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Itapira, 03 de Dezembro de 2024
Notícia
03/12/2014 | Itapirense mais famoso no meio musical agora produz cachaça artesanal

O programa Globo Rural exibido no domingo, 23, pela Rede Globo de Televisão, trouxe como um dos desta­ques uma reportagem feita com o itapirense Marcelo Augusto Bonfá, 49, músico profissional que ficou famoso por causa do grupo Legião Urbana, que integrou de sua fundação em 1982, junto ao Renato Russo e Dado Villa Lobos, até a dissolução em 1996, dois meses depois do falecimento de Russo. Apesar de ainda tocar alguns projetos musicais, Bonfá foi seduzido por um projeto mais pessoal, de fabricante de uma cachaça artesanal que já tem até marca pró­pria, Perfeição, destilada na Serra da Mantiqueira, mas precisamente na cidade de Bocaina de Minas, distante cerca de 400 quilômetros de Itapira, onde adquiriu uma propriedade rural, cuja principal atração é uma pri­vilegiada vista da famosa Cachoeira do Paiol.

Segundo a reportagem, Bonfá comprou a proprieda­de de 50 hectares pensando em cultivar café. Constatou, no entanto, que o clima da região não era favorável para este tipo de atividade e ao observar a presença de um bem cultivado canavial com produção orgânica pensou “Aí a cana olhando pra mim e eu olhando pra ela, ela me dizendo: tô aqui pronta, falta só um trato... E foi o que a gente fez”. Divagou ainda  a respeito da opção pelo cultivo orgânico. “Vai por um caminho muito tenebroso essa questão do agrotóxi­co. O quanto é prejudicial pra saúde humana. Então, é incompatível com o que eu imagino que a gente está fazendo nesse planeta. Como a cana já está adaptada, está aqui há anos ela já faz parte do ambiente, então não te­nho problema com praga”, afirmou ele à reportagem do programa. Ele disse também que em sua propriedade outra preocupação central é a preservação da mata nativa que domina quase toda a extensão .

O passo seguinte foi a realização de alguns cursos na área e colocou as mãos na massa, adquirindo um equipamento de destilação, influenciado por um vizinho que já produzia uma peque­na quantidade de cachaça para consumo próprio. Neste processo, investiu ainda na formação do funcioná­rioElói Daniel, que é quem cuida da produção. Bonfá disse para a reportagem do Globo Rural que tem capacidade de produzir 60 litros de cachaça por dia, ou três mil a cada ano. Parte da produção é envasada diretamente e outra parte descansa pelo menos um ano em barris de carvalho.Depois ele faz uma espécie de “blend” com a mistura dos dois produtos.

 

 

 

Mercado

Marcelo Bonfá contou que tem planos de ganhar dinheiro com o negócio. “Eu costumo resumir na frase que um amigo meu me fa­lou quando eu estava com essa ideia há muitos anos. Eu querendo ganhar um dinheirinho, obviamente. Ele falava: olha Bonfá, seguinte: você não vai ficar rico, mas vai tirar uma onda e vai dar uma onda nos seus amigos. E está acontecendo isso desde que a gente começou”, conta.

 

 

 Filho de Barros Munhoz se dá bem no ramo de bebidas
  
Outro itapirense tam­bém se aventurou no setor de bebidas, começando com cachaça artesanal e não tem do que se queixar. Trata-se de Luiz Henrique Secchi Munhoz, o Duíque, 41, filho do deputado estadual José Antonio Barros Munhoz (PSDB).
 
Em 1996 ele e Renato Almeida Prado, colega dos tempos do Colégio Santa Cruz, ficaram empolga­dos com uma mistura de cachaça, mel e limão, chamada de Xiboca,que conheceram no Estado do Espírito Santo em uma viagem de férias. Aí veio a ideia de fabricar a Xi­boquinha e nasceu uma start-up, que recebeu o nome de Natique, que depois se tornou fabri­cante da cachaça Santo Grau e da vodka Liquid.
 
No ano passado, o grupo espanhol Osborne adquiriu uma fatia da empresa, com interesse em fortalecer sua presença no país. Em uma entrevista por e-mail, Duíque Munhoz disse que os negócios estão em pleno vapor. “Em 2014 a previsão de fechamento de vendas é de aproximadamente1,5 milhão de litros no total dos produtos, cerca de 170 mil caixas de nove litros”, revelou. No portfólio da empresa estão inseridas variedades de vodka Bran­dy, Cramberry e, claro, cachaça, com linhas de produção espalhadas por diversas cidades de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.
 

 

Ele disse que ficou sabendo da iniciativa de Marcelo Bonfá também pela imprensa e que não tem maiores detalhes. “Não conheço profun­damente o projeto do Bonfá, mas toda inicia­tiva séria e bem feita no mundo da cachaça artesanal é bem vinda. Fortalece e engradece a categoria. Há muitos bons produtores no Bra­sil. O mais difícil, no entanto, é o que cha­mamos de acesso ao mercado. Com força, experiência, estratégia para vender, distribuir, promover, criar e sus­tentar marcas, chegar ao consumidor, etc, etc. Por isso, desejo toda sorte a ele”, arrematou.
 
 
Duique, com os sócios da Natique: vendas em alta

Fonte: Da Redação do PCI

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