O telescópio Hubble, que revolucionou a astrofísica com as imagens que captou a partir do espaço, completa na próxima sexta-feira (24) 25 anos em órbita. Em 24 de abril de 1990, o primeiro telescópio espacial, projetado pela Agência Espacial dos Estados Unidos (Nasa) e a Agência Espacial Europeia (ESA), foi batizado com o nome do astrônomo americano Edwin Powell Hubble. O satélite astronômico foi colocado em órbita pela nave Discovery a uma distância de 559 quilômetros da Terra, com a promessa de permitir a observação do universo sem as interferências da atmosfera terrestre.
O Hubble fotografou buracos negros e captou a existência de quatro luas de Plutão ? Nix, Hidra, Cérbero e Estige ? até então desconhecidas. O telecóspio permitiu a observação do nascimento e da morte de estrelas e de galáxias, revelou que o universo está expandindo a um ritmo mais elevado do que se supunha e mostrou aspectos desconhecidos dos planetas Saturno, Júpiter e Plutão.
Três semanas após a colocação em órbita, os cientistas responsáveis pelo telescópio detectaram a existência de um problema no espelho principal do aparelho, o que parecia comprometer todas as potencialidades do Hubble.
Resolvido o problema, em 1993, na primeira missão de reparação espacial de grande envergadura, o Hubble começou a fornecer à ciência imagens do universo distante em luz ultravioleta, infravermelha e em luz visível de clareza inédita.
Uma das imagens captadas pelo Hubble ficou conhecida como "Os Pilares da Criação", três colunas de poeira cósmica onde acontece o nascimento de estrelas, na Nebulosa da Águia.
Outra imagem do telescópio que correu o mundo foi a do campo ultra-profundo, que mostra galáxias, estrelas e objetos muito distantes, classificada como o retrato mais completo do universo visto no espectro visível.
A capacidade do Hubble de investigar o universo significa que, em muitos casos, os corpos celestes revelados à ciência já deixaram de existir quando a sua luz chegou aos espelhos e lentes do telescópio.
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