O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, recusou hoje (26) retirar a reforma trabalhista apesar dos protestos dos trabalhadores no país. Ele admite a possibilidade de introduzir alterações pontuais, mas sem modificar a filosofia geral do texto. Numa entrevista transmitida pela televisão, citada pelas agências de notícias internacionais, Valls considerou irresponsável a ação da Confederação Geral do Trabalho, que lidera o movimento contra o projeto de lei.
O primeiro-ministro assegurou ainda que vai continuar sendo desbloqueado o acesso às instalações petrolíferas e industriais que tinham sido fechadas por piquetes de greve.
Questionado sobre os recursos que estariam disponíveis a usar para obrigar os grevistas a voltar ao trabalho em caso de força maior, o governante disse que ?todas as possibilidades estão em cima da mesa?.
Valls reconheceu que entre 20% e 30% dos postos de combustíveis do país estão fechados ou em dificuldades. Segundo ele, são os franceses que sofrem com a situação, que, se continuar, pode pesar na economia do país.
A três semanas da abertura do Campeonato Europeu de Futebol 2016, o primeiro-ministro adiantou que o projeto de lei para a reforma trabalhista será aprovado neste verão, insistindo no argumento de que a lei ?é boa para as empresas, boa para os trabalhadores e boa para os sindicatos?.
Uma greve de trabalhadores contra a reforma trabalhista paralisa hoje centros petrolíferos e centrais nucleares. Os controladores aéreos encontram-se também em greve.
Trata-se da oitava jornada de mobilização convocada pelos sindicatos, desde março, com o objetivo de exigir a retirada do projeto de lei, que os sindicalistas acusam de destruir os direitos dos trabalhadores.
http://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2016-05/franca-se-recusa-retirar-reforma-trabalhista-mas-admite-alteracoesDa Agência LusaComentários, artigos e outras opiniões de colaboradores e articulistas não refletem necessariamente o pensamento do site, sendo de única e total responsabilidade de seus autores.