A polícia da França prendeu hoje (4), para investigação, dez pessoas suspeitas de envolvimento em movimentos radicais muçulmanos. Os policiais investigam as viagens programadas por essas pessoas para o Afeganistão e Paquistão, locais nos quais grupo organizados promovem treinamentos definidos como terroristas por especialistas estrangeiros.

As prisões ocorreram em várias cidades francesas, como Roubaix, no Norte, e em Marselha, no Sul do país. Também houve detenções em Carpentras, Valence e Lot-et-Garonne. A polícia francesa investiga principalmente oito homens cujo perfil  é semelhante ao de Mohamed Merah, autor de sete assassinatos em Toulouse, que dizia agir em nome da Al Qaeda.

Há cinco dias, a polícia francesa deteve 19 pessoas em outra operação também destinada a conter ações de suspeitos de envolvimento com o terrorismo. Por enquanto 13 pessoas foram indiciadas por porte ilegal de armas e formação de quadrilha com implicação em atividade terrorista.

As duas operações policiais não estão interligadas, mas, em plena campanha para reeleição, o presidente Nicolas Sarkozy havia prometido perseguir militantes islâmicos radicais, após o choque provocado pelos crimes de Mohamed Merah – que matou sete pessoas, inclusive três crianças.

As ações policiais são alvo também de suspeitas por parte de juízes franceses. A entidade que representa os magistrados criticou a ação da polícia e levantou suspeitas de interesse eleitoreiro nas prisões. A suspeita se deve ao fato de, em maio, ocorrerem eleições presidenciais no país e Sarkozy tentar a reeleição.