As equipes de negociadores do governo colombiano, das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e do Exército do Povo (EP) estão em Oslo, na Noruega, para instalar oficialmente as articulações para o fim do conflito no país. Porém, é possível que o anúncio oficial ocorra com um certo atraso, em decorrência de entraves burocráticos, segundo autoridades.
A primeira reunião será amanhã (18), conforme anúncio do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Noruega. É a segunda fase do processo de paz, iniciado há um ano e meio com a retomada de contato entre as partes. Não há prazo para o anúncio do acordo, por enquanto. Integrantes da Noruega, de Cuba, da Venezuela e do Chile fazem a mediação das negociações atuais.
Os guerrilheiros fazem uma série de exigências, como desenvolvimento rural, maior acesso à terra e garantias de participação da oposição política no país. O governo do presidente colombiano, Juan Manuel Santos, quer o fim do conflito armado, solução para o problema do tráfico de drogas e garantias para preservação dos direitos dos reféns.
Segundo os negociadores, as expectativas são positivas, pois há condições para a consolidação de uma proposta consensual. Paralelamente às negociações com as Farc, as autoridades colombianas também tentam definir um acordo de paz com o Exército do Povo, um grupo guerrilheiro menor, mas do mesmo modo atuante na Colômbia.
Em conversa, por telefone com Santos, a presidenta Dilma Rousseff colocou o Brasil à disposição para ajudar nas negociações de paz na região. No passado, o governo brasileiro colaborou com o envio de especialistas militares e aeronaves para o resgate de reféns das Farc.
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