A Associação Comercial e Empresarial de Itapira sediou nesta terça feira a I Conferência Municipal de Segurança Pública, onde foram apresentadas as propostas a serem aprovadas pelos delegados.

O evento teve início às 19h. Contou com as presenças da Juíza Diretora do Fórum Dra. Helia Regina Pichotano, da Juíza Dra. Carla Kaari, do Promotor de Justiça Dr. André Luís Brandão, do Tenente Antônio Marcos Sanches de Toledo, do Comandante Diretor Heraldo Sabadini e dos representantes dos Policiais Militares e da Guarda Municipal.  

Guardas Municipais

O prefeito Toninho Bellini deu início à conferência com um discurso breve salientando a necessidade do projeto, principalmente no combate ao tráfico de drogas: “quando falamos em segurança o destaque é o tráfico que está envolvendo muitas crianças. Somente o poder público não resolve, investimos em muitas áreas, mas necessitamos dessas soluções discutidas aqui para uma segurança melhor. Muito ainda deve ser feito”.

A Dra. Nagya, da delegacia da mulher, destacou a atenção às famílias e também o combate às drogas: “o uso das drogas incita outros crimes como o roubo para sustentar o vício, as agressões devido ao efeito do entorpecente e possíveis mortes”. Sugeriu que fosse estudada a criação de um abrigo para as mulheres agredidas em uma medida emergencial e o acompanhamento do agressor perante a justiça.

A proposta do plano de segurança - aumentar o número de agentes de trânsito de cinco para quinze agentes - foi contestada por Cristina Gomes. Segundo ela “dez agentes é mais do que suficiente, quinze agentes é um abuso à economia do município”. A sugestão foi acatada pela maioria e a proposta foi alterada.

Na proposta de número quinze - implantação de Radares nas principais vias do município coibindo a negligência e a imprudência na condução de veículos - levantou polêmica sobre a destinação da verba arrecadada. Cristina Gomes sugeriu que o dinheiro arrecadado em radares fosse aplicado na segurança, investindo em capacitação de funcionários, programas educacionais e viaturas. Entretanto, a Lei nº 9.503 de 23 de Setembro de 1997 do Código de Trânsito Brasileiro, no artigo 320 diz que “a receita arrecadada com a cobrança das multas de trânsito será aplicada, exclusivamente, em sinalização, engenharia de tráfego, de campo, policiamento, fiscalização e educação de trânsito”, o que tornou a sugestão de Cristina inviável.

O comerciante Flávio Pavinatto propôs aos organizadores que na mesma proposta fosse incluída a sugestão de diminuir lombadas e quebra-molas quando na implantação do radar. A ideia foi bem recebida pela maioria dos delegados.

A proposta  - Ampliar o efetivo das equipes de fiscalização da vigilância sanitária e posturas - foi duramente criticada por parte dos comerciantes. Lourenço Augusto de Sá Albuquerque Guimarães indagou aos organizadores: “como vou ampliar uma equipe incompetente? Vocês estão sugerindo aumentar algo que não funciona”.  Lourenço, conhecido como Guto, citou as diversas “barracas” de bebidas alcoólicas que são abertas nos finais de semana, sem a devida fiscalização que comercializa para menores de idade. Ele também questionou a punição para esse tipo de comércio, se ficaria a cargo da policia militar para a apreensão ou da policia civil, respondendo como crime.

O comandante da Guarda Municipal Heraldo Sabadini ao final da leitura das propostas agradeceu a presença de todos os delegados e convidados e lembrou o início do trabalho no Projeto Piloto Base Comunitária Móvel.

Segundo a GCM Paula “a comissão organizadora se reunirá na próxima quarta feira, 6, para discutir as sugestões e fazer as devidas alterações na redação. Possivelmente será agendada neste dia, a próxima solenidade para os delegados e convidados”.