A tradicional festa italiana que agita o centro da cidade no início de agosto chega este ano à sua 15ª edição. A Festa da Nonna, organizada pelo Circolo Italo Braziliano XV di Novembro de Itapira, privilegia a cultura às tradições italianas.
Cevandyra Torres Peres, uma nonna dedicada à família
Enquanto ressoavam os tiros da Revolução de 32, nascia no dia 12 de agosto daquele ano, em um paiol da Fazenda Santa Maria, onde a mãe havia se escondido para dar à luz, a menina que recebeu o nome de Cevandyra. Neta de italianos oriundos do Vêneto e da Lombardia, a menina, fruto da união das famílias Fraccarolli e Torres não imaginava todo o caminho que teria pela frente.
Sua infância foi marcada pelas rotinas e brincadeiras na fazenda ao lado dos irmãos Antonieta, Matilde, Liornes, Laércio e Luís Carlos. Mas, naquele tempo, nem tudo eram flores e com apenas quatro anos perdeu a mãe.
Sua rotina mudou radicalmente e a menina Cevandyra passou a morar com a avó materna Petronilla, com quem permaneceu até os 10 anos. Daí em diante, até os 14 anos, morou com o pai e a madrasta, para depois retornar ao lar da avó até seu falecimento em 49, quando a menina já era uma moça de 17 anos.
Passou, então, a morar com a tia Anita Fracarolli até se casar, sete anos depois, com Heraldo Peres. Do matrimônio, como ela mesma diz, ganhou três grandes prêmios, os filhos Vânia Maria, Heraldo Junior e Cláudia Maria. “Muito me felicitou, nesses quase 61 anos da família que constituímos, a chegada dos netos Caroline, Tessy – in memorian -, Lyvia, Alessandra, Gabriel, Tales – in memorian – e Bruna”, diz a nonna.
Durante seus 81 anos, sempre teve como maior satisfação a extrema dedicação ao lar, ao marido, aos filhos e netos. Conheceu vários países interessantes e, principalmente seus familiares na Itália. Hoje dedica-se, além das ocupações com a casa, aos brdados e às atividades da Casa do Pão. “Minha vida é regrada pelo amor e dedicação à família”, frisa nonna Cevandyra Torres Peres.
Cevandyra com o esposo, os filhos e os netos: família reunida
A nonna Cevandyra e a irmã Antonieta
Com o marido Heraldo Peres: mais de seis década
Ao lado dos irmãos: alegria em família
Nonna Mariinha, exemplo de vida e religiosidade
Nascida em 02 de setembro de 1919, em Espírito Santo do Pinhal-SP, Maria Cordioli Longhi reside em Itapira desde seus 18 anos. Filha de Pascoa Venturelli e Eduardo Cordioli, tem nas veias o sangue italiano, neta dos italianos de Verona, Luiza Castore e João Cordioli.
Quando sua família mudou-se para Itapira, fixou residência em uma propriedade rural no bairro do Tronco. Conheceu seu grande amor, Primo Longhi, com quem se casou em 22 de fevereiro de 1940 na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Penha. A cerimônia foi celebrada pelo padre Henrique de Moraes Mattos, que também foiresponsável pelo batismo dos filhos do casal.
Do casamento nasceram quatro filhos: Maria Helena, Airton, João Eduardo e João Dário. A família cresceu com a chegada de 12 netos e 11 bisnetos.
Caseira, Mariinha, como é chamada pelos familiares e vizinhos, reside no mesmo sobrado da rua Manoel Pereira há 66 anos. Batalhadora, trabalhou ao lado do esposo para educar e dar aos filhos uma vida mais confortável.
Sua fé e devoção levou dona Mariinha a acompanhar a transformação da então Igreja da Mãozinha na Matriz de Santo Antonio. Devota de Nossa Senhora Aparecida, dona Mariinha, prestes a completar 95 anos, é exemplo de vida e religiosidade, tendo participado ativamente da Hora da Graça, dos Retiros e viagens a Aparecida-SP.
O casamento em dia 22 de fevereiro de 1940
Mariinha comemorou seus 90 anos com João Eduardo, Leninha, Dário e Airton
Em 65, a faqmília reunida para as Bodas de Prata do casal
Maria Helena, Mariinha, José Dário, Primo Longhi, Airton e João Eduardo em 1951
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