Talita, Geiza e Regiane, coordenam projeto no Jovem em Ação
Desde o final do mês de outubro a direção do Jovem em Ação vem colocando em execução um projeto pedagógico pautado no estímulo à cooperação mútua inspirado nas chamadas Guildas, corporações de ofícios que floresceram na idade média em várias cidades da Europa a partir do século XII, com o objetivo de fortalecer o trabalho de artesãos que cuidavam da produção de diversos tipos de artigos (tecelães, carpinteiros, pedreiros, comerciantes, etc).
A pedagoga Geiza Turolli, a profissional na área de comunicação social Talita Oliveira e a administradora de empresa Regiane Zago, encarregadas da execução do programa, explicam que a ideia central é a de favorecer o entendimento entre os aprendizes sobre a necessidade de cooperação para fazer avançar projetos coletivos e pessoais. “Inicialmente nós fizemos uma incursão ao tema, uma autêntica aula de história, mostrando como funcionavam as Guildas e a importância que este fenômeno teve mais tarde no surgimento das trocas comerciais como as conhecemos atualmente e da própria revolução industrial”, explicou Geiza.
O passo seguinte foi a aplicação de alguns testes de avaliação de aptidão e um questionamento aberto dirigido aos jovens que frequentam o Padep (Programa de Aprendizagem Para Educação Profissional), cerca de 150 aprendizes que já frequentam o mercado de trabalho, para estabelecer as áreas de atuação de cada um dentro do projeto sugerido: Beleza (estética, unhas artísticas, maquiagem e bijuteria), Cânticos, Instrumentação Musical e Artesanato (predominantemente porta-retratos, bichinhos de areia, grafite fabricação de porta-trecos e pintura em tela) e Esportes (Basquete, Futsal, Futebol e Defesa Pessoal (Jiu-Jitsu).
Talita conta que os mestres, ou seja, os aprendizes que já tinham alguma intimidade com o assunto selecionado passaram a ter responsabilidade na formação de outros colegas ( no conceito original das Guildas havia a hierarquia para o repasse do aprendizado - mestre ensinava artífice que ensinava aprendizes, dando origem à função do aprendiz). Por detrás da proposta de interdisciplinariedade embutida no projeto, cada instrutor de uma equipa vai capacitar integrantes da outra. A administradora Regiane Zago reforça a ideia de que este intercâmbio além de promover o desenvolvimento de habilidades de competências individuais , ajuda no processo de formação de novas lideranças, atribui responsabilidades, iniciativa pessoal, valores que as empresas procuram hoje em dia no mercado de trabalho. “Estamos criando um círculo de transferência de conhecimento de forma a envolver a todos os participantes do projeto e eles estão gostando muito da iniciativa”, refletiu. Talita falou também da questão da sustentabilidade. “Todos estes projetos enfatizam a questão do respeito ao meio ambiente e formas de aproveitar materiais para reciclagem”, observou.
Geiza disse que existe ainda a disposição em realizar no começo de dezembro uma exposição de todos os trabalhos realizados. “Estamos trabalhando também com muito carinho esta questão de valorizar cada nova conquista e uma forma prática de fazer isso é mostrar ao público geral o resultado prático deste trabalho”, encerrou.
Aprendizes têm demonstrado entusiasmo com a nova proposta