Passou pela região recentemente uma das mais cultuadas escritoras da atualidade. Martha Gabriel, que se especializou em temas relacionadas à tecnologia da informação e que vem se tornando presença obrigatória em escolas de todo o país dado o número de convites que recebe semanalmente para se dirigir a estudantes e pais de alunos devido às abordagens que realiza a respeito das novas ferramentas digitais e sua aplicação no processo educacional, marcou presença no Colégio Imaculada Conceição, em Mogi Mirim, no dia 18 deste mês.
A escritora a convidada especial dentro de um programa intitulado ‘Pais na Escola’ realizado a cada ano e que tem por finalidade trazer discussões de temas atuais. Autora de cinco livros, entre eles o Best-seller “Marketing Na Era Digital”, a convidada revelou que já lida com este tipo de temática desde meados da década de 80, quando se formou em Engenharia Civil na Unicamp (Universidade de Campinas). Ou seja, muito tempo antes que assuntos como Internet, Redes Sociais, arquivos digitais, entre outros, passassem a fazer parte do cotidiano das pessoas, Martha já mergulhava de cabeça nesses temas.
O domínio do raciocínio lógico aliado à uma vocação irrefreável para analisar o contexto geral dos acontecimentos de forma muito peculiar fizeram dela uma autora de sucesso. “Na medida em que me aprofundei nos temas que me atraiam na área do marketing, de uma forma muito natural acabei me tornando escritora e consequentemente palestrante”, comentou.
Ela defende que as novas ferramentas digitais devem servir como suporte e apoio ao ensino, advertindo que existe sempre uma linha tênue, um meio termo, entre o uso ideal e o uso indiscriminado e, portanto, lesivo destas novas técnicas que deve ser encontrado pelos agentes da educação. “Eu não tenho dúvida de que este (o uso dos recursos eletrônicos) é um caminho sem volta. Portanto, temos que trabalhar para que seja um complemento útil ao processo de aprendizagem e não o contrário”, considerou.
Durante a palestra ela recebeu muitas perguntas do público com relação ao uso das redes sociais. Mais uma vez ela usou do argumento de que é importante que os pais estejam vigilantes ao que os filhos consomem em termos de conteúdo digital, sem, contudo, usar de um comportamento autoritário. “É preciso que prevaleça o bom senso. A internet tem muita coisa boa e tem muita coisa ruim. Temos que assimilar o que for de bom”, recomendou.
Mídia
Perguntada se acredita que os jornais tradicionalmente impressos no formato tradicional estão com os dias contados, ela avalia que o método tradicional deverá sobreviver. “ Assim como a TV não acabou com o cinema, não acho que o noticiário eletrônico acabe com a leitura do jornal impresso. Já existe uma disputa por espaço. O jornal impresso tem um conteúdo mais aprofundado o que não significa que na internet eu encontre somente temas abordados de forma superficial. Se eu quiser procurar temas com aprofundamento necessário, vou encontrar lá também”, encerrou.