O tribunal do júri foi instalado na última quinta, dia 16 de junho, para julgar um caso raro na comarca: acusação de estupro e aborto.
Eis a história:
O namorado ficou sabendo que a namorada esperava um filho dele. Desesperado, armou uma arapuca. Levou a namorada para um motel e lá, de arma em punho e socos violentos, fez com que ela engolisse dois medicamentos abortivos e introduziu, outros dois, na vagina dela.
Para certificar-se que os comprimidos introduzidos na vagina cumprissem a finalidade esperada por ele, estuprou a moça. Logo depois que o casal voltou, cada uma para sua casa, em Amparo, a jovem começou a sentir cólicas, contrações e sangramento vaginal. Socorrida pela Santa Casa de Amparo, o aborto foi confirmado e constatado ferimentos no rosto da vítima.
O casal mora na cidade de Amparo, mas o motel utilizado para o crime está localizado em Itapira, por isso o caso veio para o nosso tribunal.
O acusado, sob a defesa do Advogado Brás Geral de Freitas sustentou que não existiam provas suficientes para incriminar o seu cliente, pois o acusado sofrera um acidente gravíssimo naquele período, onde um amigo chegou a falecer, e ele estava impossibilitado de se locomover em face de uma fratura no fêmur esquerdo. Negou, também, ser namorado da vítima naquela época, pois terminara o relacionamento no ano 2000. Foi absolvido.
Comentários, artigos e outras opiniões de colaboradores e articulistas não refletem necessariamente o pensamento do site, sendo de única e total responsabilidade de seus autores.