Às vésperas de mais um Dia Mundial do Trabalho, o prefeito José Natalino Paganini (PSDB) comemorou de forma discreta dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) que colocou Itapira em sexto lugar entre os 542 municípios de São Paulo que mais criaram empregos no mês de março. “É um dado importante, significativo, mas dentro daquela filosofia de que o mesmo pau que bate em Chico, bate em Francisco, acho que devemos continuar trabalhando forte para a manutenção deste índice favorável”, considerou, fazendo alusão ao fato de que os bons indicadores foram puxados pelo setor agropecuário, ou seja, devido ao início das atividades da safra de cana-de-açúcar e que no final do ano, estes dados sofrem uma reversão.
Mas ainda assim festejou os 114 empregos gerados no setor industrial e os 71 na construção civil. “O setor industrial no país passa por um momento de preocupante acomodação. Portanto, gerar empregos neste setor é uma bênção nos dias atuais”. Disse que o mérito é dos empreendedores. Ainda assim enxergou nos dados de março traços dos investimentos feitos pela prefeitura que permitiu o início de operações da Valisere. “Os empregos criados pela Valisere apareceram nestes últimos dados”, lembrou.
E, na sua opinião, este será o setor que deve alavancar em Itapira a geração de novos empregos nos próximos três anos. Ele baseia seu otimismo nas ações que vem sendo desencadeadas por sua administração neste sentido. Revelou que na segunda semana de maio vai programar uma espécie de café da manhã com empresários para anunciar a finalização das obras de infraestrutura no Distrito Industrial de Barão Ataliba Nogueira, uma área total de 75 mil metros quadrados, que foi fragmentada em lotes em torno de 10 mil metros quadrados à espera de interessados. “Primeiro vamos ver o interesse dos empreendedores do município. Caso não preenchamos a disponibilização da forma como esperamos, vamos atrair interessados de fora”.
Segundo o atual prefeito, esses interessados existem e estão em tratativas com o município, fruto do trabalho feito em parceria com o governo estadual através do Programa Emprega São Paulo (que ajudou com recursos para as obras do Distrito do Barão) e também com o empenho do deputado estadual Barros Munhoz (PSDB). “ Ele vem colocando toda sua experiência neste tipo de contato para ajudar o município a atrair investidores. Tenho certeza que dentro de mais algum tempo teremos grandes novidades neste sentido para anunciarmos”, projetou.
Investimentos
Ele mencionou o caso de três empresas aqui da cidade e que dentro de pouco tempo estarão erguendo novas unidades, referindo-se a Lowell , Rican e o Laboratório Cristália. Os dois primeiros investimentos - área de 15 mil metros quadrados para a Lowell e de seis mil metros quadrados para a Rican - exigiram investimentos estimados em torno de R$ 200 mil da prefeitura para a abertura de ruas e obras de infraestrutura e a parte de terraplenagem está concluída.
No caso do Laboratório Cristália, que vai erguer uma unidade de Biotecnologia nas imediações do Distrito Industrial Juvenal Leite, nesta semana tiveram início os trabalhos de sondagem de solo. Concomitantemente a Intervias deu início a um trabalho de levantamento topográfico para projetar uma avenida marginal que vai passar em frente ao futuro empreendimento.
A atração destes investimentos acabam trazendo como pressuposto lógico investimentos no comércio segundo Paganini. “Posso garantir que na realidade atual, existe espaço para o crescimento de alguns setores do comércio. Evidentemente que na medida em que a cidade atrair novas indústrias, este potencial tende a se multiplicar”, acredita. É acompanhado neste seu raciocínio pelo presidente do Sindicato do Comércio Varejista, Francisco Francioso. “O desempenho do comércio está atrelado ao poder de compra das pessoas. Mais empregos representam mais renda, mais renda, mais estabelecimentos comerciais, mais estabelecimentos, mais empregos”, avalia.
José Aparecido da Silva, presidente da ACEI (Associação Comercial e Empresarial de Itapira) diz que o comércio já vem funcionando como importante agente de geração de empregos. “O pico é o final do ano, quando existe a contratação de temporários. Depois, no início do ano, as contratações recuam, mas muitos dos que eram temporários, acabam admitidos. Se a cidade crescer economicamente, o comércio tem poder de ampliar este potencial”, avalia.
Comentários, artigos e outras opiniões de colaboradores e articulistas não refletem necessariamente o pensamento do site, sendo de única e total responsabilidade de seus autores.