O corpo de Yasser Arafat, ex-presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), morto em 2004, será exumado da cidade de Ramallah, na Cisjordânia. O processo será acompanhado de perto pelos juízes da França que investigam a suspeita de Arafat ter sido envenenado com polônio. O objetivo é coletar amostras para exames em laboratório.
Em comunicado, Suha Arafat, viúva, disse não saber quando ocorrerá a exumação. Para ela, é fundamental que a Liga Árabe e a ANP colaborem com o trabalho dos investigadores franceses. Arafat, de 75 anos, morreu em um hospital militar em Paris, na capital da França.
Em agosto, três juízes de instrução de Nanterre, na França, passaram a investigar as suspeitas de assassinato. As desconfiança vieram à tona após a descoberta de uma substância radioativa tóxica, da família do polônio, entre os objetos pessoais de Arafat.
“Estou satisfeita de os três magistrados responsáveis pelo caso terem indicado ao meu advogado que adotaram as medidas necessárias para a viagem a Ramallah. Assim, os peritos da polícia científica francesa poderão recolher amostras”, disse a a viúva.
A polêmica sobre as causas da morte de Arafat surgiu em julho, após um documentário da emissora árabe de televisão Al Jazeera revelar que especialistas suíços, que analisaram os objetos pessoais de Arafat entregues pelo hospital à viúva, tinham descoberto “uma quantidade anormal de polônio”.
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