No caso da América do Sul ( América Meridional, segundo os italianos)  são eleitos dois Senadores  e quatro  Deputados . E Itapira é uma das cidades da região que possui um dos maiores números de ‘cidadãos italianos’ aptos a votar, pouco mais de 200 segundo Valter Ricciluca, presidente do Círcolo Italo-Braziliano.

 

O comunicador Sebastião Zoli Junior,  que há quatro anos presta serviços junto  à Câmara Ítalo-Brasileira de Comércio, Indústria e Agricultura (ITALCAM), esclareceu que Mogi Mirim, onde reside, tem cerca de 300 eleitores e que Itapira  rivaliza com Mogi Guaçu. Estima ainda que no Brasil todo sejam 350 mil os cidadãos aptos a votar na eleição italiana. “ Itapira tem ainda um número um pouco maior do que Mogi Guaçu graças, principalmente, ao excelente trabalho desenvolvido pelo Valter Ricciluca na direção do Círcolo”, considerou.

 

 

Zóli explica ainda que “País estrangeiro não pode fazer uma eleição dentro de nosso território”, e que por isso  a eleição é via Correio, sem urnas. As cartas (porte pago) são recebidas e enviadas em nosso caso, diretamente ao Consulado da Itália em São Paulo- foram aceitas as que chegaram até as 16h a última  quinta-feira dia 21, onde são colocadas em urnas e enviadas à Itália onde serão abertas juntamente com os votos da Itália dos dias 24 e 25 próximos.

 

 

Candidatos radicados no Brasil fazem campanha junto às comunidades e entidades ligadas à Itália  por todo o Brasil. Foi o que ocorreu com  o  Circolo de Itapira, da Società de Mogi Mirim, 

 

 que fizeram campanha  para os  Candidatos Edoardo Pollastri para Senador e Fabio Porta para Deputado. Esses dois fizeram várias visitas na região de Jundiaí e Campinas. O empresário Antonio Carlos Marcati conta  que e, a esposa  e os três filhos têm cidadania Italiana e todos fizeram questão de votar. “ Exercemos nosso direito de cidadania”, observou.

 

 

 

 

Carlinhos Marcati revelou ainda que votaram conforme orientação da direção do Círcolo.“

Existe toda uma conscientização no sentido de votarmos nos candidatos identificados com o nosso país devido à maior militância dos candidatos que se lançaram na Argentina”, considerou.

 

 

 

 

  

“Nem torturado eu falo”. Foi o que respondeu o empresário  Alessandro Ninci, italiano radicado em Itapira há 13 anos, quando indagado sobre em quem havia votado Ele conta que nestes anos todos nunca deixou de votar. Estima que esta foi a 6ª eleição que participou e acha importante a participação dos ‘patrícios’. “A Itália tem um sistema democrático sólido e compete a nós trabalharmos para que continue desta forma”, avaliou.

 

 

O professor de Italiano Giuseppe Miglino, de 81 anos, radicado em Itapira desde 1997 e no Brasil já há 54 anos. Ele dirige a seção local da Associação Ítalo-Brasileira de difusão da língua italiana e se mostrou muito feliz em poder votar para o Parlamento de seu país de origem. “ Para mim é um prazer poder participar da eleição. É uma forma de exercer meus direitos cívicos mesmo estando tão distante”, pontuou.

 

 

 

Se a representatividade de descendentes de Italianos em Itapira adquiriu a respeitabilidade  que possui, muito desta situação se deve à atuação do aposentado Valter Ricciluca, 78 anos, presidente do Círcolo Ítalo Braziliano local. Quando chega a época de eleição, Ricciluca se transforma num vigoroso ativista, alvo de consultas em nível de primeiro escalão de congressistas e até de representações diplomáticas italianas. Desta vez não foi diferente. Ele recebeu com certa regularidade os candidatos que representam o Brasil nesta disputa, promovendo campanha em favor de Edoardo Polastri para o Senado e Fabio Porta para a Câmara dos Deputados, este concorrente à reeleição.

 

Ricciluca usa de números frios para justificar sua cruzada em favor dos candidatos vinculados no Brasil. Segundo ele, o Brasil com uma população de cerca de 190 milhões de habitantes, cerca de 35 milhões têm descendência italiana e tem segundo ele  pouco mais de 300 mil destes descendentes com cidadania concedida e aptos a votar. A Argentina com população estimada em 57 milhões tem segundo ele, no mínimo o dobro de descendentes  em comparação com os brasileiros com direito a voto. “Isto desequilibra a balança em favor dos candidatos que vem da Argentina”, justificou. A América Meridional, segundo Valter, elege quatro deputados e dois senadores.