Da Telam
Brasília – O britânico Richard Bowes, 68 anos, é a quinta vítima da onda de violência e saques ocorrida em Londres e várias cidades da Grã-Bretanha. Bowes morreu ontem (12) de ferimentos sofridos durante os ataques. No total, 1.600 pessoas foram detidas e 796 processadas. O governo britânico e empresários estimam prejuízos em torno de 180 milhões de libras.
De acordo com relatos policiais, houve saques a lojas e prédios públicos e privados incendiados. Também ontem um homem foi encontrado morto, com graves ferimentos, no bairro de Ealing, a oeste de Londres. Segundo os investigadores, ele foi atacado enquanto tentava apagar um incêndio na lixeira de uma casa.
Apesar dos dados, o chefe interino da Polícia Metropolitana de Londres, Tim Godwin, elogiou a atuação dos policiais. "Diante de uma situação de emergência, meus oficiais fizeram um trabalho excelente", disse.
Porém, o diretor do organismo Police Foundation, John Graham, acrescentou que é necessário analisar com profundidade os problemas sociais, o desemprego e as dificuldade de acesso à educação que cercaram as reações populares e não apenas resolver as questões policiais.
Na tentativa de conter a violência, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, cancelou as férias dos policiais e colocou 16 mil homens de prontidão nas áreas onde houve os embates. A onda de violência começou após um protesto pela morte de Mark Duggan, 29 anos.
Duggan foi morto por policiais no último dia 4, em Tottenham, em Londres, depois de ser abordado em um táxi por uma unidade que investiga crimes com armas de fogo no bairro. A morte gerou revoltas que explodiram há uma semana em Tottenham e espalharam-se para outras regiões da Grã-Bretanha.