Internacional
Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O presidente da França, François Hollande, disse hoje (29) que os países não podem ficar “à espera” de decisões do mercado para solucionar a crise econômica internacional. Segundo ele, é fundamental haver regulação do setor e uma série de ações. “Se deixamos os mercados sozinhos, se esperamos que sejam eles, e apenas eles, a resolver a crise, temo que [a crise] dure por muito tempo. Precisamos de mecanismos, de regulação, de ação”, disse.
A afirmação de Hollande ocorreu após reuniões com o chefe do Banco Mundial, Kim Young-jim; a diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde; o chefe da Organização Mundial do Comércio (OMC), Pascal Lamy; o secretário-geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Guy Rider; e com o presidente da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Ángel Gurría.
“Apesar da diversidade das missões e das competências [de cada instituição presente na reunião], a grande coerência nesta tomada de consciência e nesta vontade de implementar regulação onde ela esteve ausente durante tanto tempo”, disse Hollande.
O presidente da França disse que é preciso ter responsabilidade sobre os impactos da crise econômica internacional na zona do euro – que reúne 17 países da União Europeia que adotam a moeda única. “Está em causa uma responsabilidade coletiva, por parte destas grandes organizações, para que se proceda uma reforma do sistema monetário internacional.”
Para Hollande, vários fatores colaboram para o agravamento da crise. Segundo ele, o crescimento econômico é lento, registrando estagnação em alguns países e até mesmo recessão, o percentual de desemprego elevado, a instabilidade financeira e o aumento de práticas protecionistas.
Hollande disse que o governo da França tem um desafio que ele classifica de triplo. “Um endividamento que pode se tornar insuportável, uma situação de fraco crescimento econômico e aumento de desemprego, além de um problema de competitividade”, explicou.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa
Edição: Carolina Pimentel