O policial rodoviário itapirense Carlos Roberto Rodrigues da Silva, o Betão, sagrou-se vice-campeão mundial de levantamento de peso em competição disputada por policiais e bombeiros. O Mundial aconteceu no início de agosto em Belfast, capital da Irlanda do Norte.

Betão competiu na categoria acima de 45 anos e acima de 100 quilos, na modalidade supino. Para alcançar o segundo lugar levantou 180 quilos.

O Campeonato Mundial foi realizado na cidade de Belfast, na Irlanda do Norte com participação de competidores de 70 países. Betão foi o único brasileiro na disputa. “Ao todo foram oito dias na Irlanda Norte, participando de uma competição muito bem organizada, de excelente nível técnico e com os equipamentos mais modernos do mundo”, explicou.

Em sua categoria o itapirense competiu com outros 36 atletas dos mais variados países. E embora a disputa tenha sido de nível elevado, chegou ao vice campeonato graças a muito treinamento. “Treinei muito para esta competição, tinha totais condições de ser o campeão, porém uma contusão no cotovelo, no mês de julho, me impediu de treinar durante todo o mês”, lamentou. “O campeão conseguiu erguer 210 quilos e em meus treinamentos eu já conseguia alcançar 225 quilos, mas como no supino o levantamento tem que ser perfeito, cheguei a erguer 200 kg, porém os juízes não entenderam como um levantamento perfeito”.

Ao ser questionado sobre as dificuldades de estar em um país estranho, Betão contou que para participar do campeonato embarcou em São Paulo, no dia 02, rumo a Londres, na Inglaterra. e de lá seguiu para a capital irlandesa. “Existe um fuso horário de quatro horas, lá estão no verão europeu e o sol se põe às 10 da noite e antes das quatro da manhã já está claro”, explicou. “Lá o café da manhã é muito importante e no almoço não se come praticamente nada”. O policial itapirense fez questão de ressaltar o recebido do povo irlandês. “É um povo muito educado, bastante receptivo e com uma organização impecável”, lembrou.

Para competir em um país distante, Betão disse que contou com alguns patrocínios, que garantiram 80% do valor necessário. “Ganhei as passagens do meu cunhado Luís e o restante banquei do próprio bolso”, explicou. “Tenho muito a agradecer ao Paulo Andrade, presidente da Lowell, que me ajudou demais, também ao pessoal dos suprimentos Full Body e em especial a sua família que lhe deu suporte necessário para disputar esta competição”. Sobre o futuro Betão acredita que primeiro precisa estar 100%. “Preciso cuidar do cotovelo machucado e, provavelmente, devo submeter-me a um procedimento cirúrgico”,frisou.