A presidenta Dilma Rousseff e a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, reúnem-se hoje (17) na 1ª Conferência Anual de Alto Nível da Parceria para um Governo Aberto (cujo nome em inglês é Open Government Partnership). O encontro é copresidido pelos governos do Brasil e dos Estados Unidos. Também estarão presentes representantes de 42 países.
A expectativa é que Dilma e Hillary defendam ações que estimulem a transparência de dados oficiais. O objetivo da conferência é fortalecer políticas nacionais de transparência e combate à corrupção por meio do intercâmbio de experiências em execução nos países que integram o grupo.
Criada no ano passado, a conferência surgiu de uma ideia de Dilma e do presidente norte-americano, Barack Obama, que conversaram na 66ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York. A parceria é um fórum de participação voluntária que reúne governos e entidades da sociedade civil.
No encontro desta manhã confirmaram presença o primeiro-ministro da Geórgia, Nikoloz Gilauri; o presidente da Tanzânia, Jakaya Kikwete; o vice primeiro-ministro da Líbia, Omar Abdelkarim; os ministros das Relações Exteriores da Estônia, Urmas Paet, e da Libéria, Augustine Ngafuan.
Ontem (16), Hillary conversou com o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, durante a 3ª Reunião do Diálogo de Parceria Global (DPG) Brasil-Estados Unidos. Na reunião, Hillary elogiou o Brasil, mas foi cautelosa ao defender a inclusão dos brasileiros em um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas, caso ocorra uma reforma do órgão.
Patriota e Hillary conversaram ainda sobre a crise na Síria, os ataques terroristas no Afeganistão e os programas nucleares do Irã e da Coreia do Norte. Para ambos, é preciso dar um voto de confiança ao presidente sírio, Bashar Al Assad, que prometeu um cessar-fogo imediato. No caso do Afeganistão, a secretária disse que os norte-americanos manterão o apoio ao governo afegão.
No entanto, Hillary foi incisiva ao se referir à Coreia do Norte, que faz testes com mísseis de longo alcance. Segundo ela, o governo norte-americano deve substituir essas experiências por medidas que privilegiem a qualidade de vida da população, que sofre com a falta de alimentação. Em relação ao Irã, ela disse que está confiante no fim do impasse em relação ao programa nuclear.
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