - equipe de futebol pernambucano considerado o pior time do mundo - da disputa. ‘Eram placares que desmotivariam qualquer ser humano, uma autêntica surra”, relembra. Scarfone disse que chegou a cogitar num desses jogos aos seu jogadores que simulassem contusão para que o jogo fosse encerrado. Como resultado, disse que ficou envergonhado pela sua própria conduta. “Ouvi dos meus jogadores que não importava o placar, que eles iriam até o final. Foi uma lição de vida para mim. Fiquei maravilhado com este comportamento”, asumiu.
O publicitário contou que além da falta de qualidade técnica propriamente dita, lidou com outro problema que costuma demolir equipes desportivas, a ausência de atletas. “Tive perda de atleta por vários motivos, até por causa de dengue”, elencou. A experiência, contudo, lhe deu motivação para dar continuidade ao projeto para o ano que vem.
Ele que veio de São Paulo para Itapira há cerca de cinco anos, disse que conhecia os Jogos de Verão do lado de fora e que ao passar pela experiência de também fazer uma imersão dentro da competição, ficou ainda mais fã da iniciativa. “Trata-se de um evento maravilhoso. Fiquei encantado com os Jogos de Verão”, entregou