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Itapira, 15 de Mar�o de 2025
Notícia
06/03/2015 | Itapira é celeiro de doutores em Educação Física

Essa foi a frase ouvida pelo professor de Educação Física, José Luiz Zanovello, o Dula, ao se identificar em um congresso da área. Ao questionar o palestrante sobre um tópico, o mesmo solicitou que se identificasse perante a plateia formada por mais de 500 profissio­nais. “Quando falei que era de Itapira o palestrante disse: ‘essa cidade é a cidade com o maior número de douto­res em Educação Física do Brasil, se não for do mundo e lá tem um professor que é mais que um doutor, o pro­fessor Barretto, que sem ele esses colegas não estariam onde estão’, e citou alguns como Valdir Barbanti, Pau­linho Teté, Bergson, Miguel de Arruda, além do Zé Luiz Fernandes e do Neto Rizola, como um destaque profis­sional”, explica. “Me senti muito orgulhoso”.

Aos 57 anos, Zanovello ministra aulas de Educação Física na rede estadual, exer­cendo a profissão que es­colheu nas escolas Caetano Munhoz e Benedito Flores de Azevedo, mas poderia ter seguido um outro cami­nho. “Quando entrei no ESO era meio rebelde, porém gostava de correr, era visto como um ‘serelepe’ e com algum potencial”, lembra. “Como sempre, tinha um relacionamento muito bom com todo mundo, inclusive com garotos que faziam uso da maconha, mas graças a oportunidade de participar das equipes da escola pude trilhar um outro caminho”.

Dula Zanovello integrou as equipes de basquete, atletismo e handebol da escola, foi campeão no salto em distância e salto triplo e chegou a integrar a equipe de basquete do Circulo Militar de Campi­nas. “Teve um época que fui com o Chico Antonio, um colega que também jogava basquete, treinar no Tênis Clube de Campi­nas, mas éramos juvenis e a concorrência era muito grande, passamos então para o Circulo e lá ficamos por uma temporada”, revela.

Influência

Ainda na época do cursi­nho, talvez pela influência do meio, Dula Zanovello queria cursar Medicina, mas como não gostava muito de estudar resolveu encarar o vestibular para ver como era. “Mas acabei fazendo mesmo Educação Física”, frisa.

E, quando ainda estava na faculdade, aceitou um convite do professor Gildo Henrique Piardi para traba­lhar na Clínica Cristália e foi lá que começou a se espelhar no trabalho do professor José de Oliveira Barretto Sobrinho e aplicar atividades seme­lhantes àquelas que tinha experimentado em sua época de ESO. “Principalmente as competições como a olim­píada, que depois passei a aplicar também nas escolas onde leciono”, explica.

Essa influência recebida do velho mestre segue sendo colocada em prática até hoje. Além de exercer a profissão de professor, Dula promove eventos e é personal de uma família.

Ciente das mudanças na mentalidade de forma geral, Dula sabe que o foco da Educação Física mudou e não é mais como antiga­mente. “Penso que isso está influenciando e muito na formação de novos atletas de destaque”, explica. “A escola é onde está o futuro atleta, é o celeiro dos atle­tas e deveria receber mais investimentos, incentivar mais os garotos”.

Para ele o futebol tem destaque porque em todos os lugares há uma equipe, todo lugar tem onde jogar e todo pai incentiva o filho. “E as outras modalidades? Podemos ter vários garotos habilidosos dentro da esco­la, porém eles aprendem o básico e não têm continui­dade”, reclama. “Não há investimentos na base, para o garoto conseguir alguma coisa precisa ser craque, caso contrário não vai con­seguir participar de uma equipe de treinamentos. Quantos torneios de fute­bol temos na região ou no estado? E quantos existem de vôlei, tênis, esgrima, polo aquático? Esses são restritos a profissionais, a maioria nem conhece, aí os dirigentes falam que a Olimpíada vai ser muito boa para o Brasil, eu vou torcer e muito, mas vai ser um fiasco pior que a Copa, tomara que eu esteja enganado”.

E, com sua longa experi­ência em escolas e eventos, Dula Zanovello dá uma dica para quem está começando a trilhar o mesmo caminho: “Lembrem-se que traba­lhamos com aquilo que todos procuram, saúde e diversão, então faça com amor”.

 

O primeiro em pé, com a equipe de atletismo do ESO, em competição no dia 28 de maio de 72

Fonte: Da Redação do PCI

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