Na quarta-feira, 12,a atual ETEC (Escola Técnica) Pedro Ferreira Alves, de Mogi Mirim, festejou 50 anos de funcionamento. O nome mais “moderninho” de ETEC, adotado há questão de quatro anos, oculta na verdade a denominação que caracterizou a referida escola não só em sua cidade sede, mas em toda a região, o antigo Ginásio Industrial “Pedro Ferreira Alves”, por onde passou uma verdadeira legião de itapirenses
Ainda hoje pelo menos seis vans com estudantes da cidade se deslocam até Mogi Mirim para frequentar os curso regulares daquela ETEC, sobretudo o Técnico em Mecânica. Não por acaso, diversas empresas metalúrgicas da cidade têm em seus quadros de funcionários profissionais qualificados que receberam formação no antigo Industrial.
A IMBIL é uma espécie de ilha de excelência neste requisito. São muitos os funcionários que hoje galgam diversos cargos no quadro técnico da empresa com passagem pela escola de Mogi Mirim. A reportagem de A Cidade conversou nesta semana com cinco deles, João Leonardo Biazoto, 53, Luiz Fernando Canela,31; Pedro Henrique Fray, 35, Gabriel Grosso e Raul Batista de Lima.
O CEO da empresa, Vladislav Siqueira, considera a questão da boa formação profissional um dos pilares do sucesso que a empresa itapirense faz em seu segmento de atuação e sempre que requisitado, associa o nome da IMBIL a eventos corporativos daquela escola.
João Leonardo fez ginasial e colegial com ensino técnico no antigo Ginásio Industrial
João Leonardo, atual gerente de contratos de manutenção/serviços da empresa, é seguramenteo mais antigo dos funcionários da IMBIL que se sentaram nos bancos do Ginásio Industrial. Ele fez ginasial e colegial, formando-se no final dos anos 80. Veio ter seu primeiro emprego exatamente na Rymer, empresa que foi espécie de protótipo da IMBIL atual. “Nosso curso técnico era comparável a muitas áreas de especialização das melhores escolas de engenharia. Por isso seus alunos eram imediatamente requisitados por empresas de grande gabarito”, relembrou.
Gabriel Grosso, 32, é engenheiro de produtos. Formado pela UNIP de Campinas, ele avaliza que os quatro anos que estudou na atual ETECda vizinha cidade foram preponderantes para que tivesse primeiro uma sólida formação para ter um emprego que lhe permitisse cursar uma faculdade e a partir daí segundo confidenciou, as portas foram se abrindo. “Com a base que adquiri na ETEC foi mais fácil me aperfeiçoar”, contou. Segundo ele o diferencial da atual ETEC era o ensino de exatas (química,física e matemática) que exigia muito dos alunos.
Pedro Fray, 35, desenhista/projetista, diz que cursar o Industrial foi um divisor de águas em sua carreira profissional. Ele, que já passou pela Fábrica Nossa Senhora da Penha, exercendo função junto às máquinas onduladeiras que ajudam no processo de fabricação do papelão, e já nesta época tinha interesse em aprender mecânica. “Como o curso em Mogi Mirim era gratuito, associando isso a uma vocação natural que eu tinha para o ofício, não tive dúvidas em me matricular”, relembrou. Como trabalhava no turno da tarde para noite, estudou no período da manhã. Depois de formado passou pela antiga Nogueira S/A e está na IMBIL desde 2006.
Luiz Fernando Canela, 31, apesar de ainda bem jovem, já atua na Imbil há dez anos e exerce a função de protista. Passou pelo Industrial entre 93 e 91 e se formou em técnico em mecânica. Ele lembra que para ingressar na referida escola, a exemplo de outros colegas, passou por um processo de seleção que era considerado difícil pela maioria. Ele e os colegas consideram que dentro da IMBIL é imprescindível ter um curso como ele fez para poder aspirar promoção nos vários departamentos. Não por acaso dentro da empresa são muitos os egressos do antigo Industrial.
Aprendiz
Raul, Fray,Luiz Fernando e Gabriel, funcionários da IMBIL, todos com passagem pela atual ETEC Pedro Ferreira Alves
Da turma que conversou com A Cidade, o mais jovem é Raul Batista de Lima, de apenas 19 anos. Ingressou na IMBIL como aprendiz (Jovem em Ação) e logo em seguida ingressou na ETEC de Mogi Mirim para frequentar o curso de desenhista mecânico. Hoje desempenha atividades de desenhista/projetista e também mira para o futuro. “A gente tem que se esforçarpara estar aprendendo cada vez mais. Aqui na empresa somos bastante incentivados a procurar formas de melhorar nosso desempenho pessoal e profissional. Minha passagem na ETEC neste sentido foi muito legal. Lá pude ter uma base muito sólida. Espero poder fazer muito bom uso dela”, comentou. Raul conta ainda que durante o tempo em que frequentou a ETEC de Mogi Mirim eram muitos os jovens como ele aqui da cidade, viajam diariamente para ter aula num dos vários cursos existentes
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