Por meio da aplicação da bradicinina é possível reverter morte de células cerebrais
Mais uma pesquisa desenvolvida pela Universidade de São Paulo (USP) coloca o Estado numa posição de vanguarda na área científica. Pesquisadores do Instituto de Química (Iq) estudam a ação da molécula bradicinina na reverção de morte de células cerebrais em condições que ocorrem durante uma isquemia cerebral.
- Siga o Governo do Estado de São Paulo no Twitter e no Facebook
O estudo, coordenado pelo professor Alexander Henning Ulrich, coordenador do Projeto Temático apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (Fapesp) abre caminho para novos tratamentos para doenças degenerativas, como Alzheimer e Parkinson. Os primeiros testes in vitro foram bem sucedidos.
Em experimento feito com ratos modelos da doença de Parkinson, Ulrich e a pesquisadora Telma Tiemi Schwindt Diniz Gomes, professora do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, conseguiram reverter quadros semelhantes aos que ocorrem em pacientes com Parkinson em estágio avançado.
A bradicinina - uma substância liberada pelo organismo humano em resposta a vários tipos de estímulo - foi isolada há mais de 50 anos por pesquisadores brasileiros. Ela está presente no plasma e é produzida por quase todos os tecidos humanos. Porém, subprodutos resultantes da degradação da molécula poderiam induzir efeitos adversos.
A equipe do professor trabalha para descobrir uma substância análoga à bradicinina que tenha o efeito neuroprotetor sem as reações indesejadas. "Tendo em vista que é uma novidade que nasceu no Instituto de Química, coloca a USP na vanguarda da pesquisa científica", avaliou Ulrich.