Criado em 2004, a partir da ideia de resgatar o Baile do Branco, realizado até meados dos anos 80 pelo Clube XV de Novembro, o Grito de Carnaval emplacou e hoje é a grande opção para quem gosta do bom e velho carnaval com marchinhas e músicas tradicionalmente carnavalescas. O evento, que acontece sempre na sexta-feira que antecede o Carnaval, está confirmado para o dia 28 deste mês no Clube de Campo Santa Fé.
O iminente fim do carnaval de salão, motivado principalmente pela introdução de ritmos nada condizentes como o funk, por exemplo, foi um dos principais fatores para a criação do Grito de Carnaval. A ideia surgiu no Circolo Italo Braziliano di Itapira e realizado pela primeira vez no salão do Clube XV. “Nossa ideia era resgatar o baile que o Clube XV realizava nas sextas-feiras de Carnaval, chamado de Baile do Branco”, lembra o maestro César Ricardo Lupinacci. “Fizemos a primeira edição sem qualquer estrutura, mas a ideia acabou dando certo e esse ano chega à 11ª edição”.
Depois de alguns anos no salão do Clube XV, hoje sede do Circolo, o evento foi abrigado por um tempo no Clube da Saudade até se fixar no Santa Fé. São cinco horas de puro carnaval, com marchinhas, sambas, frevos, sambas de enredo e a oportunidade para que os foliões mais antigos relembrem os velhos tempos e os mais novos possam experimentar a sensação de estar nos grandes bailes de carnaval de antigamente.
Para esse ano, de acordo com Lupinacci, uma novidade está sendo introduzida. “Como muitas pessoas formam blocos para brincar o carnaval da forma tradicional, muitos desses blocos compõem suas próprias marchinhas e a banda toca durante o baile”, explica. “Claro que os blocos precisam nos entregar a composição para que a banda possa ensaiar”.
A animação fica por conta da Banda da Casa das Artes, composta por 22 músicos. Luciana Iamarino, Luiz Antonio Paniçolo e João Carlos Domingues se encarregam de interpretar as marchas, os sambas e animar os foliões.
Organizado pela Casa das Artes, o Grito de Carnaval já tem ingressos à venda. No primeiro lote os sócios do Santa Fé pagam R$ 35 e os não-sócios desembolsam R$ 40. Para o segundo lote os preços sobem para R$ 45 e R$ 50, respectivamente. As mesas, sem direito ao ingresso, estão sendo comercializadas a R$ 50.
A venda ocorre na Casa das Artes e no Clube de Campo Santa Fé. São 1,2 mil ingressos à disposição dos foliões. “Fixamos esse total para que todos possam ter espaço para aproveitar”, informa Lupinacci.
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