O último fim de semana foi marcado por manifestações artísticas e culturais em diversos pontos da cidade por conta da realização do 1º Movimento Cultural de Itapira. O secretário de Cultura e Turismo de Itapira, Marcello Dragone Iamarino, fez avaliação positiva do evento e revelou que já planeja nova edição para o fim do ano. “Foi espetacular, todo mundo falou bem, os locais foram bem escolhidos. Mesmo com o tempo chuvoso, os eventos tiveram bom público que prestigiou os artistas. Já estamos pensando em fazer um repeteco no segundo semestre desse ano, pois tem muitas pessoas me ligando, dizendo que queriam ter participado. Esses estarão na próxima edição”, frisou.
O movimento começou no período da manhã, na Praça Bernardino de Campos, com apresentações de dança, exposição de pintura, intervenção do grupo Máquina do Mundo e visitação à Mostra de Arte Contemporânea, na sede do Circolo Italo Braziliano XV de Novembro.
Em seguida, por volta do meio-dia, a Orquestra de Viola Sertaneja de Itapira, comandada pelo sertanejo Moralito, se apresentou na Praça João Sarkis Filho, na região central.
,No período da tarde, a movimentação continuou nos arredores do Parque Juca Mulato com as exposições fotográficas ‘Nheco Day’ e ‘Bridal Session’, a visitação ao Museu de História Natural Hortêncio Pereira da Silva Júnior e também com as atividades desenvolvidas pelo Clube do Livro ‘Outra xícara, por favor’ e pela Companhia de Teatro Paulino Santiago. No Supermercado Antonelli, a intervenção cultural ficou por conta da apresentação dos corais Cidade de Itapira e do Lar São José.
Marcando o início da noite, a banda Rolling Papers fez um show na Praça Mogi Mirim - em frente à Escola ESO - e um pouco mais tarde foi a vez da Máfia do Blues se apresentar no palco montado no fim da Rua José Bonifácio. Encerrando a agenda do sábado, o grupo Teatro Cego, composto de seis atores - Bruno Righi, Giovanna Maira, Manoel Lima, Paulo Palado, Sara Bentes e Sérgio Sá -, sendo três deles cegos e três músicos - Eric Budney, Jonas Dantas e Marcel Ortiz -, trouxe para a cidade a peça O Grande Viúvo, de Nelson Rodrigues, no Teatro da Praça CEU, no Istor Luppi. “A peça foi muito interessante e os que foram já estão pedindo para que eles voltem à cidade. Eles fazem a encenação em total escuridão, o que causou até certa agonia. É uma sensação diferenciada, demora um pouco para acostumar com a situação, mas depois é incrível”, descreveu Iamarino. Realizado no escuro, o espetáculo leva a platéia a usar outros sentidos para compreender a história de um viúvo que informa à família que deseja se juntar à amada esposa morta. Diante da situação, os familiares tentam convencê-lo a desistir do suicídio e passam a usar métodos radicais, como inventar calúnias sobre a falecida. Durante toda a peça, os atores ficam circulando entre os espectadores, que, sem conseguir ver absolutamente nada, se sentem parte das cenas. “Tudo ocorreu dentro do esperado, sem nenhum contratempo, e só tenho que agradecer ao público e, em especial à equipe da Cultura que se empenhou muito para que isso acontecesse”, finalizou o secretário.
Lira encerrou com chave de ouro
O encerramento do 1º Movimento Cultural se deu apenas no domingo, 25, à noite, com o concerto ‘Brasileiríssimo’ da Banda Lira e Convidados no salão social do Clube de Campo S anta Fé. Foi o primeiro da temporada de cinco concertos da Lira. Os próximos serão em agosto com o ‘Italianíssimo’, em outubro com o ‘Tributo ao Rock’ e em dezembro com duas apresentações especiais de Natal.
‘Brasileiríssimo’, assim como o nom e sugere, foi composto quase que exclusivamente por composições brasileiras e reuniu um público de aproximadamente 1,2 mil pessoas. O espetáculo foi mesclado entre a performance dos cerca de 50 músicos e de convidados especiais, dentre eles Zezo Marconi, Coral Cristália, o trio formado por Toy Fonseca, Paulinho Teté e Toninho Caio (que também contou com a participação da cantora Juliana Rocha Pereira), Aimberê Dantas e Trio Arena Universitária.
Como em t odos os es petáculos da Lira, houve surpresas elaboradas por parte do maestro Maurício Perina. Em determinado ponto da apresentação, o ‘Tema da Vitória’ foi entoado enquanto um dos músicos entrou com uma réplica do capacete utilizado por Ayrton Senna. A homenagem emocionou os presentes. Em outro momento, os componentes da banda vestiram chapéus e adereços em verde e amarelo.
Por fim, os músicos colocaram camisetas de seus times do coração e iniciaram um pout-pourri de hinos de clubes brasileiros – inclusive o da Esportiva –, momento em que os alunos da A DI (Associação Down de Itapira) entraram com as bandeiras dos clubes. “Foi espetacular, fecharam com chave de ouro”, analisou Marcello Iamarino.
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