A greve dos trabalhadores das empresas do grupo Eletrobras, iniciada no dia 1º deste mês, não deverá prejudicar o cronograma da Usina Nuclear Angra 3, que tem, no momento, 56% do empreendimento construídos, disse hoje (17) o diretor de Planejamento, Gestão e Meio Ambiente da Eletronuclear, Leonam dos Santos Guimarães.

A estatal administra a Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, localizada no município de Angra dos Reis, no Rio, onde já funcionam as usinas Angra 1 e 2. A previsão é que Angra 3 comece a gerar eletricidade em agosto de 2018. A usina só entrará em operação comercial, passando a ser despachada diretamente pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), no dia 31 de dezembro daquele ano.

Ao participar do 6º Seminário Internacional de Energia Nuclear, no Centro de Convenções da Bolsa de Valores do Rio, Leonam disse acreditar que, na próxima semana, já entrarão na empresa recursos da Caixa Econômica Federal que garantirão a continuidade do financiamento da parte importada para a construção de Angra 3. O contrato tem valor de R$ 3,18 bilhões e será assinado nos próximos dias. A partir de agora, a estatal dará continuidade à negociação para complementar o financiamento da parte nacional para Angra 3, da ordem de R$ 4 bilhões.

Segundo Leonam, a greve pode atrasar o retorno da Usina Nuclear Angra 1 ao Sistema Interligado Nacional em até dois dias. A unidade foi desconectada do sistema no dia 7 de maio, para manutenção programada. A expectativa é que Angra 1 volte a operar até o fim deste mês.

Nova assembleia dos funcionários da Eletrobras, marcada para sexta-feira próxima (19), discutirá sobre a paralisação. Os servidores reivindicam o pagamento da participação no lucro e resultados (PLR), referente ao ano passado. O acordo coletivo ainda não começou a ser discutido.

http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2015-06/greve-nao-prejudicara-angra-3-mas-pode-atrasar-religacao-de-angra-1-ao-sin