O vereador Carlinhos Sartori (PSDB) - nome mais cotado entre os futuros vereadores para ocupar a presidência da Casa a partir de primeiro de janeiro - estava muito satisfeito ao final daquela que foi na noite de terça-feira passada a última sessão da Legislatura inaugurada em primeiro de janeiro de 2009. Ele contou que o clima de despedida de muitos colegas que não retornam no ano que vem e que fizeram uso da palavra no pequeno expediente, propiciou momentos de cordialidade que pouquíssimas vezes puderam ser observados naquele ambiente nos últimos quatro anos.

 

 

Neste sentido, ainda de acordo com aquilo que colocou, a homenagem ao professor e doutor Valdir Barbanti (uma moção de louvor e reconhecimento aos 40 anos do homenageado junto aos quadros da Universidade de São Paulo – USP) que definitivamente encerrou a atual legislatura “foi a cereja do bolo”. Autor da homenagem, Sartori conta que  se emocionou durante a recepção. “Evidentemente que a gente está sempre atento ao trabalho que ilustres itapirenses desenvolvem mundo a fora e neste sentido sempre que é possível, procuramos registrar isso nos anais do nosso Legislativo. Minha pretensão de homenagear o Valdir (Barbanti)  se insere dentro deste contexto. Uma homenagem mais do que justa e que para minha felicidade encontrou uma receptividade coletiva, daquelas onde se pode afirmar categoricamente que é uma unanimidade”, disse ao se referir à presença na galeria da Câmara Municipal de alguns dos mais importantes expoentes da chamada “Geração Barreto”  - aquela forjada pela atuação de mais de 30 anos de atividades do professor de Educação Física José de Oliveira Barreto Sobrinho na hoje Escola Estadual Elvira Santos de Oliveira e mais tarde no Colégio Anglo.

 

 

 

Barreto por sinal foi uma das pessoas que foram assistir à homenagem a seu pupilo, juntando-se a outros ex-alunos como Miguel Arruda, Paulo Oliveira (o Paulinho Teté), Enrico Pugina (este mais jovem, trabalha com Barbanti na Escola de Educação Física da USP no campus de Ribeirão Preto) entre vários outros que fizeram questão de engrossar a relação de amigos de Barbanti. O homenageado teve ainda a acolhida de diversos familiares e até da sua primeira professora, Neuza Peres.

 

 

O peso, a força e a dimensão que aquela homenagem (que  pretendia ser segundo o autor “ a mais singela possível”)  acabou adquirindo contornos inéditos quando foi concedido a ele Valdir Barbanti, pronunciar-se em plenário, quebrando a sisudez regimental da Casa já que somente aos vereadores é concedido  o direito de se expressar nos microfones fora da única opção prevista para casos assim, quando em dia específico e com  participação previamente agendada os cidadãos podem requerer o uso da chamada “tribuna livre”.

 

Todas as pessoas presentes se fixaram num discurso de improviso feito pelo Acadêmico que falou de sua emoção em receber aquela homenagem, de sua infância, dos amigos, de sua crença inabalável na educação como forma de formar cidadãos com a indispensável  associação com as práticas desportivas. Palavras que calaram fundo em cada um dos presentes, dando razão a Carlos Sartori que definitivamente, aquele inusitado encerramento de toda uma legislatura, mereceu ser comparado à cereja de um delicioso bolo.