O grande assunto político da semana foi o anúncio da filiação da ex-senadora Marina Silva aoPSB (Par­tido Socialista Brasileiro), decisão surpreendente, to­mada depois que viu ruir as chances de registro do partido que tentava criar em nível nacional, o Rede Sustentabilidade. Com sua ida para o PSB, aumenta o cacife do atual governador de Pernambuco, Eduardo Campos, que já vinha se movimentando no sentido de ser um dos adversários da atual presidente Dilma Rouseff nas eleições presi­denciais do ano que vem.

Em Itapira o assunto também causou muitos comentários. “A vinda da Marina vem conferir ao PSB uma musculatura necessária para concorrer com chances de vitória nas eleições do ano que vem”, avalia o ex­-vereador José Vicente da Silva, o Vicente Enfermeiro, atual presidente do PSB local. Ele acredita que o partido irá retardar ao má­ximo a decisão sobre qual dos dois pesos-pesados irá figurar na cabeça de cha­pa. “O momento agora é de observar as reações do anúncio da chegada da Ma­rina. O Eduardo Campos já vinha acenando com uma proposta de modernização na gestão do país e esta sua pregação passa a ter a partir de agora uma maior visibi­lidade. Eu não vejo nem ele (Campos) nem Marina, com um discurso frontalmente de oposição, mas de um conteúdo muito pragmático. O PSB com toda certeza chegará muito fortalecido nas eleições do ano que vem”, acredita.

O vereador Marcos Pau­lo da Silva (PRP) admitiu que andou ajudando um interessado que identificou como DJ Renan, a colher assinaturas para a criação do Rede Sustentabilidade. Mas disse que seu casamento com o atual partido segue “firme e forte”. Apesar disso confidenciou que pretende votar na ex-senadora no ano que vem. “Tenho uma convicção pessoal de votar na Marina, desde as eleições de 2010”, explicou.

O prefeito José Natali­no Paganini (PSDB) avaliou que o anúncio da ida de Marina para o PSB “foi o grande assunto eleitoral deste ano e também de 2014”. Indagado sobre os estragos que este anúncio deverá produzir na suposta candidatura do senador e ex-governador mineiro Aécio Neves, pré-candidato pelo PSDB (partido de Pa­ganini), o prefeito disse que não enxerga as coisas dessa forma. “Eu visualizo uma situação no ano que vem onde quatro nomes estarão se digladiando , Dilma/Lula; Eduardo Campos/Marina. Para o Aécio será interes­sante correr por fora, ficar distante desta briga. Com sua virtude de grande aglu­tinador imagino que ele poderá ser a surpresa para a eleição presidencial”, supõe.

 O vereador Cesar Au­gusto da Silva , o Cesar da Farmácia (PT), disse que ainda não tem uma opinião mais consistente sobre o assunto pelo fato não “ter acompanhado de forma mais detalhada o noticiário”, acha que o favoritismo de Dilma segue inabalável. “Eu te­nho ainda convicção de que ela (Dilma) chegará nas eleições presidenciais como grande favorita a vencer ainda no primeiro turno. Pelo menos é o que eu espero”, comentou.