Visita à casa Frida Kahlo onde Caio Ceragiolli segura as pernas do colega Conradi
O professor universitário, produtor e diretor teatral Wagner Cintra, mais os colegas Caio Ceragioli e Guilherme Conradi, também de Itapira, regressaram recentemente de uma excursão à Cidade do México, capital mexicana. Os três participaram como integrantes do projeto Teatro Didático.
Cintra é professor no Departamento de Artes Cênicas do Instituto de Artes da Unesp - Campus de São Paulo - e é o responsável pela gestão do projeto Teatro Didático, que tem feito muito sucesso em todo o Brasil. Ceragiolli e Conradi se tornaram alunos do curso de teatro da Unesp e, por motivos mais do que óbvios, se tornaram muitos próximos do colega.
Segundo Cintra, o Teatro Didático da Unesp é reconhecido hoje como o mais importante grupo a trabalhar a linguagem do teatro visual no país. O trabalho recebeu no ano passado reconhecimento internacional quando foi incluído no anuário da Unima (Union Internationale de la Marionnette), a mais antiga e uma das mais importantes instituições teatrais do mundo, com sede, desde os anos 80, na cidade de Charleville Mesiérs, na França .
Este reconhecimento tem motivado convites para apresentações em vários lugares do mundo. Foi o caso da recente excursão no México, quanto a trupe da Unespparticipou, de 31 de janeiro a 09 de fevereiro, do 21º Festival Nacional e Internacional de Teatro Universitário, realizado na Cidade do México, que contou com a participação de grupos teatrais dos Estados Unidos e Alemanha.
Lá, o grupo apresentou o espetáculo Rio, baseado num poema homônimo do poeta pernambucano João Cabral de Melo Neto . Desde 2012, o espetáculo registrou, segundo seu diretor, 54 apresentações em cinco estados do Brasil para um público aproximado de oito mil pessoas. No México, segundo ele, o sucesso não foi menor. “Fizemos seis apresentações do espetáculo O Rio no Teatro Foro Sor Juana Inés de la Cruz. Inicialmente seriam três apresentações, mas devido à grande procura, dobramos o número de apresentações. Muita gente, mas muita gente mesmo, não conseguiu assistir ao espetáculo”, entusiasma-se.
Ainda segundo Cintra, O Rio encantou os mexicanos e os participantes de grupos que representavam outros países que estavam inseridos dentro do contexto do festival. Com outra excursão já agendada para Portugal em junho, o grupo procura uma forma de atender aos pedidos do público mexicano para um retorno ainda este ano . “Há interesse da Unam (Universidade Nacional Autonoma do México) para que voltemos àquele país para uma temporada mais longa”, comunicou.
Atividades paralelas
Além das apresentações em si, durante a estada na capital mexicana, a trupe comandada por Wagner Cintra se ocupou de outras atividades, como oficinas onde ensinavam suas técnicas aos estrangeiros. “A oficina de confecção e manipulação de bonecos articulados encantou os mexicanos e muito repercutiu no festival”, garante Cintra. Ele próprio fez uma conferência na Unam, denominada La escenificación de El Río y los principios de la poesia visual del Teatro Didáctico de la Unesp, voltada para professores e convidados. E sobrou um tempo para fazer turismo, conhecer pontos de visitação como a casa de Frida Kahlo (famosa pintora mexicana), e o sítio arqueológico de Teotihuacan - um dos povos que formavam a nação asteca pré-colombiana.
Fila para assistir o espetáculo: muitas pessoas ficaram sem ingresso
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