A Justiça Eleitoral de Mogi Mirim (SP) cassou o registro de candidatura do prefeito eleito, Gustavo Stupp (PDT), após pedido do Ministério Público, que classificou como irregular a presença do ex-jogador Cafu em um evento na reta final da campanha do pedetista. O juiz Rafael Pavan de Moraes Filgueira alega, na decisão publicada nesta quinta-feira (15), que o candidato desrespeitou a lei que proíbe a apresentação de artista em reuniões eleitorais. O candidato vai recorrer da decisão e, caso ela seja mantida, ele fica impedido de ocupar o cargo.
Para o magistrado, a presença do jogador renomado causou desequilíbrio na disputa. “Ao promover reunião eleitoral, em praça pública, na região central, com a presença do renomado jogador, campeão mundial, o representado desrespeitou dolosamente a legislação vigente, criando, assim, desequilíbrio no pleito”, diz o texto da decisão.
O juiz decide, por fim, enquadrar o candidato e o vice dele nos crimes de propaganda vedada e abuso do poder. Com isso, ele determina que os dois políticos fiquem inelegíveis por oito anos, cassando registro de candidatura e eventual diploma de prefeito, caso o recurso seja votado após a diplomação de Stupp.
Por telefone, o coordenador de campanha da coligação de Stupp, Gabriel Mazon Toffoli, informou que a coligação ainda não foi notificada da decisão. Toffoli disse que os advogados da legenda já foram acionados e devem recorrer assim que vier a notificação.
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