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Itapira, 30 de Novembro de 2024
Notícia
20/07/2014 | Estrondo publicitário contra a Igreja?

A cidade do Rio de Janeiro tem sido palco de uma polêmica desnecessária que ganhou grande parte dos meios de comunicação do Brasil nos últimos dias.

Trata-se do seguinte: o filme “Rio, eu te amo” pretendia exibir cenas de um diálogo desrespeitoso entre o ator Wagner Moura e a imagem do Cristo Redentor do Corcovado. No entanto, o uso do grande ícone religioso não foi autorizado pela Arquidiocese do Rio de Janeiro e isso causou uma desnecessária celeuma que órgãos de imprensa se fizeram porta-vozes.

Por que a polêmica é desnecessária? – Por duas grandes razões: a primeira é a religiosa. Cabe ao Arcebispo do Rio, Cardeal Dom Orani João Tempesta, enquanto pastor daquela porção do Povo de Deus, defender a fé e os símbolos que possam representá-la ou recordá-la. Ora, dentre estes está, evidentemente, a imagem do Cristo Redentor.
 
A segunda razão é, talvez, menos conhecida. A imagem em questão não é mero patrimônio artístico carioca, mas propriedade da Arquidiocese do Rio de Janeiro, uma vez que foi construída com a doação de fiéis católicos e pessoas de boa vontade. Daí a Igreja ter, por direito natural e legal de propriedade, o uso lícito daquela estátua sacra em cujos pés funciona um Santuário, templo de peregrinação para brasileiros e estrangeiros.
 
Esses dois motivos já seriam suficientes para colocar fim ao assunto, mas a realidade tem sido outra. José Padilha, diretor do filme, e o ator Wagner Moura, se valeram do jornal O Globo, de 8 de julho último, para criticar a medida correta da Arquidiocese e, em apêndice, levantar também velhos e mentirosos chavões contra a Igreja, especialmente no campo da história e da moral.
 
Tudo isso parece cheirar a um arquitetado “estrondo publicitário”, nome que se dá a uma campanha movida contra determinada pessoa ou instituição que se quer atacar ou destruir. O método é simples: a partir de fatos reais, arma-se contra a vítima um arsenal com as mais degradantes acusações a fim de desmerecê-la diante do povo.
 
Os inquisidores de plantão se esquecem, no entanto, de que não é por meio de declaração de atores ou intelectuais, na grande imprensa, que se atinge, com eficácia, a verdadeira opinião pública.
 
Portanto, fique aqui um importante alerta: quem está contra a Arquidiocese do Rio por não ter, acertadamente, dado o aval necessário para que a imagem de Nosso Senhor fosse desrespeitada não é, jamais, a população do Brasil, mas, sim, um pequeno grupo que tem a seu favor poderosos meios de comunicação capazes de fazer ecoar seus gritos pouco tolerantes.
 
Confirmo o que digo. Nunca se deve confundir a opinião pública com a expressão de veículos de imprensa, pois estes não retransmitem a opinião do povo em geral, mas, sim, as ideias daqueles que financiam o meio de comunicação em questão, quer sejam partidos políticos, grupos econômicos ou ideológicos. Melhor seria, portanto, dizer que tais meios expressam a opinião que os financiadores desejariam (muitas vezes, sem sucesso) incutir nos leitores (cf. Monique Augras. Opinião pública: teoria e pesquisa. 3ª ed. Petrópolis: Vozes, 1978, p. 58 e 104-105).
 
Resta, pois, que, pessoas de fé e de bom-senso, nos unamos dentro da lei e da ordem, para manifestar nossa repulsa ao desrespeito aos valores religiosos em nome de uma suposta “liberdade de expressão” que se pretende absoluta. E mais: expressemos também nosso apoio à Arquidiocese do Rio de Janeiro, na pessoa do seu Arcebispo, o Cardeal Orani João Tempesta, pela coragem em defender um precioso símbolo da fé católica, a imagem do Cristo Redentor.
 
Vanderlei de Lima é filósofo e escritor. E-mail: [email protected]
Fonte: Vanderlei de Lima

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