A decisão da Prefeitura em reativar neste ano a competi­ção entre as escolas de samba participantes do Carnaval fez acender a luz amarela no seio da comunidade vinculada à escola Império do Samba. Em seus sétimo carnaval, a escola que nos anos anteriores contribuiu decisiva­mente para evitar uma espécie de mesmice no carnaval de rua da cidade – após o sumiço de escolas ícones como a Mocidade Alegre da Vila Boa Esperança, Imperatriz da Santa Cruz e Nove de Julho - quer manter a pegada nos desfiles deste ano.

Neste sentido, cuidou de ar­regimentar para seus quadros um reforço para atuar nos bas­tidores. Trata-se do publicitário Carlos Alberto Scarfone , o Beto Scarfone, radicado em Itapira desde 2010, quando veio de São Paulo. Conforme explicaram o professor de artes marciais Ro­drigo Haro e o comerciante Celso Conrado, fundadores e dirigentes da escola, a ideia foi recorrer ao expertise de Scarfone para mobi­lizar empresários e comerciantes identificados com a grande festa popular para aderir ao desfile da escola. “Queremos facilitar este trabalho de aproximação. A estrutura da escola permite que possamos sugerir uma série de ações que podem receber algum tipo de patrocínio, de uma ala, de um carro alegórico, ou numa outra situação, se ganharmos um brinde, faremos rifa com ele para ajudar a escola”, projetou Scarfone.

Conrado e Haro esclarecem que a verba de R$ 20 mil prometida pela prefeitura (metade do valor empenhado no ano passado) é suficiente para atender as neces­sidades mais elementares. “Para ter um desfile melhor do que o do ano passado e esta é a nossa pretensão, temos que investir mais”, disse Haro. Celso Conrado endossa o pensamento do cole­ga lembrando das dificuldades existentes a cada ano no que se refere à procura de uma fonte alternativa de renda que torne as escolas menos dependentes das verbas da prefeitura. “Todo ano quando começam os preparativos para o carnaval esta conversa vem à tona e nada tem mudado. Como nós mesmos somos defensores de que este tipo de atitude tem que mudar, estamos caminhando nesta direção formulando este plano para estar mais próximo da comunidade e arrecadar re­cursos que permitam à escola sobreviver e acima de tudo, fazer um bom papel em seu desfile”, considerou.