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Itapira, 11 de Janeiro de 2025
Notícia
06/04/2015 | Especialista chama a atenção para o consumo de bebidas alcoólicas, principalmente, entre as mulheres

 

Neste 7 de Abril, Dia Mundial da Saúde, especialista chama a atenção para o consumo de bebidas alcoólicas, principalmente, entre as mulheres

Os dados preocupam e não é preciso ir longe para conferir a gravidade do problema. É cada vez mais comum observar situações em que as mulheres se intoxicam com bebida alcoólica. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, em seis anos, o percentual de garotas entre 14 e 17 anos que consomem álcool pelo menos uma vez por semana cresceu de 69% para 74% na amostra de mulheres que bebem semanalmente. Entre os homens que bebem, a taxa permanece estável.

Dia 7 de Abril, Dia Mundial da Saúde, a presidente da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas (ABEAD), Ana Cecília Marques, explica a razão de o aumento do consumo de bebidas pelas mulheres. “O fenômeno é multicausal. A mudança do papel social, isto é, a ocupação de um espaço que antes era somente ocupado por homens, e todo o impacto decorrente, como a exposição ao estresse, aos hábitos antes masculinos, como confraternizar ao final do expediente de trabalho, os famosos happy hours, a cobrança de se manter como cuidadora da família, a pressão da propaganda, entre outros aspectos, contribuem para o cenário hoje”, diz.

De acordo com a especialista, as mulheres também têm sido alvo de estratégias criadas pela indústria do álcool para consumir cada vez mais o seu produto. “Existem bebidas desenhadas especialmente para as mulheres, com embalagem personalizada e sabores para o público feminino”, afirma Ana Cecília Marques.

O consumo precoce e abusivo aumenta o risco de desenvolver dependência que, por sua vez, traz outras graves consequências. “Diferente dos homens, seu organismo possui menos água, mais gordura, o que muda o efeito do etanol, produzindo diversos problemas. Elas adoecem mais rápido se o consumo for crônico e portanto, tratamento especializado precisa ser desenvolvido”, afirma Ana Cecilia.

Ana Cecilia recomenda que as políticas de controle da oferta sejam atualizadas para diminuir o consumo. O aumento do preço, o banimento da propaganda de todos os meios de comunicação, a fiscalização das leis para não se vender para as adolescentes e a diminuição da densidade de pontos de venda. “Prevenção também é imprescindível”, completa.

Fonte: Abead

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