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03/07/2012 | Ídolo, Marcelinho Carioca fala sobre decisão e mostra otimismo

São 402 jogos divididos em três passagens. As redes balançaram 206 vezes graças a ele, que levantou nada mais que oito taças durante o tempo vivido no clube. Estes dados fazem as histórias de Marcelo Pereira Surcin, o Marcelinho Carioca, e do Sport Club Corinthians Paulista se relacionarem eternamente.

Responsável por fazer da camisa sete a mais mística de todas do alvinegro, Marcelinho é considerado por grande parte da torcida como o maior ídolo de todos os tempos. Seu jeito de comemorar os gols é repetido até hoje pelos milhões de fiéis torcedores. O carinho é recíproco, fazendo com que o ex-jogador trate o manto corintiano como sua segunda pele e os torcedores como membros de sua família.

No Corinthians, Marcelinho conquistou quase tudo que disputou. Foi campeão paulista quatro vezes, venceu a Copa do Brasil uma vez, tornou-se campeão nacional em duas oportunidades e ajudou a comandar o meio-campo alvinegro na campanha que fez do clube campeão mundial de 2000. Em seu currículo, faltou apenas o grande sonho corintiano: a Copa Libertadores da América.

O sonho continental está mais próximo do que nunca do Corinthians e, em entrevista ao site da Federação Paulista de Futebol, Marcelinho Carioca falou sobre os momentos que antecedem a decisão, a força da fiel torcida e seu palpite para o histórico jogo de quarta-feira, entre Corinthians e Boca Juniors.

Momento pré-decisão

Para os torcedores, os momentos que antecedem a final parecem durar uma eternidade. A partida permanece em sua mente de forma quase ininterrupta e não deixar que a ansiedade tome conta parece algo impossível.

E como seriam esses momentos para aqueles que escreverão diretamente a história? Marcelinho Carioca afirma que neste instante, o importante é ter equilíbrio.  “A parte psicológica e emocional vale mais do que qualquer treinamento. Existem atletas que tem estrela para ser campeão e outros não. Alguns vão para finais e sempre perdem. Eu vejo essa equipe com jogadores tarimbados para vencer, como o Emerson, Alex, Chicão, Paulinho, Danilo... Existe toda uma tensão, mas o psicológico vai mandar”, aposta.

A importância do comandante

Todo grupo vencedor precisa de um grande comandante e são nos momentos decisivos que eles aparecem. Parte do equilíbrio buscado para a importante hora passa pelo o que é dito e mostrado pelo treinador da equipe. Segundo Marcelinho, o Corinthians não precisa se preocupar com esse ponto.

Para ele, tem que haver uma mescla entre a transmissão de tranquilidade e vontade de vencer. Também é preciso que o técnico siga suas convicções e tendências do futebol moderno, deixando o pensamento do torcedor de lado. “Os dois lados (tranquilidade e motivação) tem que existir. O treinador é o cara que tem o comando. Se você olha para o seu chefe e vê uma pessoa desleixada, relaxada, que não sabe passar orientação, o time fica com a cara dele. O Tite vem fazendo um trabalho fantástico de estruturação do time. Hoje em dia a galera quer ver a seleção de 1982, mas tem que entender que não é mais isso. Agora é a seleção de 94, onde você tinha dois ou três jogadores muito diferenciados e os outros eram normais, como acontece hoje em muitos times”.

Comparação com 1995

O ano de 1995 foi especial para Corinthians e Marcelinho Carioca. Integrante de um time que prezava mais pelo conjunto do que pelo individual, o jogador sagrou-se pela primeira vez campeão paulista - sobre o fortíssimo Palmeiras - e ajudou o time do Parque São Jorge a conquistar sua primeira Copa do Brasil, frente ao Grêmio, no temido estádio Olímpico Monumental.

A história deste time anda de mãos dadas com a do atual elenco, que também é conhecido pela força do coletivo. O eterno camisa sete concorda com o paralelo. “Essa é uma comparação pertinente, pois fomos campeões paulistas em cima do Palmeiras da época da Parmalat, quebrando uma hegemonia e ganhamos de um Grêmio altamente qualificado, vencendo no Pacaembu e no Olímpico. Não tínhamos um time de grandes estrelas, era um grupo, que contava com qualidade e técnica, mas o que prevalecia era o conjunto”.

Equipe: fator preponderante

Entre tantas definições presentes no dicionário, uma delas diz que o conceito de equipe pode ser entendido como: “Grupo de pessoas organizado para um serviço determinado”. Organizar-se por um serviço determinado, buscando um bem comum é um preceito básico do esporte coletivo e vem se mostrando fator decisivo em times campeões.

No Corinthians a regra vem sendo confirmada a cada dia e Marcelinho Carioca coloca um grande responsável para que isso venha acontecendo. “Hoje em dia a aplicação tática está forte e os jogadores precisam fazer o que é pedido para que possa prevalecer a força do conjunto. Dessa forma, com um bom grupo, o individual será aflorado a qualquer momento e o Tite tem feito isso de uma forma muito inteligente”.

A benção do pé de anjo

Nas últimas duas semanas, um jogador destacou-se e caiu rapidamente nas graças da torcida corintiana. Trata-se de Romarinho, revelação do Paulistão Chevrolet 2012, que em três dias se tornou o grande personagem do futebol brasileiro, marcando bonitos gols, dois contra o Palmeiras e outro frente ao Boca Juniors.

Ainda é cedo para rotular o jovem como ídolo, porém ele já conta com a admiração daquele que ganhou o apelido de pé de anjo. “O Romarinho saiu de algum lugar pelas pessoas que acreditaram nele, se destacou no Bragantino com a ajuda dos outros atletas e agora mostrou para o que veio. Demonstrou a qualidade dele para decidir contra o Palmeiras e contra o Boca. Agora está consagrado e é só dar sequência”.

Uma força fiel

É indiscutível e inquestionável que a torcida do Corinthians é uma das mais apaixonadas que existem. Para o ‘bando de loucos’, não importa se o time está perdendo ou ganhando, pois eles estarão sempre lá, cantando até ficarem roucos para empurrar seu time.

Marcelinho Carioca é um dos que conhecem como poucos essa torcida e por isso traça um perfil de como acredita que os fiéis estarão na quarta-feira. “Eles vão cantar, pular, incentivar a todo o momento, mas no fundo estarão apreensivos, nervosos, sentindo uma grande emoção, já que no futebol não se vive da razão. Então, é isso que eles têm que ter nesse momento, um pouco de racionalidade, pois dessa forma conseguirão ajudar a equipe”.

Otimismo de um louco que estará no bando

Quem acompanha o futebol sabe que uma velha máxima prega que nada é fácil para o Corinthians. Muitos até dizem que se não for sofrido, na raça e na superação, uma vitória não tem a cara corintiana. O curioso é que esse jeito pouco confortável de conquista é admirado pelo torcedor alvinegro, que inclusive agradece aos céus por ser ‘corintiano, maloqueiro e sofredor’.

Marcelinho Carioca nunca escondeu que é torcedor do Corinthians, tratando inclusive a camisa do clube como sua segunda pele. Seu lado alvinegro acabou sendo demonstrado quando ele arriscou um palpite para a partida de quarta-feira no Pacaembu, que contará com a presença do ex-jogador. “Um a zero para o Corinthians está bom, aos 44 minutos do segundo tempo e nos consagrando campeões. E estarei lá no Pacaembu torcendo”, garantiu, finalizando.

Veja mais - www.futebolpaulista.com.br

Fonte: Site Oficial FPF

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